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{{Info_biografia  |
 
  largura                = 25em|
 
  imagem                = Karl_Marx.jpg|
 
  imagem_tamanho        = 200px|
 
  nome                  = Karl Heinrich Marx |
 
  data_nascimento        = [[5 de Maio]] de [[1818]] |
 
  local_nascimento      = [[Tréveris]], [[Alemanha]] |
 
  nacionalidade          = Alemão [[Imagem: flag of Germany.svg|20px]]|
 
  ocupação              = Jornalista, filósofo, sociólogo, economista|
 
  magnum_opus            = ''[[O Capital]]''|
 
  data_morte            = [[14 de Março]] de [[1883]] |
 
  local_morte            = [[Londres]], [[Inglaterra]] |
 
  escola                = [[Marxismo]] (co-fundador, junto com [[Friedrich Engels|Engels]]), [[Hegelianismo]] |
 
  interesses            = [[Economia]], [[Política]], [[Sociologia]], [[Capitalismo]] |
 
  influências            = [[Hegel]], [[Feuerbach]], [[Spinoza]], [[Vico]], [[Charles Fourier]], [[David Ricardo]], [[Goethe]]|
 
  influenciados          = [[marxistas]], [[leninistas]], [[trotskysta]]s, [[Escola de Frankfurt]], [[comunistas]], [[Guy Debord]], [[Robert Kurz]] |
 
  idéias_notáveis        = [[Modo de produção]], [[mais-valia]], [[acumulação primitiva]], [[materialismo histórico]], [[luta de classes]], [[materialismo dialético]]|
 
}}
 
  
'''Karl Heinrich Marx''' ([[Tréveris]], [[5 de maio]] de [[1818]] — [[Londres]], [[14 de março]] de [[1883]]) foi um [[intelectual]] [[Alemanha|alemão]], sendo considerado um dos fundadores da [[Sociologia]]. Também é possível encontrar a influência de Marx em várias outras áreas, tais como: [[Filosofia]], [[Economia]], [[História]], já que o [[conhecimento]] humano, em sua época, não estava fragmentado em diversas especialidades da forma como se encontra hoje. Teve participação como intelectual e como [[revolucionário]] no movimento operário, sendo que ambos (Marx e o movimento operário) influenciaram uns aos outros durante o período em que o autor viveu.
 
 
Atualmente é bastante difícil analisar a sociedade humana sem se referenciar, em maior ou menor grau, à produção de Karl Marx, mesmo que a pessoa não seja simpática à [[ideologia]] construída em torno do pensamento intelectual dele, principalmente em relação aos seus conceitos econômicos.
 
 
==Biografia==
 
Marx nasceu numa família de classe média. Seus pais eram [[judeu]]s que tiveram que se converter ao [[cristianismo]] em função das restrições impostas à presença de membros de etnia judaica no serviço público. Em [[1835]], Marx ingressou na [[Universidade de Bonn]] para estudar [[Direito]], mas, já no ano seguinte, transferiu-se para a [[Universidade de Berlim]], onde a influência de [[Hegel]] ainda era bastante sentida, mesmo após a morte (em [[1831]]) do celebrado professor e reitor daquela universidade. Ali, os interesses de Marx se voltam para a [[Filosofia]], tendo participado ativamente do movimento dos [[Jovens Hegelianos]]. Doutorou-se em [[1841]] com uma tese sobre as "''Diferenças da filosofia da natureza em [[Demócrito]] e [[Epicuro de Samos|Epicuro]]''". Nesse mesmo ano, concebeu a idéia de um sistema que combinasse o [[materialismo]] de [[Ludwig Feuerbach]] com a dialética de [[Hegel]].
 
 
Impedido de seguir uma carreira acadêmica, tornou-se, em [[1842]], redator-chefe da ''Gazeta renana''. Com o fechamento do jornal pelos censores do governo [[Prússia|prussiano]], em [[1843]], Marx emigra para a [[França]]. Naquele mesmo ano, casou-se com Jenny von Westphalen. Desse casamento, Marx teve cinco filhos: Franziska, Edgar, Eleanor, Laura e Guido. Franziska, Edgar e Guido morreram na infância, provavelmente pelas péssimas condições financeiras a que a família estava submetida. Marx já havia sido privado da oportunidade de seguir uma carreira acadêmica na Alemanha pelo recrudescimento do [[absolutismo prussiano]], que tornava suas posições como hegeliano de esquerda inaceitáveis, e, com a Revolução de 1848 e o exílio que se seguiu a ela, foi obrigado a abandonar o jornalismo na Alemanha e tentar ganhar a vida na [[Inglaterra]] como um intelectual estrangeiro desconhecido com meios de subsistência precários, sofrendo, assim, a sorte comum destinada pela época às pessoas destituídas de "meios independentes de subsistência" (isto é, viver de rendas), e sua incapacidade de ter uma existência financeiramente desafogada não parece ter sido maior do que a dos seus contemporâneos [[Honoré de Balzac|Balzac]] e [[Dostoievsky]]. Durante a maior parte de sua vida adulta, sustentou-se com artigos que publicava ocasionalmente em jornais alemães e [[Estados Unidos|estadunidenses]], bem com por diversos auxílios financeiros vindos de seu amigo e colaborador [[Friedrich Engels]]. Tentava angariar rendas publicando livros que analisassem fatos da história recente, tais como "''[[O dezoito brumário de Luís Bonaparte]]''", mas obteve pouco retorno com essas empreitadas.
 
[[Imagem:Jelem.jpg|thumb|left|200px|Engels e Marx (em cima) Jenny Laura e Eleanor.]]
 
Karl Marx teve um filho nascido da relação extraconjugal com [[Helen Demuth]], empregada em sua casa ([[Frederick Lewis Demuth]]). Não podendo perfilhá-lo, arranjou para que fosse reconhecido como filho por Engels. Apesar do que se possa aparentar, sua esposa foi paciente em relação a todos esses ocorridos, mesmo porque ela, uma filha de nobres e amiga de infância de Marx, casa-se com ele por desejo, e não por arranjo cerimonial (comum naquele período). Marx foi, no mais, um pai [[vitoriano convencional]]: procurou casar bem suas filhas, de modo a poupá-las dos sofrimentos que haviam sido inflingidos por sua atividade revolucionária à sua mãe (como ele diz numa carta a seu futuro genro [[Paul Lafargue]]) e chegou a impedir o enlace de sua filha Eleanor com o revolucionário francês e historiador da [[Comuna de Paris]] [[Lissagaray]].
 
 
[[Friedrich Engels]] declamou estas palavras quando da morte de Marx, quinze meses após a perda da esposa:
 
 
:<small>''Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da sociedade capitalista e das instituições estatais por estas suscitadas, contribuir para a libertação do proletariado moderno, que ele foi o primeiro a tornar consciente de sua posição e de suas necessidades, consciente das condições de sua emancipação. A luta era seu elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um sucesso com quem poucos puderam rivalizar.''</small>
 
:<small>''(...)''</small>
 
:<small>''Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado de seu tempo. Governos, tanto absolutos como republicanos, deportaram-no de seus territórios. Burgueses, quer conservadores ou ultrademocráticos, porfiavam entre si ao lançar difamações contra ele. Tudo isso ele punha de lado, como se fossem teias de aranha, não tomando conhecimento, só respondendo quando necessidade extrema o compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e pranteado por milhões de colegas trabalhadores revolucionários - das minas da Sibéria até a Califórnia, de todas as partes da Europa e da América - e atrevo-me a dizer que, embora, muito embora, possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal.''</small>
 
 
==Principais obras==
 
* [[Manuscritos econômico-filosóficos]] (''Ökonomisch-philosophische Manuskripte''), [[1844]] (publicados apenas em [[1930]]);
 
* [[A Guerra Civil na França]]
 
* [[Crítica da Filosofia do Direito de Hegel]]
 
* [[A Sagrada Família (livro)|A Sagrada Família]] (''Die heilige Familie''), [[1845]];
 
* [[A Ideologia Alemã]] (''Die deutsche Ideologie''), [[1846]];
 
* [[Miséria da Filosofia]] (''Das Elend der Philosophie''), [[1847]];
 
* [[Manifesto do Partido Comunista]] (''Manifest der Kommunistischen Partei''), [[1848]];
 
* [[Trabalho assalariado e Capital]], [[1849]];
 
* O 18 Brumário de [[Napoleão III|Luís Bonaparte]] (''Der 18 Brumaire des Louis Bonaparte'');
 
* [[Contribuição à Crítica da Economia Política]], [[1859]]
 
* [[O Capital]] (''Das Kapital'') - Livro I, publicado em [[1867]]; Livros II e III, publicado postumamente por [[Friedrich Engels|Engels]].
 
* [[Crítica ao Programa de Gotha]]
 
* [[Grundrisse|Formações Econômicas pré-capitalistas]] (Grundrisse)
 
 
== Teoria ==
 
:D
 
 
== Críticas ==
 
 
[[Imagem:Jem.jpg|thumb|right|200px|Jenny e Marx]]
 
As críticas que são feitas a Karl Marx se confundem e às vezes são as mesmas críticas que se fazem ao [[marxismo]], [[comunismo]] e [[socialismo]]. Uma questão chave que é disputada entre os defensores e os críticos de Marx, é até que ponto o pensador pode ser responsabilizado pelo aparecimento de [[regimes ditatoriais]], [[genocídeo|genocidas]] e autoritários, que alegam inspirar-se em suas idéias.
 
 
Existe grande polêmica, por exemplo, se o Estado policial na [[União Soviética]] e os [[gulag]]s seriam conseqüências do pensamento de Marx ou frutos de uma má interpretação feita por parte de seus seguidores.
 
 
Em ''[[Miséria do historicismo]]'' (1935, 1944), [[Karl Popper]] discorda de Marx de que a história obedece a leis que se compreendidas podem servir para se antecipar o futuro. Segundo Popper, a história não pode obedecer a leis e a idéia de "lei histórica" é uma contradição em si mesma. Já em ''[[A sociedade aberta e seus inimigos]]'' (1945), Popper afirma que o [[historicismo]] conduz necessariamente a uma sociedade "tribal" e "fechada", com total desprezo pelas liberdades individuais. O problema com esta crítica de Popper é sobre se Marx teria realmente concebido um historicismo: o que ele faz é, seguindo uma tradição inaugurada por [[Maquiavel]] e [[Hobbes]], buscar nos interesses e necessidades concretos dos indivíduos na História a causa fundamental das ações humanas, em oposição às idéias políticas e morais abstratas, mas ele não parece supor que esta busca de realização de interesses tenha conseqüências pré-determinadas, interpretação esta que parece mais resultar de uma influência do [[evolucionismo]] darwinista na [[exegese]] póstuma do pensamento marxiano realizada pelo "papa" da Social-Democracia alemã, [[Karl Kautsky]], no final do século XIX. A interpretação kautskista seria contestada, de várias formas, por [[Eduard Bernstein|Bernstein]], [[Rosa Luxemburgo]], [[Lenin]], [[Leon Trótski|Trotsky]] e [[Gramsci]], entre outros.
 
 
Popper considera, ainda, Marx como "não-científico", pelo fato de seu pensamento não ser passível de contestação. Para Popper, uma idéia para ser considerada válida sob o ponto de vista científico, deve estar sujeita à contestação (resta saber, é claro, se afirmações sobre [[fatos]]históricos, necessariamente únicos, podem ser, nos termos de Popper, falsificáveis).
 
 
[[Eric Voegelin]] diz que Marx levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem socialista". Vogelin também alega que Marx conduz a uma realidade alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade objetiva do sujeito. Voeglin diz que quando a realidade entra em conflito com Marx, Marx descarta a realidade.
 
 
[[Ludwig von Mises]] demonstrou a impossibilidade de se organizar uma economia nos moldes socialistas, pela ausência do sistema de preços, que funciona como sinalizador aos empreendedores acerca das necessidades dos consumidores. Mises também refinou argumentos formulados por Eugen von Böhm-Bawerk.
 
 
[[Raymond Aron]], em ''[[O ópio dos intelectuais]]'', (1955) critica de forma agressiva os intelectuais seguidores de Marx e condena a teoria da revolução e o determinismo histórico.
 
 
O processo de crítica ao pensamento de Marx iniciou-se desde a publicação de suas primeiras obras, e continuam até hoje. As críticas da época em que ele estava vivo receberam respostas por parte dele e [[Engels]], e, posteriormente, pelos seus seguidores e por intelectuais preocupados em conhecer o pensamento de Marx.
 
 
== Ver também ==
 
* [[Marxismo]]
 
* [[Karl Kautsky]]
 
* [[Rosa Luxemburg]]
 
 
== Ligações externas ==
 
* [http://www.pensamentoeconomico.ecn.br/economistas/karl_marx.html Artigo sobre Karl Marx]
 
* [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-63512006000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Marx e a Filosofia: elementos para a discussão ainda necessária] artigo publicado na revista Nova Economia.
 
* [http://www.marxists.org/portugues/marx/index.htm Obras de Marx]
 
* [http://www.dorl.pcp.pt/images/classicos/manifesto%20ed%20avante%2097.pdf Manifesto do Partido Comunista (Marx e Engels - 1848)]
 
* [http://www.dorl.pcp.pt/images/classicos/liga%20mens.pdf Mensagem da Direcção Central à Liga dos Comunistas (Marx e Engels - 1850)]
 
 
{{Wikipedia}}
 
[[Categoria:Karl Marx| ]]
 
 
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