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Charles Fourier
Este artigo é baseado no artigo Charles Fourier da Wikipédia. | W |
Charles Fourier' (Besançon, 7 de Abril de 1772 – Paris, 10 de Outubro de 1837) foi um socialista francês da primeira parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico ferino do economicismo e do capitalismo de sua época e adversário da industrialização, da civilização urbana, do liberalismo e da familia baseada no matrimônio e na monogamia. O caráter jovial com que Fourier realizou algumas de suas críticas, fez dele um dos grandes satíricos de todos os tempos. Propôs a criação de unidades de produção e consumo, as falanges ou falanstérios baseadas em uma forma de cooperativismo integral e auto suficiente assim como na livre perseguição do que chamava paixões individuais e seu desenvolvimento; o qual construiria um estado que chamava harmonia. Neste sentido antecipa a linhagem do socialismo libertário dentro do movimento socialista, mas também em linhas críticas da moral burguesa e cristã restritiva do desejo e do prazer, constituindo-se em um dos precursores do anarquismo e da psicanalise.[1] Em 1808 Fourier já argumentava abertamente em favor da igualdade de gênero entre homens e mulheres, apesar da palavra feminismo só ter surgido em 1937 [2].
Entusiastas de suas idéias estabeleceram comunidades intencionais nas três Américas. O Falanstério do Saí em Santa Catarina e a Colônia Cecília no Paraná foram experiências práticas inspiradas por Fourier no Brasil, assim como La Réunion no Texas e a Falange Norteamericana em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Contents
Biografia[editar]
Nascido em Besançon[3], filho de um modesto homem de negócios, Fourier estava mais interessado na arquitetura que nos negócios de seu pai.[4] De fato, queria converter-se em engenheiro, mas a Escola de Engenharia Militar aceitava somente filhos da nobreza.[5] Mais tarde Fourier se alegraria em não ter se tornado um engenheiro, porque segundo ele, esta profissão teria lhe consumido muito tempo lhe afastando de seu verdadeiro desejo: ajudar a Humanidade[6]. Em Julho de 1781, logo após a morte de seu pai, Fourier herda dois quintos de sua fortuna, avaliada em mais de 200.000 francos[7]. Esta repentina riqueza lhe permite a liberdade de viajar através da Europa por prazer. Em 1791 muda-se de Besançon para Lyon, onde trabalha para o mercador M. Bousquet[8]. Em suas viagens, vai também a Paris onde trabalha como chefe de Oficina de Estatísticas por alguns meses. Fourier não concordava com viajar para benefícios alheios. A fim de obter conhecimentos em tudo o que pudesse, Fourier mudaria de emprego e residência para experimentar novas coisas. Entre 1791 e 1816 trabalhou em Paris, Ruan, Lyon, Marselha, e Bordeaux[9]. Como viajante de negócios e agente dos correios, período em que não dispunha de muito tempo para suas investigações. Deixando-se "servir à vontade dos mercadores" e da estupefação das tarefas "enganosas e degradantes". Em seus pensamentos haviam três elementos principais: as pessoas que conheceu como viajante de negócios, os periódicos e a introspecção. Seu primeiro livro foi publicado em 1808.
Em Abril de 1834 Fourier muda-se para o apartamento de Paris onde morrerá depois, em outubro de 1837[10]. Em 11 de Outubro de 1837, às três da tarde, tem início uma procissão da porta de sua casa até a igreja de Petits-Peres.[11] À cerimônia foi assistida por mais de quatrocentas pessoas de todos os lugares [12].
Crítica à "civilização"[editar]
Grande parte das críticas de Fourier são voltadas contra as posições que justificam e perpetuam o sofrimento humano como é o caso do cristianismo, do conservadorismo o do niilismo. Nesse sentido que identifica no centro do cristianismo a imagem do pecado original. "Fourier encarna um momento único do pensamento ocidental; levando a crítica à religião, elaborada pelo movimento filosófico, até as últimas consequências lógicas, até o rechaço da moral da família e da hierarquia social e simboliza todo um momento em que a reação pós-revolucionária estava em todo seu apogeu, se sustentando ainda por muito tempo boa parte das conquistas intelectuais do século XVIII"[13]. Nesta mesma linha argumentativa vinculava a idéia de civilização a um sentido pejorativo, reconhecendo nesta uma forma social contemporânea a ser superava. Desta forma Fourier transcendida o economicismo de grande parte do pensamento socialista de sua época e de momentos posteriores. Assim não só criticava as estruturas econômicas do capitalismo mas também a moral inteira da sociedade contemporânea e seus costumes.
Através de seu rechaço à moral pessimista e focada na dor, propunha assumir como foco à felicidade entendida como satisfação dos sentidos, e também como prazer. Tudo isto indo contra o que chamava "o masoquismo mental"[14]. Este elemento foi ponto fundamental em sua crítica à estrutura da família nuclear promovida pelo cristianismo, as unidades camponesas e o capitalismo de seu contexto. Dizia que essa estrutura era ao mesmo tempo economicamente absurda e passionalmente absurda. A primeira se devia ao fato da família enquanto unidade econômica não ser capaz de prover sua própria sustentação e necessitava de uma maior cooperação entre um maior número de pessoas assim como o trabalho cooperativo de um número maior de pessoas que é desperdiçado as vezes no trabalho familiar de pequenos grupos. A segunda era porque Fourier afirmava que viver com as mesmas pessoas toda vida e o tempo todo (e pior no caso de relações amorosas/sexuais com a mesma pessoa por toda a vida) condenava os envolvidos à monotonia e ao tédio, assim como ao conformismo, impedindo um maior desenvolvimento da personalidade se comparado às possibilidades existentes nas relações mais múltiplas de duração diversa.
Nesta perspectiva a sociedade atual encontraria claramente seu fundamente na hipocrisia ou em uma estrutura basicamente hipócrita. Isto devido ao fato de se ter uma constante contradição entre as palavras e as ações assim como entre os deveres e as aspirações. Uma vez que as pessoas desejam a realização de seus desejos no entanto se reprimem e recorrem à moral para se auto-justificarem e reprimir aos que quiserem perseguir seus desejos, ou como diria Fourier suas paixões[15] .
Contra esta moral, a qual se atravessa tanto no âmbito da vida doméstica como nas esferas do trabalho, da economia e da política; Fourier afirma abertamente que às paixões não são nocivas mas sim, ao contrário, parte fundamental da natureza humana e assim mesmo elemento necessário para o desenvolvimento da personalidade[16].
Fourier também denunciou a exploração de que eram vítimas os trabalhadores, as mulheres e crianças, e a desigualdade social de sua época. Foi o primeiro que chegou a afirmar por exemplo que "o grau de emancipação da mulheres em uma sociedade é o termômetro geral através do qual se mede à emancipação geral".
As paixões e o livre desenvolvimento da personalidade[editar]
Hakim Bey na seguinte citação resume a crítica de Fourier à civilização:
«As misérias da Civilização tem desviado a Terra e a humanidade de seu proprio destino em um sentido literalmente cósmico. A Paixão, a qual temos aprendido a entender como "o mal", é de fato, virtualmente, o princípio divino. Os seres humanos são estrelas microscópicas, e todas as paixões e desejos (incluindo os "fetiches" e as "perversões") são por natureza não somente boas, mas sim necessárias para a realização do destino dos humanos. No sistema de Harmonia de Fourier todas atividades criativas incluindo a indústria, a artesania, a agricultura (etc) surgiram da libertação da paixão - esta é a famosa teoria do "trabalho atrativo". Fourier sexualiza o próprio trabalho - a vida do Falanstério é uma contínua orgia do sentimento intenso, do pensamento e da atividade, uma sociedade de amantes e selvagens entusiastas. Quando a vida social da terra é harmonizada, nosso planeta voltará a ser incorporado ao universo da Paixão e serão experimentadas vastas transformações na forma do corpo humano, no tempo atmosférico, nos animais e nas plantas, e mesmo nos oceanos.»
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(Hakim Bey, O oceano de limonada e os tempos modernos)
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Fourier afirmava que as paixões são impulsos e necessidades que podem ser desenvolvidas. Contra seus críticos que afirmavam que o desenfreio irracional das paixões poderia ser algo potencialmente suícida, Fourier advertia que um completo abandono às paixões só poderia se dar em harmonia e fazê-lo em civilização seria perigoso. Assim mesmo contra os críticos que diziam que as paixões podem ser também destrutivas dos outros ou malignas ele decidiu fazer uma tendência de paixões ou instâncias passionais harmônicas e outras subversivas. As primeiras quando se realizam não ferem aos outros ou até podem ajudar-lhes a realizarem-se, enquanto que as segundas podem ferir aos outros ou limitá-los. Fourier afirmava que na restrição se promovia a dívida e a escassez de oportunidades de auto-realização tendendo irremediavelmente ao conflito. Num estado de livre expressão da personalidade e de superacion desta escassez o conflito irremediavelmente se reduz quando não é eliminado. Por outro lado ele propõe um esquema no qual haveriam algumas paixões "distributivas" que eliminam o conflito e também evitam tédio.
O cooperativismo como alternativa[editar]
[[Imagem:Familistère-guise.jpg|thumb|300px|left|Interior do familistério do fourierista Jean Baptiste Godin em fins século XIX.]]
«“não sacrifiquem a felicidade de hoje em nome da felicidade futura. Desfrutem do momento, evitem toda união de matrimônio ou de interesse que não satisfaça vossas paixões desde este mesmo instante. Por que vão lutar pela felicidade futura, se ela se colocará sobre os vossos desejos, e não terão aquilo antes combinado para além de um único desprazer, o de não poder dobrar a longitude dos dias, a fim de dar vazão ao imenso círculo de gozos que deverão recorrer"»
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Diante deste panorama Fourier propunha uma alternativa cooperativista. Se se permitisse às pessoas realizar livremente suas inclinações ou paixões se produziria um estado de equilíbrio entre todos, ou como o chamou, harmonia. Como fundamento da tese de Fourier estava a possibilidade de se estabelecer uma sociedade verdadeiramente justa, para a qual propôs a fundação de falanstérios (Comunidades); os benefícios obtidos seriam repartidos entre os membros da falange e os capitalistas que houvessem investido dinheiro em sua construção. Uma das cooperativas mais famosas idealizada por Fourier foi a Coopérative des bijoutiers em Doré. Fourier pretendia convencer os capitalistas a proporcionarem recursos necessários para a construção de Falanstérios, no entanto, nenhum deles aceitaria sua proposta.
A Falange e o falanstério teriam as seguintes características:
«No lugar dos vastos centros que absorvem as populações, as aldeias, as casas, construídas ao azar no mapa, mal distribuídos, mal traçados seus limites, tão incoerentes em sua distribução geral como em sua organização particular, a humanidade deve estar agrupada por comunidades, regulares pelo número de seus habitantes, por sua ordem interior e pelas condições de equilíbrio na relação com outras comunidades, obedecendo todas a lei análogas. Na ordem combinada ou societária estas comunidades recebem o nome de falange, palavra que significa uma idéia de conjunto, de unidade, de vontade e de objeto. A falange deve ser composta de 400 famílias (1.600 ou 1.800 pessoas, com uma média da densidade das famílias de 4,5). As bases desta associação são: 1º Todos os habitantes da comunidade, ricos e pobres, formarão parte da associação; o capital social o constituirão os imóveis de todos e os móveis e capitais investidos por cada um à sociedade. 2º Cada associado em troca de seus investimentos, receberá ações que representem o valor exato do que haja investido. 3º Toda ação terá hipoteca sobre a parte dos imóveis que represente e sobre a propriedade geral da sociedade. 4º Todo associado (se é associado ainda quando não se possuem ações nem capital algum) deve concorrer à exploração do bem comum, com seu trabalho e com seu talento. 5º As mulheres e as crianças entram na sociedade com o mesmo título que os homens. 6º O beneficio anual, depois de satisfeitos os gastos comuns, será repartido proporcionalmente segundo as três faculdades produtivas: capital, trabalho e talento. Os fourieristas supõem que esta organização produzirá importantíssimas e fecundas conseqüências, pois, por exemplo, as 400 familias reunidas levariam grandes vantagens em substituir seus 400 lugares, que empregam a 400 mulheres, por uma boa cozinha dirigida por umas quantas pessoas hábeis na arte de cozinhar; seus 400 depósitos de grãos por um bom; suas 400 adegas por uma ampla e magnífica, &c., &c. A falange, ou seja a reunião de 400 casinhas, viria com o tempo a se reunirem em um só edifício; com 400 departamentos com dependências comuns e particulares, e este grande edifício unitário receberá o nome de falanstério.»
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Desta forma Fourier antecipa as propostas posteriores do socialismo libertário ao edificar comunas de associação voluntária como base do sistema político que substituiria o estado e o capitalismo. Portanto, a proposta do falanstério antecipa projetos posteriores como os sovietes, as comunas autônomas e o principio federativo (etc) as quais formam parte integral do anarquismo, do comunalismo intencional e de algumas alas menos autoritárias do marxismo como o comunismo de conselhos.
Principais obras[editar]
[[Imagem:Phalanxary colt nj.jpg|thumb|300px|right|Edifício abandonado da Falange Norteamericana, um dos falanstérios erguidos nos Estados Unidos no século XIX.]]
- Théorie des tromphèthes des Buron (Teoria das trombetas de Buron) (1808)
- Théorie des quatre movements (Teoria dos quatro movimentos) (1808), Fourier divide toda história anterior em quatro fases: selvageria, barbárie, patriarcado e civilização. Coincidindo esta última fase com o capitalismo burguês do século XIX e cuja origem remonta Fourier ao século XVI e sobre a qual chegaria a afirmar que esta "ordem civilizada eleva a uma forma complexa, ambígua, equívoca e hipócrita todos aqueles vícios que a barbárie praticava em um meio da maior ingenuidade". Também afirma nessa obra que "Na civilização, a miséria brota da própria abundância".
- Traité de l'association doméstique-agricole (Tratado de associação doméstica e agrícola) (1822).
- Le nouveau monde industriel et societaire (O novo mundo industrial e societário) (1829).
- La fausse industrie (A falsa indústria) (1835-1836).
- Le nouveau monde amoureux (O novo mundo amoroso). Tal obra nunca chegou a ser levada à imprensa por Fourier, sendo editada muito postumamente, em 1967). Nela descrevia um momento da sociedade em que as paixões de alguns indivíduos se combinariam com as paixões de outros com o qual deixariam de ser perversões. Nesta sociedade seria abolido o comércio, câncer da economia e causa do desperdício e do parasitismo. O consumo se reduziria espontâneamente ao essencial; a indústria se reorientaria; o trabalho se organizaria em pequenas comunidades e se distribuiria sobre a base das aptidões e desejos individuais.
Influência[editar]
Nas revoltas do século XIX e fundação dos falanstérios[editar]
thumb|300px|left|Desenho de jornal estadunidense de 1850 satirizando o Fourierismo, o Abolicionismo e outros movimentos progressistas. As idéias de Fourier tiveram influência nas revoltas populares conhecidas como Revoluções de 1848 através de seguidores como Victor Considérant. A essa época na América do Norte e na América do Sul foram fundadas diversas comunidades intencionais por seguidores, geralmente imigrantes europeus. Entre outros, no Brasil surgiram o Falanstério do Saí em Santa Catarina e a Colônia Cecília no Paraná, enquanto nos Estados Unidos foram erguidos A Utopia em Ohio, La Réunion no Texas, e a Falange Norteamericana em Nova Jersey.
Os escritos de Fourier foram incluídos pela igreja católica no Index Librorum Prohibitorum lista daquelas publicações que a Igreja Católica catalogou como livros perniciosos para a fé. O propósito desta lista era prevenir a leitura de livros ou trabalhos imorais que contivessem erros teológicos ou morais e prevenir da corrupção seus fiéis.
Marxismo e o rótulo de socialismo utópico[editar]
Não tardaria para que uma vertente do pensamento progressista se levantasse em crítica ao Fourierismo. Já em seu Manifesto do Partido Comunista os jovens Marx e Engels buscariam de todas as maneiras diferenciar sua proposta de socialismo daquela elaborada por pensadores como por Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc e Robert Owen, considerada por eles fantasiosa uma vez que buscava transformar radicalmente a sociedade sem uma ênfase no conflito entre as classes, e através da boa vontade e participação de todos. Neste mesmo sentido os marxistas conferiram ao seu próprio projeto um suposto cunho científico (comunismo científico) que não estaria presente na obra daqueles que rotularam de socialistas utópicos.
Como resultado desta pejorativização o todo o trabalho, não só de Fourier como de outros pensadores considerados utopistas, foi deixado de lado, sequer sendo lido por gerações de marxistas, para sempre banidos desta corrente de pensamento que em sua suposta cientificidade se comportava de forma análoga à igreja católica com seu Index Librorum Prohibitorum. Somente muito tempo depois, na década de 1960, setores marginais do pensamento marxista, a partir da influência dos escritos de Herbert Marcuse, resgatariam a obra de Fourier enquanto fonte de reflexões a ser considerada.
Até a primeira metade século XX[editar]
Na metade do século XX, as idéias de Fourier interessaram diversos intelectuais socialistas que se encontravam fora do mainstream marxista. Depois de que os surrealistas romperam com o Partido Comunista Francês, André Breton escreveu o poema Ode à Charles Fourier em 1947. No livro clássico de freudomarxismo de Herbert Marcuse da década de cinqüenta Eros e a civilização Fourier é mencionado como representante importante da tradição hedonista.
«Não é por acidente que o trabalho de Fourier está se convertendo tópico outra vez dentro da intelligentsia avant-garde das equerdas. Como Marx e Engels aceitaram, Fourier foi o primeiro a fazer clara a diferença qualitativa entre a sociedade livre e não livre. E nisto ele jamais retrocedeu, como Marx todavia o fez, ao falar de uma sociedade possível na qual o trabalho se converte em jogo, uma sociedade na qual até o trabalho socialmente necessário pode ser organizado em harmonia com as necessidades liberadas genuínas do homem.»
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(Herbert Marcuse, na conferência Das Ende der Utopie 1967.)
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Em 1969 a Internacional Situacionista citava e adaptava o escrito de Fourier Avis aux civilisés relativement à la prochaine métamorphose sociale em seu texto Avis aux civilisés relativement à l'autogestion généralisée.
Na contemporaneidade[editar]
[[Imagem:Bolo urbain suisse800.gif|thumb|left|200px|Um bolo urbano, comunidade autônoma descrita por PM em seu livro Bolo'bolo.]]
Contemporaneamente pode-se constatar a grande influência do pensamento de Fourier nos escritos de intelectuais libertários como Hakim Bey, Paul Goodman, Bob Black e PM. Em diversas passagens de sua obra mas principalmente em seu artigo Oceano de Limonada e Tempos Modernos Hakim Bey traz a tona reflexões acerca das experiências fourieristas na constituição de estratégias de comunalismo libertário[17].
O trabalho de Fourier também vêm influenciando significativamente o cinema e a literatura atuais. É possível ver seus traços nos escritos de Gustav Wyneken, Guy Davenport (em sua obra de ficção Maçãs e Peras), bem como na obra de David Harvey no apêndice de seu livro Espaços de Esperança (Spaces of Hope) (Edilia, ou 'Faça o que quiseres') oferece uma visão utópica pessoal do futuro muito próxima das idéias de Fourier. No filme Metropolitan de Whit Stillman, o personagem Tom descrito como um fourierista debate o sucesso do experimento social conhecido como Fazenda Brook com outro personagem.
Referências[editar]
thumb|right|200px|Charles Fourier na senioridade.
- E. Lehouck (1973): Fourier o la armonia y el caos(em espanhol)
- F. Engels (1892): Del socialismo utópico al socialismo científico.(em espanhol)
- E. Screpanti & S. Zamagna (1993): An Outline of the History of Economic Throuht.em inglês
- ↑ Lehouck 1973
- ↑ Goldstein 1982, p.92.
- ↑ Serenyi 1967, p.278.
- ↑ Serenyi 1967, p.278.
- ↑ Serenyi 1967, p.278.
- ↑ Pellarin 1846, p.14.
- ↑ Pellarin 1846, p.7.
- ↑ Pellarin 1846, p.236.
- ↑ Pellarin 1846, p.235-236.
- ↑ Pellarin 1846, p.236.
- ↑ Pellarin 1846, p.213.
- ↑ Pellarin 1846, p.213.
- ↑ Lehouck 1973
- ↑ Lehouck 1973
- ↑ Lehouck 1973
- ↑ Lehouck 1973
- ↑ [protopia.wikispaces.com/hb.oceano.limonada Oceano de Limonada e Tempos Modernos]] por Hakim Bey, no Protopia Sociedade Anônima
Veja também[editar]
Ligações externas[editar]
- Sociedades experimentales. Desutopias-Jornadas Fourier (em espanhol)
- "El falansterio de Charles Fourier (em espanhol)
- El Océano de Limonada y los Tiempos Modernos, por Hakim Bey (em espanhol)
- Un cadáver rodeado de flores, por Miguel Angel de la Cruz Vives (em espanhol)
- Reinventar el socialismo. Fourier, Proudhon y la tradición libertaria por Claudio Albertani (em espanhol)
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