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Difference between revisions of "Movimento Anarco Libertário"

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O M.A.L. (Movimento Anarco-Libertário) foi uma organização [[Anarquismo|anarquista]], baseada em apoio mútuo e autogestão. Foi fundado em 2008 no centro de [[Belo Horizonte]], [[Minas Gerais]], a nível municipal. Posteriormente, tentou se expandir também para o [[estado de São Paulo]] com a fundação de um coletivo do [[Movimento Anarco Libertário]] em [[São José dos Campos]] (M.A.L-SJC), todavia não obteve sucesso. Em maio de 2010 a organização chegou ao fim, depois de quase dois anos de militância.
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O M.A.L. (Movimento Anarco-Libertário) é uma organização [[Anarquismo|anarquista]], baseada no apoio mútuo e autogestão. Foi fundado em 2008 no centro de [[Belo Horizonte]], [[Minas Gerais]], a nível municipal. Posteriormente, tentou se expandir para o [[estado de São Paulo]] com a fundação de um núcleo do [[Movimento Anarco Libertário]] em [[São José dos Campos]] (M.A.L-SJC), todavia não obteve sucesso. Em maio de 2010 a organização declarou o fim de suas atividades, retomando-as exatamente um ano depois, em maio de 2011.
  
O M.A.L. tem como objetivos a divulgação nacional e internacional do ideal anarquista, o aprimoramento e desenvolvimento do próprio grupo, organização de eventos (como feiras de cultura libertária), manifestações, [[mutirão|mutirões]] de conscientização popular, [[ação direta]], dentre outras formas de resistência ao sistema.
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O M.A.L. tem como objetivos a divulgação nacional e internacional do ideal anarquista, o aprimoramento e desenvolvimento das teorias e práticas anarquistas, a organização de eventos (como feiras de cultura libertária), manifestações, [[mutirão|mutirões]] de conscientização popular, [[ação direta]], e tem como meta final a revolução social.
  
== Antiga Organização ==
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== Organização ==
A organização do M.A.L. adota um caráter [[Horizontalidade|horizontal]], [[Autogestão|autogestionário]] e [[mutualismo|mutualista]]. Caracterizada como associação geral, onde cada ativista tem funções (levando em conta a postura não hierárquica do grupo) relevantes a de qualquer outro ativista, não há funções mais nem menos importantes a serem prestadas dentro do movimento, e essas tarefas não são cobradas nem exigidas, a responsabilidade quanto ao grupo é determinada pelo comprometimento, consciência e autodisciplina de cada ativista.
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A organização do M.A.L. adota um caráter [[Horizontalidade|horizontal]], [[Autogestão|autogestionário]] e [[mutualismo|mutualista]]. Caracterizada como associação geral, onde cada ativista tem funções (levando em conta a postura não hierárquica do grupo) relevantes a de qualquer outro ativista, não há funções mais nem menos importantes a serem prestadas dentro do movimento. A responsabilidade com a organização é determinada pelo comprometimento, consciência e autodisciplina de cada ativista.
  
 
== Antigas Iniciativas do M.A.L. ==
 
== Antigas Iniciativas do M.A.L. ==
 
====Conquistadores do Pão====
 
====Conquistadores do Pão====
Membros do grupo, que escrevem/lêem textos para posteriormente salva-los, estuda-los, divulga-los.
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Militantes que escrevem/lêem textos para posteriormente salva-los, estuda-los e divulga-los.
O nome é uma adaptação do título literário da obra de [[Piotr Kropotkin]], "[[A Conquista do Pão]]". Dá-se esse nome pela divulgação de idéias libertárias, o que é importante para que se viva em uma sociedade autônoma, isso pode ser encarado como a conquista do pão, e celebração da livre-informação.
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O nome é uma adaptação do título da obra de [[Piotr Kropotkin]], "[[A Conquista do Pão]]". Dá-se esse nome pela divulgação de idéias libertárias, que seus militantes julga importante para que se viva em uma sociedade autônoma, numa metáfora de "conquistar o pão" (conquistar a revolução
  
 
==== Antigo Grupo de Estudos Libertários====
 
==== Antigo Grupo de Estudos Libertários====
Criado com a intenção de fortificar a sabedoria teórica para base com ações práticas, o GEL é um grupo do MAL de estudos anarquistas.
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Criado para fortalecer a unidade teórica para base com ações práticas, o GEL foi projeto de formação política do M.A.L.
Periodicamente seus membros, todos eles ativistas, se reúnem e debatem sobre temas pré-definidos. São também decididos e sugeridos em conjunto textos teóricos, para facilitar o entendimento dos assuntos discutidos. Após duas semanas de estudos, o grupo se reúne e dialoga sobre os textos estudados.
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Periodicamente seus membros, se reuniam e estudavam /debatiam sobre temas pré-definidos.  
  
 
==== Antigo Jornal Informativo M.A.L.====
 
==== Antigo Jornal Informativo M.A.L.====
O Jornal Informativo M.A.L. é um jornal gratuito e mensal que tem como objetivo propagar o ato anarquista, disponibilizando explicações acessíveis à todos os públicos sobre o ideal, ações autônomas de cunho libertário e informações internas do grupo e um pouco de entretenimento libertário.
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O Jornal Informativo M.A.L. foi um jornal gratuito e mensal que teve como objetivo propagar o o ideal anarquista e informar seus leitores sobre as agitações classistas, a nível municipal, estadual, nacional e internacional, disponibilizando explicações sobre a ideologia, divulgando ações autônomas de cunho libertário e informações internas do grupo. A partir da 3ª edição, o jornal adotou o nome "Ler Para Lutar".
  
 
== Ações realizadas ==
 
== Ações realizadas ==
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==== Ato anti-militarismo e anti-fascismo no dia 7 de Setembro de 2008 ====
 
==== Ato anti-militarismo e anti-fascismo no dia 7 de Setembro de 2008 ====
  
Uma das primeiras agitações do M.A.L., o ato fora realizado pela manhã no centro da capital de Minas Gerais, no cruzamento da Av. Afonso Pena com Av. Amazonas, ao lado de onde os militares desfilavam. Suas reivindicações eram básicas, repúdio ao nacionalismo, ao militarismo, fascismo e propagação dos ideias anarquistas. Em torno de 50 pessoas participaram do ato.
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A primeira agitação organizada pelo M.A.L., o ato foi realizado pela manhã, no centro da capital de Minas Gerais, no cruzamento da Av. Afonso Pena com a Av. Amazonas, ao lado do tradicional desfile militar. Suas reivindicações eram básicas: repúdio ao nacionalismo, ao militarismo, fascismo e propagação dos ideais anarquistas. Cerca de 50 pessoas participaram do ato.
  
==== Ato nacional contra o MC'Donalds no dia 2 de Outubro de 2008 ====
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==== Ato nacional contra o MC'Donalds (e o norte imperialismo) no dia 2 de Outubro de 2008 ====
  
Uma breve agitação em vários MC'Donalds da região central de Belo Horizonte, com panfletagem, cartazes e gritos. Isso, para análises do M.A.L. tempo depois, demonstrava a ingenuidade do movimento e servira como experiência.
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Uma breve agitação em vários MC'Donalds da região central de Belo Horizonte, com panfletagem, cartazes e gritos de guerra. Isso, em análise póstuma, serviu para que o M.A.L fundamentasse um autocrítica que reconheceu o ato como ingênuo.
  
 
==== 1º de Maio de 2009: Anarcossindicalismo e Sindicalismo Revolucionário ====
 
==== 1º de Maio de 2009: Anarcossindicalismo e Sindicalismo Revolucionário ====
  
O M.A.L. realizou na manhã e tarde do dia 1 de maio de 2009 uma exposição pública na Praça 7 de Setembro sobre a história do anarcossindicalismo, do sindicalismo revolucionário e luta em geral dos trabalhadores em toda a história. Várias pessoas participaram do ato, foi lançado a primeira edição do jornal do M.A.L., panfletos foram distribuídos e várias fotos foram expostas com descrições histórias das mesmas. Isso provou que o M.A.L. estava amadurecendo politicamente, todavia pecou um pouco acerca da organização do ato.
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O M.A.L. realizou na manhã e tarde do dia 1 de maio de 2009 uma exposição pública na Praça 7 de Setembro sobre a história do anarcossindicalismo, do sindicalismo revolucionário e dos movimentos classsistas em toda a história. Cerca de 50 pessoas, entre militantes do M.A.L e apoiadores da causa, participaram do ato. Foram distribuídos exemplares da primeira edição do jornal informativo do M.A.L.
  
 
==== Participações em manifestações pelo Meio-Passe e Passe-Livre estudantil no transporte público ====
 
==== Participações em manifestações pelo Meio-Passe e Passe-Livre estudantil no transporte público ====
  
Foram várias manifestações estudantis que o M.A.L. esteve presente, declarando apoio aos estudantes e lutando contra o lucro exacerbado, as pretenções e interesses dos donos das linhas de ônibus. Em apenas três meses de 2009, três manifestações foram realizadas, e outras mais se realizaram pelo resto do ano.
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M.A.L. esteve presente em diversas manifestações estudantis, declarando apoio aos estudantes. Em três meses de 2009, três manifestações foram realizadas, o M.A.L esteve presente em todas.
  
 
* Polêmica pelas críticas à AMES-BH
 
* Polêmica pelas críticas à AMES-BH
  
Com o decorrer da luta estudantil, o M.A.L. publicou em sua segunda edição de seu jornal, em junho 2009, um texto criticando a postura da entidade estudantil AMES-BH (Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte), acusando essa entidade de tentar monopolizar o movimento estudantil por via de sua proposta de meio-passe.
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Com o decorrer da luta estudantil, o M.A.L. publicou em sua segunda edição de seu jornal, em junho 2009, um texto criticando a postura da entidade estudantil AMES-BH (Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte), acusando-a de monopolizar a luta estudantil com sua proposta de "carteirinha do meio passe". E mais tarde publicou uma carta oficial, declarando seus princípios na luta estudantil e repudiando as posturas da AMES-BH, mas foram impedidos de distribui-la em uma manifestação puxada pela AMES.
  
 
==== AÇÃO EM APOIO - 30 Anos De "Anistia" da Ditadura ====
 
==== AÇÃO EM APOIO - 30 Anos De "Anistia" da Ditadura ====
  
Uma manifestação pública que fora importantíssima para o M.A.L., pois lá conheceu o IHG (Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania), uma entidade popular de esquerda que agrega trabalhadores anarquistas, marxistas, etc. A manifestação foi dia 29 de agosto de 2009, embaixo do Viaduto Sta. Tereza, no centro de Belo Horizonte, que contou com vários estandes distribuídos pelo local com fotos de torturados pela ditadura militar, debates, microfone aberto e apresentação de grupos artísticos ativistas. O ato era em repúdio à ditadura militar, reivindicando anistia de fato para os torturados e o direito à verdade para as famílias dos desaparecidos, exigindo a abertura dos arquivos militares da ditadura.
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Uma manifestação pública em repúdio à ditadura militar, reivindicando a abertura dos arquivos militares da ditadura e a punição para os torturadores. O M.A.L esteve presente e a partir desta data, iniciou uma parceria com o IHG (Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania), uma entidade popular de esquerda que agrega trabalhadores anarquistas e socialistas. A manifestação ocorreu no dia 29 de agosto de 2009, embaixo do Viaduto Sta. Tereza, no centro de Belo Horizonte. O ato contou com vários estandes distribuídos pelo local com fotos de torturados pela ditadura militar, debates, microfone aberto e apresentação de grupos artísticos.  
 
Um militante do M.A.L. teve oportunidade de falar em microfone aberto e declarar apoio e solidariedade ao ato, aos torturados e à quem lutou contra a ditadura, reafirmando o repúdio aos militares e divulgando a manifestação do 7 de setembro de 2009.
 
Um militante do M.A.L. teve oportunidade de falar em microfone aberto e declarar apoio e solidariedade ao ato, aos torturados e à quem lutou contra a ditadura, reafirmando o repúdio aos militares e divulgando a manifestação do 7 de setembro de 2009.
Desde então, com uma ótima recepção do IHG com o MAL, as duas organizações seguiram militando em conjunto até o fim do Movimento Anarquista Libertário.
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Desde então, com uma ótima recepção do IHG com o MAL, as duas organizações seguiram militando em conjunto até o maio de 2010.
  
 
==== 7 de Setembro de 2009: Manifestação contra o militarismo, fascismo e nacionalismo ====
 
==== 7 de Setembro de 2009: Manifestação contra o militarismo, fascismo e nacionalismo ====
  
Com uma postura crítica e política mais concreta, o M.A.L. realizou uma grande manifestação no dia 7 de setembro de 2009, assim como realizara no ano anterior. A manifestação do ano de 2009 contou com muito mais organização, preparação, experiência, material e fora mais politizada. Faixas, bandeiras, panfletos, cartazes, jornais, militantes de outras cidades e um teatro fizeram parte da manifestação que atraiu bastante atenção do público e um debate caloroso com a população.
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Com uma postura crítica e política mais concreta, o M.A.L. realizou uma grande manifestação no dia 7 de setembro de 2009, assim como realizara no ano anterior. A manifestação do ano de 2009 contou com mais organização, preparação, experiência e material que a do ano anterior.  
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Faixas, bandeiras, panfletos, cartazes, jornais, militantes de outras cidades e um teatro improvisado fizeram parte da manifestação que atraiu bastante atenção do público e um debate caloroso com a população. Cerca de 150 pessoas, dentre anarquistas, punks, comunistas e apoiadores da causa participaram do protesto.
  
 
* Jornal
 
* Jornal
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* Militantes de outras cidades
 
* Militantes de outras cidades
  
Alguns militantes de outras cidades, como São Paulo - SP, Juiz de Fora - MG, dentre outras, participaram e ajudaram a organizar a manifestação, demonstrando que o M.A.L. estava crescendo e sua repercussão fora da cidade estava crescendo.
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Alguns militantes de outras cidades, como São Paulo - SP, Juiz de Fora - MG, Pará de Minas - MG e Contagem - MG, participaram e ajudaram a organizar a manifestação, demonstrando que o M.A.L. estava crescendo e sua repercussão também.
  
 
* Teatro
 
* Teatro
  
O teatro consistiu em um militante do M.A.L. interpretando um burguês e outro interpretando um soldado militar. O burguês chicoteava o soldado enquanto este "reprimia" os manifestantes, passando a ideia de que o soldado, o órgão militar e o Estado são marionetes de uma classe, a classe dominante burguesa, para dominação sobre a classe explorada trabalhadora, e que, quando esta reivindica seus direitos, é recebida a pancadas.
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O teatro consistiu em um militante do M.A.L. interpretando um burguês e outro interpretando um soldado militar. O burguês chicoteava o soldado enquanto este "reprimia" os manifestantes, passando a idéia de que o soldado, o órgão militar e o Estado são marionetes de uma classe, a classe dominante burguesa, para dominação sobre a classe trabalhadora, e que, quando esta reivindica seus direitos, é recebida a pancadas.
  
 
==== Agitações com o IHG ====
 
==== Agitações com o IHG ====
  
O M.A.L. participou de várias reuniões com o IHG e também várias agitações, como a Velada Libertária (Out/2009), A Semana Internacional de Direitos Humanos (nov/2009) e o Maio de Resistência (mai/2010), que fora o último suspiro do então Movimento Anarquista Libertário de Belo Horizonte.
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O M.A.L. participou de várias reuniões com o IHG e também várias agitações, como a Velada Libertária (Out/2009), A Semana Internacional de Direitos Humanos (Nov/2009) e o Maio de Resistência (Mai/2010).
  
 
==== Fim do M.A.L. ====
 
==== Fim do M.A.L. ====
  
 
Por falta de organização, descompromisso de alguns militantes e outras questões internas, o M.A.L. acabou em maio de 2010, declarado o fim em uma reunião no IHG.
 
Por falta de organização, descompromisso de alguns militantes e outras questões internas, o M.A.L. acabou em maio de 2010, declarado o fim em uma reunião no IHG.
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==== Retorno das atividades ====
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No dia 22 de maio de 2011, exatamente um ano após sua última atividade, o M.A.L anuncia oficialmente o retorno de suas atividades
  
 
==Veja também==
 
==Veja também==

Revision as of 03:57, 23 May 2011

O M.A.L. (Movimento Anarco-Libertário) é uma organização anarquista, baseada no apoio mútuo e autogestão. Foi fundado em 2008 no centro de Belo Horizonte, Minas Gerais, a nível municipal. Posteriormente, tentou se expandir para o estado de São Paulo com a fundação de um núcleo do Movimento Anarco Libertário em São José dos Campos (M.A.L-SJC), todavia não obteve sucesso. Em maio de 2010 a organização declarou o fim de suas atividades, retomando-as exatamente um ano depois, em maio de 2011.

O M.A.L. tem como objetivos a divulgação nacional e internacional do ideal anarquista, o aprimoramento e desenvolvimento das teorias e práticas anarquistas, a organização de eventos (como feiras de cultura libertária), manifestações, mutirões de conscientização popular, ação direta, e tem como meta final a revolução social.

Organização

A organização do M.A.L. adota um caráter horizontal, autogestionário e mutualista. Caracterizada como associação geral, onde cada ativista tem funções (levando em conta a postura não hierárquica do grupo) relevantes a de qualquer outro ativista, não há funções mais nem menos importantes a serem prestadas dentro do movimento. A responsabilidade com a organização é determinada pelo comprometimento, consciência e autodisciplina de cada ativista.

Antigas Iniciativas do M.A.L.

Conquistadores do Pão

Militantes que escrevem/lêem textos para posteriormente salva-los, estuda-los e divulga-los. O nome é uma adaptação do título da obra de Piotr Kropotkin, "A Conquista do Pão". Dá-se esse nome pela divulgação de idéias libertárias, que seus militantes julga importante para que se viva em uma sociedade autônoma, numa metáfora de "conquistar o pão" (conquistar a revolução

Antigo Grupo de Estudos Libertários

Criado para fortalecer a unidade teórica para base com ações práticas, o GEL foi projeto de formação política do M.A.L. Periodicamente seus membros, se reuniam e estudavam /debatiam sobre temas pré-definidos.

Antigo Jornal Informativo M.A.L.

O Jornal Informativo M.A.L. foi um jornal gratuito e mensal que teve como objetivo propagar o o ideal anarquista e informar seus leitores sobre as agitações classistas, a nível municipal, estadual, nacional e internacional, disponibilizando explicações sobre a ideologia, divulgando ações autônomas de cunho libertário e informações internas do grupo. A partir da 3ª edição, o jornal adotou o nome "Ler Para Lutar".

Ações realizadas

Ato anti-militarismo e anti-fascismo no dia 7 de Setembro de 2008

A primeira agitação organizada pelo M.A.L., o ato foi realizado pela manhã, no centro da capital de Minas Gerais, no cruzamento da Av. Afonso Pena com a Av. Amazonas, ao lado do tradicional desfile militar. Suas reivindicações eram básicas: repúdio ao nacionalismo, ao militarismo, fascismo e propagação dos ideais anarquistas. Cerca de 50 pessoas participaram do ato.

Ato nacional contra o MC'Donalds (e o norte imperialismo) no dia 2 de Outubro de 2008

Uma breve agitação em vários MC'Donalds da região central de Belo Horizonte, com panfletagem, cartazes e gritos de guerra. Isso, em análise póstuma, serviu para que o M.A.L fundamentasse um autocrítica que reconheceu o ato como ingênuo.

1º de Maio de 2009: Anarcossindicalismo e Sindicalismo Revolucionário

O M.A.L. realizou na manhã e tarde do dia 1 de maio de 2009 uma exposição pública na Praça 7 de Setembro sobre a história do anarcossindicalismo, do sindicalismo revolucionário e dos movimentos classsistas em toda a história. Cerca de 50 pessoas, entre militantes do M.A.L e apoiadores da causa, participaram do ato. Foram distribuídos exemplares da primeira edição do jornal informativo do M.A.L.

Participações em manifestações pelo Meio-Passe e Passe-Livre estudantil no transporte público

M.A.L. esteve presente em diversas manifestações estudantis, declarando apoio aos estudantes. Em três meses de 2009, três manifestações foram realizadas, o M.A.L esteve presente em todas.

  • Polêmica pelas críticas à AMES-BH

Com o decorrer da luta estudantil, o M.A.L. publicou em sua segunda edição de seu jornal, em junho 2009, um texto criticando a postura da entidade estudantil AMES-BH (Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte), acusando-a de monopolizar a luta estudantil com sua proposta de "carteirinha do meio passe". E mais tarde publicou uma carta oficial, declarando seus princípios na luta estudantil e repudiando as posturas da AMES-BH, mas foram impedidos de distribui-la em uma manifestação puxada pela AMES.

AÇÃO EM APOIO - 30 Anos De "Anistia" da Ditadura

Uma manifestação pública em repúdio à ditadura militar, reivindicando a abertura dos arquivos militares da ditadura e a punição para os torturadores. O M.A.L esteve presente e a partir desta data, iniciou uma parceria com o IHG (Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania), uma entidade popular de esquerda que agrega trabalhadores anarquistas e socialistas. A manifestação ocorreu no dia 29 de agosto de 2009, embaixo do Viaduto Sta. Tereza, no centro de Belo Horizonte. O ato contou com vários estandes distribuídos pelo local com fotos de torturados pela ditadura militar, debates, microfone aberto e apresentação de grupos artísticos. Um militante do M.A.L. teve oportunidade de falar em microfone aberto e declarar apoio e solidariedade ao ato, aos torturados e à quem lutou contra a ditadura, reafirmando o repúdio aos militares e divulgando a manifestação do 7 de setembro de 2009. Desde então, com uma ótima recepção do IHG com o MAL, as duas organizações seguiram militando em conjunto até o maio de 2010.

7 de Setembro de 2009: Manifestação contra o militarismo, fascismo e nacionalismo

Com uma postura crítica e política mais concreta, o M.A.L. realizou uma grande manifestação no dia 7 de setembro de 2009, assim como realizara no ano anterior. A manifestação do ano de 2009 contou com mais organização, preparação, experiência e material que a do ano anterior. Faixas, bandeiras, panfletos, cartazes, jornais, militantes de outras cidades e um teatro improvisado fizeram parte da manifestação que atraiu bastante atenção do público e um debate caloroso com a população. Cerca de 150 pessoas, dentre anarquistas, punks, comunistas e apoiadores da causa participaram do protesto.

  • Jornal

Foram distribuídas centenas de edições do jornal "Ler Para Lutar!" com textos explicativos acerca da história do 7 de setembro, criticando o nacionalismo e o militarismo com uma orientação muito mais coerente, criticando o fascismo, propagandeando a solidariedade de classe e reafirmando a guerra que existe entre as duas classes antagônicas.

  • Militantes de outras cidades

Alguns militantes de outras cidades, como São Paulo - SP, Juiz de Fora - MG, Pará de Minas - MG e Contagem - MG, participaram e ajudaram a organizar a manifestação, demonstrando que o M.A.L. estava crescendo e sua repercussão também.

  • Teatro

O teatro consistiu em um militante do M.A.L. interpretando um burguês e outro interpretando um soldado militar. O burguês chicoteava o soldado enquanto este "reprimia" os manifestantes, passando a idéia de que o soldado, o órgão militar e o Estado são marionetes de uma classe, a classe dominante burguesa, para dominação sobre a classe trabalhadora, e que, quando esta reivindica seus direitos, é recebida a pancadas.

Agitações com o IHG

O M.A.L. participou de várias reuniões com o IHG e também várias agitações, como a Velada Libertária (Out/2009), A Semana Internacional de Direitos Humanos (Nov/2009) e o Maio de Resistência (Mai/2010).

Fim do M.A.L.

Por falta de organização, descompromisso de alguns militantes e outras questões internas, o M.A.L. acabou em maio de 2010, declarado o fim em uma reunião no IHG.

Retorno das atividades

No dia 22 de maio de 2011, exatamente um ano após sua última atividade, o M.A.L anuncia oficialmente o retorno de suas atividades

Veja também

Ligações externas

Categoria:Organizações anarquistas de Belo Horizonte Categoria:Organizações anarquistas do Brasil