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User:KIko58

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====SEXTA FEIRA SANTA====--Kiko Pardini (discussão) 02h47min de 12 de abril de 2009 (UTC)

Hoje pequena e animada procissão saio da igreja católica e com fieis acompanhando lindos hinos deram volta no quarteirão e de novo foram para a missa. Trago na lembrança ainda as freiras dos conventos de Jundiaí que enchia hospitais no serviço social do tipo consolador. Como nessa época de infância tudo já é muito mágico chamava-me a atenção suas tantas roupas e crucifixos enormes quase sempre pretos com filetes prateados e pedras, mais suas vestes impecavelmente limpas e engomadas dava um ar de poder e serenidade que naquelas horas servia de consolo principalmente para os mais aflitos e desesperados da década de 60 que muito pouco de proventos e de políticas publicas poderia estar contando. Apesar de nunca velas nas igrejas da periferia eu sabia de alguma forma elas serem católicas. Com o tempo pude ver e entender sobre outras religiões cristãs e saber de mais algumas ainda que cultuassem o mesmo Deus de forma diferente como; Budista, Islamitas, maometanos etc. Lembrando do trabalho social que venho pouco a pouco me envolvendo, lembrei-me que a dias estive reunidos por ser convidados a participar de reunião em um assentamento Lá no |Paulo de Faria no rio do peixe, e também fiquei comovido com a irmandade que deles radiava como se muitas e tantas outras religiões somando com representantes do governo como o senhor Superintendente do INCRA, representante da Petrobras, de Universidades quando não reitores os que os representavam para colocar a disposição dos assentamentos políticas publicas que viessem socorrê-los nas suas mais intimas das dignidades,. E estávamos todos como em uma procissão estática todos comovidos com a luta pela terra e seus produtos como o milho o arroz e viveres dos quintais. Não que queira aqui comparar as palavras da bíblia decorada pelos padres e pastores do maná celestial, mas espero valorizar o suor dos flagelados pela difícil política publica quanto a reforma agrária que se arrasta pelo Brasil dês dos tempos coloniais. Kiko Pardini


--KIko58 05h04min de 14 de Abril de 2009 (UTC)


Pesquisa/liberdade/Estudo Urbanização.


É noite, um murmúrio continua quase imperceptível se ouve, a cidade dorme calma como um oásis entre as turbulências dos grandes centros, são os teares que reboa gerando empregos. Para um município que á alguns anos atrás, as diferenças desta realidade é gritante, tanto que imagino ver uma dificuldade de aceitar sua nova identidade, não por mim, mas para os tantos antigos moradores. Em pouco menos de 35 anos a cidade estritamente rural tornou-se um recanto de progresso não agressivo, mas continuo e firme. Nos idos da década de 60 quando aqui estive pela primeira vez só havia duas ruas no centenário do município, algumas casas do tipo coloniais muito pequenas, mas com as formas definidas, muitas de pau-a-pique ou raramente algumas de enormes tijolos comuns. Nas ruas galinhas d’angola aos bandos misturados com porcos e galinhas passeavam tranqüilas juntos de cavalos e do gado, sua aparência a do município, era encardida pela terra vermelha e pelo tempo. As fazendas não fugiam as regras quanto aos quintais e moradias. Alguns fazendeiros que desmatara quase sempre á mão os campos plantavam arroz e milho, alem do gado leiteiro, que muitos tinham que desfazerem-se do produto deles depois de ordenhado as vacas por não terem para quem vender as matas por aqui eram impares, o gado muitas vezes ficavam perdidos derribados como dizem por aqui, durante muito tempo não os via até os encontrarem com cria e isso também acontecia com as galinhas os porcos. Muitas fazendas preservam suas cedes intactas com madeiramento de aroeira lapidadas a machado assim como os currais, e não é difícil de encontrar grandes chiqueiros de madeira construídos de forma tão rudimentar onde mourão são enterrados lado a lado como formando um enorme muro. Naquela época as maiorias das lavouras eram chamadas de roça de tocos onde os proprietários para economizar mão de obra não retiravam as arvores pela raiz, más as cortava a machado bem rente ao chão e limpando ao redor plantava-se o arroz ou milho. A cavalo muitas vezes andei por dias inteiros por entre a mata observando os bichos nativos tamanduás, pombas, antas, catetos, tatus, jaó, jacus, veados de varias espécies e até jacarés pude ver. Ao entardecer o banho era de balde e caneca com água esquentada em fogão a lenha, a comida também se fazia nestes enormes fogões como todo tipo de quitanda que eram uma delicia. Mas nos idos de 70 o governo militar insistiu nos bancos para desbravar o triangulo mineiro e começou a devastação, na preocupação de pagar os banqueiros depois de empréstimos para desmata e compra de tratores os fazendeiros não respeitaram a lei dês da época de Getulio Vargas de que teriam de observar 20% da mata nativa em respeito ao meio ambiente, como não houve uma fiscalização do governo militar quanto á esta observação tudo foi degradada, as matas hoje não passam de 10% dos20% que teriam que preservar. Ou seja, se julgássemos os 20% como o total de 100% que a lei obrigava a ser resguardada apenas 10% disso restou. Nesta época mudou a economia de forma radica a cidade inchou com casebres de casqueiros por muitos lugares urbanos sem infra-estrutura, o algodão, o arroz e o milho tornou uma fonte de renda que ajudou muitos fazendeiros migrar para o gado de corte e leiteiro trazendo laticínio com estrutura para muitos milhares de litros, diferente do que havia o do português que só comprava o suficiente para fabricar suas mussarelas já vendidas em São Paulo. Chegou com a necessidade a eletricidade que movia maquina de beneficiamento de arroz, serraria e alguma iluminação pública que antes só havia eletricidade por alguns momentos em um posto de gasolina para abastecimento pelo investimento do dono do posto. Também os casebres deram lugar a algumas casas de alvenaria obrigando a prefeitura expandir as ruas e conseguiram com muito esforço político o asfalto para elas. Assim gradualmente entre 80 e 90 foi um crescer lento e gradual, com agora envolvimento com alguns políticos que tendo que trazer benefícios para toda região do triangulo sempre tentando angariar votos no município os privilegiava com alguns benefícios mais que importantíssimo para a cidade. Os filhos destes fazendeiros aprenderão viver na cidade longe desta realidade e muitos foram estudar em grande centro mudando o perfil da cidade que agora já tinha ares de urbano. Logo depois do fim da ditadura com o plano Real as coisas deram por aqui um impulso onde prefeitos ajudaram implantar indústria (pequenas) têxtil, que ajudaram os filhos ágoras urbanos tivessem o que fazer além de serem babás e domesticas. O rio que separa o Estado de São Paulo e Minas Gerais aqui já dês da década de 70 já era realidade e muitos pescadores fizeram da pesca profissão estuda-se hoje uma economia baseada em criação em cativeiro, mas por aqui tudo ainda é muito lento. Um dos problemas que diferenciou de tudo essa história é o convívio urbano com o rural que vejo uma dupla vocação entre os moradores que já estão por acostumar com a vida urbana e abandonando com a morte dos patriarcas as fazendas e migrando para cidade, eles sem muita relação com a vida urbana apesar da cidade ser pequena ainda começa a perder pequenas regalias que não se davam conta, por exemplo; eles mesmos faziam doce de geléia de mocotó que era uma delícia que não se encontra mais a não ser em supermercado industrializado, os biscoitos de polvilho que antes toda quitandeira oferecia nas merendas também só em mercado pamonha é vendida da mesma forma, não se anda mais a cavalo, só de motocicleta ou camionetes, as carroças só roda em sítio porque nem em fazenda existem mais. Então assisti a magia urbana tomar conta desta comunidade e nesta madrugada alem do murmúrio das maquinas ouço vez por outra alguns galos em terreiro distante.

--KIko58 03h30min de 14 de Abril de 2009 (UTC)