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Idiomas
Fluffy white bunny rabbit.jpg Este usuário se diverte com pessoas adultas que acreditam em coelho da páscoa e imparcialidade entre os seres humanos.
«"Quando em Leavenworth, preso e quase cego, nessa ação que o isolou completamente, ele se evade da realidade e se refugia em um ideal, em uma idéia imune às limitações da realidade e imagina mundos perfeitos que ele evoca apocalipticamente, mundos 'que vê', 'que sente', 'que vive'".»
(Blankel sobre a última prisão de Ricardo Flores Magón[1])


Algo sobre[editar]

Com relação ao anarquismo me interessa, movimentos sociais do século XIX e século XXI, biografias anarquistas e, sobretudo, experiências práticas inspiradas no pensamento libertário e as diferentes formas como esta filosofia sócio-política se espalhou pelo mundo, nos termos das adaptações que surgiram neste processo de difusão, etc.

Conhecimento e Liberdade[editar]

Ciência e Epistemologia[editar]

Antropologia e Perspectiva[editar]

Anarcologia[editar]

"Primeiro eles te matam, depois exploram a sua memória"

Minha meta é arrancar o conhecimento de estantes empoeiradas e dos livros esquecidos, e espalhá-lo por aí como quem lança sementes pela terra. Arrancar sobretudo os velhos princípios libertários dos caixões do esquecimento, esses saberes e histórias de liberdade, rumo esta sociedade onde a justiça é social e não capital, a liberdade pela qual tantos viveram, sofreram e morreram.

Anarcologia são e serão esses saberes necessários que se espalham pelo mundo dos homens, as vezes combatidos por cargas e canhões, as vezes silenciosos como o oceano profundo. Não nos roubarão a história, já que, como esse novo mundo que cada um de nós leva dentro de si, ela insiste em retornar das fotos amassadas e páginas amareladas na forma de outros meios de informação. Os conhecimento está se emancipando da propriedade, logo será a vez dos homens e esse tempo chegará. Não mais será suficiente dizer que o rei está nú, não pararemos até que eles esteja sem cabeça.

(Re)Considerações[editar]

Imparcialidade Não Existe[editar]

[[Imagem:Julgamento Angiolillo.jpg|thumb|left|250px|Reconstituição do julgamento de Angiolillo segundo a capa do periódico francês Le Petit Journal.]]Somos condicionados desde o momento que nascemos por códigos de condutas morais a partir de conjuntos de referenciais resultantes de nossas experiências e das muitas relações as quais tecemos durante nossas vidas. Este conjunto de referenciais trabalha como uma espécie de lente diferente em cada um de nós (alguns mais diferentes que outros) que molda e valora, definindo como interpretamos aquilo que vemos na velocidade do próprio olhar. Não há um ponto de onde se possa meramente observar, já que toda observação parte de uma perspectiva parcial.

Vamos a um exemplo: Uma criança desde de pequena é condicionada a viver na rua: isto implica entre outras coisas em uma série de vivências, como por exemplo o ódio ao dono da banca de jornais que a enxota de sua calçada, a simpatia ao verdureiro que as vezes lhe dá de comer, a indiferença aos pedestres que são indiferentes a sua condição. Noções específicas de higiene, de certo e errado, de espacialidade e de violência compartilhadas com outros moradores de rua, adultos e crianças. Tudo noções e relações muito distantes de alguém criado em um apartamento classe média alta, ou em uma caravana que sazonalmente atravessa o deserto do Saara.

Como as relações não cessam de serem tecidas durante a vida humana, qualquer pessoa pode ter contato e assumir outras perspectivas, que venham a se somar ou colidir com outras referências, outras formas de relação e entendimento. Tudo o que é novo só pode ser entendido através da lente de referenciais já estabelecidos e interdepende de uma série de afetos e humores, continuidades ou rupturas com inúmeras variáveis relacionais que podem ou não ser consideradas.

O dogma laico da imparcialidade no pensamento ocidental é um pilar das sociedades ocidentais: somente através dele e de sua propagação podemos aceitar sermos julgados por outros homens que fizeram deles próprios símbolos desta suposta imparcialidade, que anteriormente teria sido creditada aos sacerdotes e aos reis: hoje os chamamos "juízes" e "Legisladores". Aparentemente a grande maioria não se pergunta quais são seus referenciais? Em que família cresceram? Sob que lente eles lêem o mundo para acumular este poder de criar leis ou de julgamento sobre a vida de outras pessoas. Quantos juízes e quantos legisladores viveram na rua? e quantos deles passaram fome ou levaram uma surra do dono da banca?

O ponto exato (esse cruzamento de inúmeras relações) em que você existe e tudo aquilo que você vivenciou no âmbito sua sociedade constantemente te influência. São essas relações e esses referenciais que definem o que você come e como come, o que você veste e como veste, como você faz sexo ou como cumprimenta outras pessoas (se cumprimenta ou não certas pessoas), o que é e o que não é sagrado, o que é o certo e o que é o errado.

Como seria possível ser imparcial ou neutro quando sua forma de entendimento do mundo necessariamente se vincula a esta carga cultural tão parcialmente acumulada? Somos constructos diferentes de meios que podem ser algo semelhantes, ou muito distintos, é daí que decorre a nossa distinção, toda a distinção humana não fenotípica ou biológica. (sempre que tentamos ser "neutros" apresentamos nossa parcialidade ao remetermos a forma e a volaração que damos àquilo que chamamos de "neutro") Não há imparcialidade porque todos estamos marcados parcialmente por nossas trajetórias: para além das nossas opiniões conscientes, as palavras que escolhemos, as que deixamos de usar, nossas posturas corporais, até mesmo nossa forma de caminhar, tudo é fruto destes inúmeros contextos de vivência da parcela que somos naquilo que chamamos "humanidade".

Toda forma de comunicação carrega em si uma versão, uma parte da forma que aquele que comunica entende e valora o assunto em questão. Se opino sobre algo é porque este algo faz sentido para mim, ou porque consona na forma como entendo o mundo, ou porque confronta o meu entendimento; caso contrário não significaria nada para mim, e eu seria indiferente a este assunto. É dessa mesma forma que funciona por exemplo a comunicação na escola, no jornal, na televisão e no Judiciário. Esses espaços nunca são imparciais, cada posicionamento numa chamada no telejornal, ou em uma aula, ou em uma capa da revista, ou em um julgamento, carrega uma relevância num certo sentido para alguém, senão simplesmente não existiria, e não faria sentido realizá-la.

E como vemos esse dogma depois de tudo isso? o dogma da imparcialidade (ou neutralidade) só pode ser entendido como suporte para uma realidade de auto-ilusão, ou como numa forma de enganar outras pessoas com relação a algo.

Re-examine novamente a suposta "neutralidade" e todas as formas de comunicação ao seu redor, e talvez você passe a ver o mundo por uma outra lente.

Humanidade enquanto Potencial Desperdiçado[editar]

Uma Agenda para este Milênio[editar]

Franciscus Gysbrechts - Vanitas.JPG
«Quem estará disposto a abandonar seus pressupostos, depois que se mostrarem inconsistentes?»
  1. Blanquel, E. (1985). Ricardo Flores Magón. Editorial Terra Nova. Colección Grandes Maestros Mexicanos. México.