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Difference between revisions of "anarquismo"

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(Socialismo Libertário: a ótica anarquista)
 
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'''Anarquismo''' é uma palavra que deriva da raiz grega αναρχία — ''an'' (não, sem) e ''archê'' ([[governador]]) — e que designa um termo amplo que abrange desde [[teoria]]s [[política]]s a [[movimento]]s [[sociedade|sociais]] que advogam a [[Abolicionismo|abolição]] do [[capitalismo]] e do [[Estado]] enquanto [[autoridade]] imposta e detentora do [[monopólio]] do uso da [[força]]. Exemplificando, '''Anarquismo''' é a teoria libertária baseada na ausência do Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem [[hierarquia|hierárquica]] ''que não seja livremente aceita'' <ref> Bakunin, M (1876). ''Deus e o Estado'': Cap. II</ref>, defendendo tipos de organizações horizontais e [[liberdade|libertárias]].  
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A MARIA CURTE DE LULAS.
  
Para os anarquistas, '''Anarquia''' significa ''ausência de [[coerção]]'', e não ''ausência de [[ordem]]''. Uma das visões do senso comum sobre o tema é na verdade o que se denomina por "[[anomia]]", ou seja, ausência de [[lei]]s. Existe em torno desta questão um debate acerca da necessidade ou não de uma moral anarquista, ou se a natureza humana bastaria por si só na manutenção pacífica das relações.
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'''Anarquismo''' (do grego αναρχία:''an'': ausência de + ''archê'': chefe) é um conceito amplo que abrange desde [[teoria]]s [[política]]s a [[movimento]]s [[sociedade|sociais]] que advogam a abolição do [[capitalismo]] e do [[Estado]] enquanto [[autoridade]] imposta e detentora do [[monopólio]] do uso da [[força]].
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'''Anarquismo''' é a teoria libertária baseada na ausência de Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem [[hierarquia|hierárquica]] ''que não seja livremente aceita'' <ref> [[Mikhail Aleksandrovitch Bakunin|Bakunin, M.]] (1876). ''Deus e o Estado'': Cap. II</ref>, defendendo tipos de organizações horizontais e [[liberdade|libertárias]]. Para os anarquistas, '''anarquia''' significa ''ausência de [[coerção]]'' - e não [[anomia]], ou seja, ausência de regras.  
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Existe um debate acerca da necessidade ou não de uma moral anarquista, ou se a natureza humana bastaria por si só na manutenção pacífica das relações.
  
 
As diferentes vertentes do anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos [[governo]]s e quanto à forma de organização social que disso resultaria.
 
As diferentes vertentes do anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos [[governo]]s e quanto à forma de organização social que disso resultaria.
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Este conceito anarquista, embora não constitua a didática primária à compreensão libertária, é digno de uma abordagem rápida.
 
Este conceito anarquista, embora não constitua a didática primária à compreensão libertária, é digno de uma abordagem rápida.
  
Os anarquistas acreditam no desenvolvimento heterodoxo do pensamento e do ideário libertário como um todo, não idolatrando nem privilegiando qualquer escritor ou teórico desta vertente de estudos. George Woodcock descreve com aptidão esse posicionamento libertário:  
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Os anarquistas acreditam no desenvolvimento heterodoxo do pensamento e do ideário libertário como um todo, não idolatrando nem privilegiando qualquer escritor ou teórico desta vertente de estudos. George Woodcock descreve com clareza esse posicionamento libertário:  
  
“Toda a posição do anarquismo é completamente diferente de qualquer outro movimento socialista autoritário. Ela tolera variações e rejeita a idéia de gurus políticos ou religiosos. Não existe um profeta fundador a quem todos devam seguir. Os anarquistas respeitam seus mestres, mas não os reverenciam, e o que distingue qualquer boa compilação que pretenda representar o pensamento anarquista é a liberdade doutrinária com que os autores desenvolveram idéias próprias de forma original e desinibida.<ref>WOODCOCK, George. '''Os grandes escritos anarquistas.''' Rio Grande do Sul: L & PM Editores Ltda, 1981. 54p.)</ref>
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''Toda a posição do anarquismo é completamente diferente de qualquer outro movimento socialista autoritário. Ela tolera variações e rejeita a idéia de gurus políticos ou religiosos. Não existe um profeta fundador a quem todos devam seguir. Os anarquistas respeitam seus mestres mas não os reverenciam, e o que distingue qualquer boa compilação que pretenda representar o pensamento anarquista é a liberdade doutrinária com que os autores desenvolveram idéias próprias de forma original e desinibida."<ref>WOODCOCK, George. '''Os grandes escritos anarquistas.''' Rio Grande do Sul: L & PM Editores Ltda, 1981. 54p.)</ref>
  
 
Anarquismo não é doutrina, não é religião, portanto não reverencia nenhuma espécie de livros ou obras culturais, nem linhas metodológicas rígidas, o que o definiria infantilmente enquanto ciência constituída. As obras concernentes ao anarquismo são, no máximo, fontes de experiências delimitadas histórica e conjunturalmente, passíveis de infinitas adaptações e interpretações pessoais.
 
Anarquismo não é doutrina, não é religião, portanto não reverencia nenhuma espécie de livros ou obras culturais, nem linhas metodológicas rígidas, o que o definiria infantilmente enquanto ciência constituída. As obras concernentes ao anarquismo são, no máximo, fontes de experiências delimitadas histórica e conjunturalmente, passíveis de infinitas adaptações e interpretações pessoais.
  
Em síntese, o anarquismo é convencionado entre os libertários como sendo a emergência de um sentimento puro, sob o qual cada adepto deve desenvolver dentro de si mesmo o seu próprio instrumental intelectual para legitimá-lo e, mais do que isso, potencializá-lo abstracional e concretamente{{carece de fontes}}.
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Em síntese, o anarquismo é convencionado entre os libertários como sendo a emergência de um sentimento puro, sob o qual cada adepto deve desenvolver dentro de si mesmo o seu próprio instrumental intelectual para legitimá-lo e, mais do que isso, potencializá-lo abstracional e concretamente.
  
 
=== Socialismo Libertário: a ótica anarquista ===
 
=== Socialismo Libertário: a ótica anarquista ===
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=== Antiautoritarismo ===
 
=== Antiautoritarismo ===
O Antiautoritarismo consiste na repulsa e no combate total a qualquer tipo de [[hierarquia]] imposta ou a qualquer domínio de uma pessoa sobre a(s) outra(s), defendendo uma organização social baseada na [[igualdade]] e no valor supremo da [[liberdade]]. Tem como principais, mas não únicos, objetivos a [[suprimir|supressão]] do [[Estado]], da [[acumular|acumulação]] de [[riqueza]] própria do [[capitalismo]]  e as hierarquias [[religião|religiosas]](exceto seguidores do [[Anarquismo cristão]]). O Anarquismo difere do [[Marxismo]] por rejeitar o uso instrumental do Estado para alcançar seus objetivos e por prever uma Revolução Social de caráter direto e incisivo, ao contrário da progressão sócio-política gradual - socialismo - rumo à derrubada do Estado - comunismo - proposta por Karl Marx.
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O Antiautoritarismo consiste na repulsa e no combate total a qualquer tipo de [[hierarquia]] imposta ou a qualquer domínio de uma pessoa sobre a(s) outra(s), defendendo uma organização social baseada na [[igualdade]] e no valor supremo da [[liberdade]]. Tem como principais, mas não únicos, objetivos a [[suprimir|supressão]] do [[Estado]], da [[acumular|acumulação]] de [[riqueza]] própria do [[capitalismo]]  e as hierarquias [[religião|religiosas]]. O Anarquismo difere do [[Marxismo]] por rejeitar o uso instrumental do Estado para alcançar seus objetivos e por prever uma Revolução Social de caráter direto e incisivo, ao contrário da progressão sócio-política gradual - socialismo - rumo à derrubada do Estado - comunismo - proposta por Karl Marx.
  
De acordo com a corrente de pensamentos libertária, a supressão da autoridade é condicionada pela ação direta de cada indivíduo livre, prescindindo-se completamente de qualquer intermediário entre o seu objetivo, enquanto defensor da Liberdade, e a sua vontade.
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De acordo com a corrente de pensamento libertária, a supressão da autoridade é condicionada pela ação direta de cada indivíduo livre, prescindindo-se completamente de qualquer intermediário entre o seu objetivo, enquanto defensor da Liberdade, e a sua vontade.
  
 
=== Ação direta ===
 
=== Ação direta ===
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== A Sociedade Anarquista ==
 
== A Sociedade Anarquista ==
 
=== A educação avançada: a base da coexistência harmoniosa ===
 
=== A educação avançada: a base da coexistência harmoniosa ===
A questão persecutória por excelência entre os anarquistas no decorrer da história é: como seria possível uma Sociedade Anarquista se cada ser humano pensa de uma forma diferente{{carece de fontes}}? Não seria permeada por inúmeros conflitos, guerras, antagonismos?  
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A questão que persegue os anarquistas no decorrer da história é: como seria possível uma Sociedade Anarquista se cada ser humano pensa de uma forma diferente? Não seria permeada por inúmeros conflitos, guerras, antagonismos?  
  
A resposta a essa questão, defendida pela maior parte dos anarquistas{{carece de fontes}}, é a de que apenas o desenvolvimento virtuoso da educação ([[Pedagogia Libertária]]) – permeada pela autodidática, interesse natural, relativismo cultural e antidogmatismo – proveria as pessoas do desenvolvimento humano efetivo. Assim, embora os conflitos façam parte da Sociedade Anarquista – e a desenvolvam estruturalmente por essa relação dialética –, eles seriam transferidos do plano físico – como é o caso das guerras atuais – para o plano do diálogo – como prima a Democracia Direta –, sendo negociados de forma pacífica, consciente, racional e, acima de tudo, humana, já que o interesse, o calculismo, não estaria mais regendo as instâncias conflitivas. Em outras palavras, independentemente do resultado do embate, ninguém sairia em posição privilegiada{{carece de fontes}}.
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A resposta a essa questão, defendida pela maior parte dos anarquistas, é a de que apenas o desenvolvimento virtuoso da educação ([[Pedagogia Libertária]]) – permeada pela autodidática, interesse natural, relativismo cultural e antidogmatismo – proveria as pessoas do desenvolvimento humano efetivo. Assim, embora os conflitos façam parte da Sociedade Anarquista – e a desenvolvam estruturalmente por essa relação dialética –, eles seriam transferidos do plano físico – como é o caso das guerras atuais – para o plano do diálogo – como prima a Democracia Direta –, sendo negociados de forma pacífica, consciente, racional e, acima de tudo, humana, já que o interesse, o calculismo, não estaria mais regendo as instâncias conflitivas. Em outras palavras, independentemente do resultado do embate, ninguém sairia em posição privilegiada.
  
Evidentemente, no caso de uma sociedade anarquista, também pode haver indivíduos que perturbem a harmonia social. Como a violência é uma forma pura de autoridade, de poder, o indivíduo que encarná-la em qualquer uma de suas ações, por qualquer que seja o motivo, não será considerado anarquista{{carece de fontes}}. Como a Sociedade Anarquista é uma sociedade de anarquistas e para anarquistas, os dissidentes seriam obrigados a garantir a sua subsistência onde a autoridade e a mesquinhez deles tivesse alguma funcionalidade{{carece de fontes}}.  
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Evidentemente, no caso de uma sociedade anarquista, também pode haver indivíduos que perturbem a harmonia social. Como a violência é uma forma pura de autoridade, de poder, o indivíduo que encarná-la em qualquer uma de suas ações, por qualquer que seja o motivo, não será considerado anarquista. Como a Sociedade Anarquista é uma sociedade de anarquistas e para anarquistas, os dissidentes seriam obrigados a garantir a sua subsistência onde a autoridade e a mesquinhez deles tivesse alguma funcionalidade.  
  
[[Kropotkin|Piotr Alexeevich kropotkin (1842 – 1921)]] defende que a Liberdade, em seu estado puro, em conjunto com a fraternidade, serviria como um verdadeiro "remédio" às pessoas, sanando os seus problemas mais nefastos, conseqüentemente, prescindindo-se de qualquer espécie de punição ou coerção. Esta idéia se aplica, num espectro mais amplo, até às questões relacionadas à existência de estruturas manicomiais, responsáveis, na sociedade capitalista, pelas torturas e maus-tratos aos estigmatizados pelo sistema como "doentes mentais".
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[[Piotr Alexeevich Kropotkin (1842 – 1921)]] defende que a Liberdade, em seu estado puro, em conjunto com a fraternidade, serviria como um verdadeiro "remédio" às pessoas, sanando os seus problemas mais nefastos, conseqüentemente, prescindindo-se de qualquer espécie de punição ou coerção. Esta idéia se aplica, num espectro mais amplo, até às questões relacionadas à existência de estruturas manicomiais, responsáveis, na sociedade capitalista, pelas torturas e maus-tratos aos estigmatizados pelo sistema como "doentes mentais".
  
 
=== Princípio da flexibilidade e naturalidade organizacionais ===
 
=== Princípio da flexibilidade e naturalidade organizacionais ===
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=== Federalismo libertário ===  
 
=== Federalismo libertário ===  
 
{{Artigo principal|[[Federalismo Libertário]]}}
 
{{Artigo principal|[[Federalismo Libertário]]}}
Sendo uma ampliação funcional do princípio da “Ação Direta”, o federalismo libertário é o meio de organização proposto pela maior parte das vertentes anárquicas{{carece de fontes}}, desenvolvido, no âmbito anarquista, pela primeira pessoa a se intitular “anarquista”: [[Proudhon|Pierre-Joseph Proudhon]] ([[1809]] - [[1865]]). Esse conceito consiste na subdivisão organizacional temporária ou permanente da sociedade libertária – em federações, comunas, confederações, associações, cooperativas, grupos e qualquer outra forma de conjugação da força operacional humana – para a maior eficiência das interações humanas, sociais. Por intermédio do federalismo, de cunho libertário, seria possível uma intervenção rápida e direta do homem frente às problemáticas emergentes na sociedade anarquista. Nesse aspecto, [[Kropotkin|Piotr Alexeevich Kropotkin]] ([[1842]] – [[1921]]) aludia didaticamente às federações como sendo "botes salva-vidas": ágeis no auxílio e versáteis frente às condições ou necessidades adversas{{carece de fontes}}.
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Sendo uma ampliação funcional do princípio da ''Ação Direta'', o federalismo libertário é o meio de organização proposto pela maior parte das vertentes anárquicas, desenvolvido, no âmbito anarquista, pela primeira pessoa a se intitular “anarquista”: [[Proudhon|Pierre-Joseph Proudhon]] ([[1809]] - [[1865]]). Esse conceito consiste na subdivisão organizacional temporária ou permanente da sociedade libertária – em federações, comunas, confederações, associações, cooperativas, grupos e qualquer outra forma de conjugação da força operacional humana – para a maior eficiência das interações humanas, sociais. Por intermédio do federalismo, de cunho libertário, seria possível uma intervenção rápida e direta do homem frente às problemáticas emergentes na sociedade anarquista. Nesse aspecto, Piotr Alexeevich Kropotkin ([[1842]] – [[1921]]) aludia didaticamente às federações como sendo "botes salva-vidas": ágeis no auxílio e versáteis frente às condições ou necessidades adversas.
  
Evidencia-se que o conceito de federalismo, no campo libertário, transcende o conceito atual de federalismo que conhecemos, deixando de representar apenas as associações de grande escala para adentrar no âmbito pessoal, abrangendo, inclusive, as relações interpessoais. Desta forma, o federalismo libertário se firma enquanto a máxima coesão entre o homem e a satisfação proficiente de suas necessidades{{carece de fontes}}.  
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Evidencia-se que o conceito de federalismo, no campo libertário, transcende o conceito atual de federalismo que conhecemos, deixando de representar apenas as associações de grande escala para adentrar no âmbito pessoal, abrangendo, inclusive, as relações interpessoais. Desta forma, o federalismo libertário se firma enquanto a máxima coesão entre o homem e a satisfação proficiente de suas necessidades.  
  
 
O '''federalismo libertário''' se difere do federalismo estatal - como o que vigora no Brasil - por não ser concebido em meio a nenhuma relação de submissão e por ser regido, em sua completude, pelas necessidades humanas. Seriam sempre as problemáticas que definiriam e prescreveriam a organização, e não os interesses, sejam eles coletivos ou pessoais.
 
O '''federalismo libertário''' se difere do federalismo estatal - como o que vigora no Brasil - por não ser concebido em meio a nenhuma relação de submissão e por ser regido, em sua completude, pelas necessidades humanas. Seriam sempre as problemáticas que definiriam e prescreveriam a organização, e não os interesses, sejam eles coletivos ou pessoais.
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Em suma, a tecnologia é tida enquanto mais um instrumento de potencialidades humanas, podendo ter uma expressiva funcionalidade libertária – como nos campos da medicina, das comunicações, dos transportes, da segurança e desenvolvimento produtivo do trabalho, etc.
 
Em suma, a tecnologia é tida enquanto mais um instrumento de potencialidades humanas, podendo ter uma expressiva funcionalidade libertária – como nos campos da medicina, das comunicações, dos transportes, da segurança e desenvolvimento produtivo do trabalho, etc.
  
Porém, a corrente de pensamentos [[anarco-primitivismo|anarco-primitivista]] defende a aversão a qualquer forma de desenvolvimento tecnológico, advogando o retorno das condições pré-civilizatórias para um efetivo desenvolvimento humano.
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Porém, a corrente de pensamento [[anarco-primitivismo|anarco-primitivista]] defende a aversão a qualquer forma de desenvolvimento tecnológico, advogando o retorno das condições pré-civilizatórias para um efetivo desenvolvimento humano.
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Outra corrente anarquista que também se opõe à tecnologia é o [[anarquismo verde]] ou eco-anarquismo ou, ainda, ecologia libertária,  que se apoia nos trabalhos teóricos do geógrafo Élisée Reclus e de [[Piotr Kropotkin]]. Além de se opor à autoridade e à hierarquia, essa vertente critica a dominação do homem sobre a natureza. Propõe a auto-organização, a autogestão das coletividades e o mutualismo.<ref>Noël Nel, ''Pour un nouveau socialisme'', L'Harmattan, 2010, ISBN 978-2-296-13282-5, <small>[http://books.google.be/books?id=R5eDETjl6YsC&pg=PA277&dq=%22%C3%A9cologie+libertaire+se+r%C3%A9clamant%22&hl=fr&sa=X&ei=b5HJUeOiJ4OshQesj4D4BA&ved=0CDIQ6AEwAA#v=onepage&q=%22%C3%A9cologie%20libertaire%20se%20r%C3%A9clamant%22&f=false p. 277]</small>.</ref>. Essa corrente é próxima da ecologia social elaborada pelo americano Murray Bookchin. Muito crítica em relação à tecnologia, defende a ideia de que o movimento libertário, para evoluir, deve rejeitar o antropocentrismo. Para os ecologistas libertários, o ser humano deve renunciar a dominar a natureza.
  
 
== Histórico dos movimentos anarquistas ==
 
== Histórico dos movimentos anarquistas ==
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{{Artigo principal|[[Revolução Espanhola]]}}
 
{{Artigo principal|[[Revolução Espanhola]]}}
 
Após a [[Segunda Guerra Mundial]], o movimento anarquista deixou de ser um movimento de massas, e perdeu a influência que tinha no movimento operário dos vários países [[Europa|europeus]]. Entretanto, continuaria a influenciar revoltas populares que se seguiram na segunda metade do século XX, como o [[Maio de 68]] na [[França]], o movimento anti-[[Poll tax]] no [[Reino Unido]] e os protestos contra a reunião da [[OMC]] em [[Seattle]], nos [[Estados Unidos]].
 
Após a [[Segunda Guerra Mundial]], o movimento anarquista deixou de ser um movimento de massas, e perdeu a influência que tinha no movimento operário dos vários países [[Europa|europeus]]. Entretanto, continuaria a influenciar revoltas populares que se seguiram na segunda metade do século XX, como o [[Maio de 68]] na [[França]], o movimento anti-[[Poll tax]] no [[Reino Unido]] e os protestos contra a reunião da [[OMC]] em [[Seattle]], nos [[Estados Unidos]].
 
 
  
 
== Anarquistas mais conhecidos ==
 
== Anarquistas mais conhecidos ==
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* [[Edgard Leuenroth]] ([[1888]] - [[1968]])
 
* [[Edgard Leuenroth]] ([[1888]] - [[1968]])
 
* [[Avelino Fóscolo]] ([[1864]] — [[1944]])
 
* [[Avelino Fóscolo]] ([[1864]] — [[1944]])
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* [[Ezio Flávio Bazzo]] ([[1949 - ]])
  
 
=== Anarquistas portugueses ===
 
=== Anarquistas portugueses ===
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* [[António Gonçalves Correia]], ([[1886]] - [[1967]])
 
* [[António Gonçalves Correia]], ([[1886]] - [[1967]])
 
* [[Neno Vasco]] ([[1878]] - [[1920]])
 
* [[Neno Vasco]] ([[1878]] - [[1920]])
 +
* [[Roberto das Neves]] ([[1907]] - [[1981]])
  
 
== Referências ==
 
== Referências ==
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==Ligações externas==
 
==Ligações externas==
  
* {{en}} [http://dwardmac.pitzer.edu/anarchist_archives/kropotkin/britanniaanarchy.html "Anarchism", from The Encyclopaedia Britannica, 1910]
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* {{en}} [http://dwardmac.pitzer.edu/anarchist_archives/kropotkin/britanniaanarchy.html "Anarchism"]. ''The Encyclopaedia Britannica'', 1910.
 
* {{en}} [http://www.katesharpleylibrary.net/docindex.htm Biblioteca online sobre a história do movimento anarquista]
 
* {{en}} [http://www.katesharpleylibrary.net/docindex.htm Biblioteca online sobre a história do movimento anarquista]
  

Latest revision as of 18:59, 2 Dezembro 2015

{Generally|Typically|Normally|Usually}, it is {recommended|suggested|advised} that {patients|clients|people|individuals} {{responding|reacting} to|reacting to|replying to} CLOZARIL {continue|proceed} {maintenance|upkeep} {treatment|therapy} on their {effective|efficient|reliable} {dose|dosage} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {beyond|past} the {acute|severe|intense} episode. Aplastic anemia, hemolytic anemia, leukopenia, {and|and also|as well as} pancytopenia #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] with {marrow|bottom} hypoplasia {have|have actually} been {{associated|connected|linked} with|connected with|related to|linked with} zidovudine. You {shouldn't|should not} {skip|avoid|miss} {a dose|a dosage|an amount} or take {a double|a dual} {dose|dosage|amount} to #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {increase|enhance|raise|boost|ever increasing|improve} {effectiveness|efficiency} of the {treatment|therapy|procedure}. 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This {list|listing|checklist} is not {complete|full|total} and there #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] are {other|various other} {drugs|medicines} that {{need|require|really need} to|have to|should} be {reported|stated|mentioned} in {case|situation|instance} you are taking them {already|currently} or {intend|mean|plan} to take them in the {nearest|closest|nearby|local} future. Do not {miss|miss out on} {any|any type of|any kind of|any sort of} {scheduled|arranged|set up|planned|booked} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {visits|check outs|sees|brows through} to your {doctor|physician|medical professional} as your blood {pressure|stress|tension} {will|will certainly} {have to|need to} be {measured|determined|gauged} on the {regular|routine|normal} basis to {make {sure|certain}|ensure|make certain|see to it} propranolol is {working|functioning} right for you. As your {body|physical body} {{adjusts|changes|readjusts} to|adapts to} the {medicine|medication} {during|throughout} {treatment|therapy} these #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {side {effects|results|impacts}|adverse effects|negative effects|negative side effects} {may|might|could} {go away|disappear|vanish}. CYP 3A4 {inhibitors|preventions} such as itraconazole or ketoconazole {may|might|could} {increase|enhance|boost|raise} plasma #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {hormone|bodily hormone|hormonal agent} {levels|degrees}. 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The following {side {effects|results|impacts}|adverse effects|negative effects|negative side effects} are {possible|feasible} when Viagra is taken: light {sensitivity|sensitiveness|level of sensitivity}, {changes|modifications|adjustments} in {color|shade} {vision|eyesight}, nosebleeds, {diarrhea|looseness of the bowels}, flushing, {insomnia|sleep problems|sleeplessness|sleeping disorder|sleeping disorders|sleep loss}, {muscle|muscular tissue} {aches|pains}, {headache|frustration|problem|hassle}, #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {heartburn|pyrosis ( heartburn )|heartburn ( pyrosis )}, Template:numbness. Propecia {{needs|requires|really needs} to|has to|should} be taken {constantly|continuously|regularly|frequently} in order to {support|sustain|assist} your {progress|development|progression|improvement}. {If you {decide|choose|determine} to {stop|quit} the {treatment|therapy|procedure} you {will|will certainly} {lose|shed} all the #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] hair you {managed|handled|took care of} to re-grow within one year {period|duration}. |, if you {decide|choose|determine} to {stop|quit} the {treatment|therapy|procedure} you {will|will certainly} {lose|shed} all the hair you {managed|handled|took care of} to re-grow within one year {period|duration}. {Report|Record} to your {{health|wellness|health and wellness} {care|treatment}|healthcare|medical} {provider|service provider|company|supplier|carrier} {any|any type of|any kind of|any sort of} {medical|clinical|health care} {conditions|problems|disorders} you have, {as well as|in addition to|along with|and also} the {drugs|medicines} you #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] are taking. {If you {{need|require|really need} to|have to|should} {receive|get|obtain|see} {treatment|therapy|procedure} for {other|various other|people} {conditions|problems|disorders} {make {sure|certain}|ensure|make certain|see to it} you {discuss|talk about|go over|review} with your {doctor|physician|medical professional} whether you {can|could} {combine|incorporate|integrate} the {medicine|medication} you {need|require|really need} with Cymbalta. |, if you {need|require|really need} to {receive|get|obtain|see} {treatment|therapy|procedure} for {other|various other|people} {conditions|problems|disorders} make {sure|certain} you {discuss|talk about|go over|review} with your {doctor|physician|medical professional} whether you {can|could} {combine|incorporate|integrate} the {medicine|medication} you {need|require|really need} with Cymbalta..} {Tell|Inform} your {health|wellness|health and wellness} acre {provider|service provider|company|supplier|carrier} {about|regarding|concerning} {any|any type of|any kind of|any sort of} heart {problems|issues|troubles}, {bipolar {disorder|condition|ailment}|bipolar illness|bipolar affective disorder}, Template:high blood {pressure|stress|tension}, {any|any type of|any kind of|any sort of} {allergies|allergic reactions}, suicidal {attempts|efforts|tries} or {thoughts|ideas}, and eye {conditions|problems|disorders}. {Patients|Clients|People|Individuals} taking concomitant mTOR {inhibitor|prevention} (e. g. temsirolimus) {therapy|treatment} {may|might|could} {be at|go to} {increased|enhanced|boosted|raised} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {risk|danger|threat} for angioedema <>see|view} Drug Interactions (7. It's {important|essential|crucial|vital} that you {{carry|hold} on|continue|proceed} with your {treatment|therapy|procedure} {even|also} if you {feel|really feel} {fine|great|high quality}, as {{high|very high|higher} blood {pressure|stress|tension}|hypertension} {may|might|could} {sometimes|in some cases|often|occasionally|at times} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {display|show|present} no {symptoms|signs} {at all|whatsoever}. {Read|Check out|Review} All Potential Side Effects {and|and also|as well as} See Pictures of Toprol XL" What are the #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {precautions|safety measures|preventative measures} when taking metoprolol succinate (Toprol XL)? A randomized, double-blind, parallel {dose|dosage} {study|research study|research} (Study 3) was {planned|prepared|intended} in 219 {patients|clients|people|individuals} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] with PAH. Viagra {will|will certainly} not {cause|trigger|create|induce} you to have {an instant|an immediate|an instantaneous|an on-the-spot} {erection|construction} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] unlike {commonly|typically|frequently|generally|often} {thought|believed}. {Tell|Inform} your {doctor|physician|medical professional} {immediately|instantly|right away|promptly|quickly} if you {notice|discover|observe|see} {any of|any one of} the {following|complying with|adhering to|belowing} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {symptoms|signs|signs and symptoms}, {particularly|especially|specifically} if they {occur|happen|take place} within {several|a number of|numerous|many} weeks of {stopping|quiting} {treatment|therapy} with Rulide D. As {most|many|a lot of|the majority of} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {drugs|medicines}, Sildenafil {has|has actually} been {reported|stated|mentioned} to {interact|communicate|connect} with {some {other|various other}|other|a few other} {medicines|medications}. Cialis (tadalafil) {can|could} be {prescribed|recommended|suggested} for the {treatment|therapy|procedure} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] of male impotence, {also|likewise|additionally} {referred to|described} as {erectile {dysfunction|disorder}|impotence}. The {volume|quantity} of {distribution|circulation} {and|and also|as well as} clearance of #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] ketorolac in pediatric {patients|clients|people|individuals} was {{higher|greater} {than|compared to}|more than|above} those {observed|noted} in {adult|grown-up} {subjects|topics} ({see|view} Table 1). You #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {will|will certainly} {{need|require|really need} to|have to|should} {avoid|prevent|stay clear of|stay away from} {combining|incorporating|integrating} it with {{any|any type of|any kind of|any sort of} {other|various other}|other} {medications|medicines} you are taking {at the {moment|minute}|currently|presently|right now} - such as rifampin, {aspirin|pain killers}, {oral|dental} {insulin|the hormone insulin|blood insulin} or {diabetes|diabetic issues} {medications|medicines}, diuretic, cyclosporine, blood {thinners|slimmers}, seizure {medications|medicines}, or ketoconazole. This is not {a complete|a total|a full|a comprehensive|a finished} {list|selection|listing|checklist} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] of {side {effects|results|impacts}|adverse effects|negative effects|negative side effects} and others {may|might|could} {occur|happen|take place}. This {book|publication} is {full|complete} with {detailed|comprehensive|in-depth|thorough} {information|info|details} which has #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {actually|really|in fact} {offered|provided|supplied} {an eczema|a dermatitis|a chronic eczema} {cure|remedy|treatment} for {thousands of|countless|hundreds of} {people|individuals|folks}. 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The no-effect #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {dose|dosage} for rat {pup|puppy|dog} {mortality|death} was not {determined|identified|figured out|established}. 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This {drug|medicine} {can|could} {help|assist|aid} you keep the {symptoms|signs} {under {control|command}|controlled} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {but|however|yet} {may|might|could} {not sure|unsure|uncertain} the {condition|problem|disorder} you have, {therefore|for that reason|as a result|consequently}, it's {important|essential|crucial|vital} that you {discuss|talk about|go over|review} with your {{health|wellness|health and wellness} {care|treatment}|healthcare|medical} {provider|service provider|company|supplier|carrier} all the {aspects|facets|elements} of your {treatment|therapy|procedure} {in {advance|advancement|development|breakthrough|innovation}|ahead of time|beforehand}. You {may|might|could} be {started|begun} on {a lower|a lesser|a reduced} {dose|dosage|amount} of #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] this {medicine|medication} and it {can|could} be {increased|enhanced|raised|boosted|evered increasing|improved} {later on|in the future|later}, {but|however|yet} not {more|much more|a lot more} {often|frequently|typically|commonly|usually} {than|compared to} {once|when|as soon as} {every week|weekly|each week} {or {two|2}|or more}. Take the {entire|whole} {amount|quantity} of this {drug|medicine} {prescribed|recommended|suggested} by #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] your {doctor|physician|medical professional} {{even|also} though|although|despite the fact that} the {symptoms|signs} {may|might|could} {improve|enhance|boost} after {just|simply} {{a couple|a married couple} of|a few|a number of} days. Do #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] not {administer|provide|carry out} intravenously or subcutaneously. {Inject|Infuse} {slowly|gradually}, deep {into|right into} the {muscle|muscular tissue} mass. There was no {effect|result|impact} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] on {serum|lotion} uric acid {during|throughout} {chronic|persistent} {oral|dental} {administration|management} {and|and also|as well as} no uricosuric {effect|result|impact}. You {will|will certainly} {{need|require|really need} to|have to|should} keep your {{health|wellness|health and wellness|safety} {care|treatment}|healthcare|medical} {provider|service provider|company|supplier|carrier} {updated|upgraded} on you {progress|advance|proceed} #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] and whether you {get|getting|obtain} {any|any type of|any kind of|any sort of} {side {effects|results|impacts}|adverse effects|negative effects|negative side effects} besides {stuffy|stale} nose, {warmth|heat} or {redness|soreness|inflammation} in your face or {chest|breast|upper body}, {headache|frustration|problem|hassle}, memory {problems|issues|troubles}, {upset {stomach|tummy|belly}|indigestion}, and {back {pain|discomfort}|pain in the back}, which are {considered|thought about|taken into consideration} to be {normal|typical|regular} and {{tend|have a tendency|often tend|usually tend} to|have the tendency to|often} be {short-lived|brief|short-term|transient}. John's wort, {antibiotics|prescription antibiotics|anti-biotics}, antidepressants, {depression|misery} {medications|medicines}, antifungals, antidiabetes {medications|medicines}, {medicines|medications} for {weight {loss|reduction}|weight management|weight-loss|fat burning|fat loss}, rifampicin, {drugs|medicines} for {normal|typical|regular} blood {lipid|crowd} {levels|degrees}, epilepsy {drugs|medicines}, and HIV #file_links<>links/imp_files/19.08.15.txt",1,S] {medications|medicines}.

A MARIA CURTE DE LULAS.

Anarquismo (do grego αναρχία:an: ausência de + archê: chefe) é um conceito amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos sociais que advogam a abolição do capitalismo e do Estado enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força.

Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência de Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita [1], defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias. Para os anarquistas, anarquia significa ausência de coerção - e não anomia, ou seja, ausência de regras.

Existe um debate acerca da necessidade ou não de uma moral anarquista, ou se a natureza humana bastaria por si só na manutenção pacífica das relações.

As diferentes vertentes do anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos governos e quanto à forma de organização social que disso resultaria.

Principais conceitos anarquistas[editar]

Princípio da não-doutrinação[editar]

[[Imagem:Proudhon-children.jpg|200px|left|thumb|Proudhon e seus filhos, por Gustave Courbet, 1865]] Este conceito anarquista, embora não constitua a didática primária à compreensão libertária, é digno de uma abordagem rápida.

Os anarquistas acreditam no desenvolvimento heterodoxo do pensamento e do ideário libertário como um todo, não idolatrando nem privilegiando qualquer escritor ou teórico desta vertente de estudos. George Woodcock descreve com clareza esse posicionamento libertário:

Toda a posição do anarquismo é completamente diferente de qualquer outro movimento socialista autoritário. Ela tolera variações e rejeita a idéia de gurus políticos ou religiosos. Não existe um profeta fundador a quem todos devam seguir. Os anarquistas respeitam seus mestres mas não os reverenciam, e o que distingue qualquer boa compilação que pretenda representar o pensamento anarquista é a liberdade doutrinária com que os autores desenvolveram idéias próprias de forma original e desinibida."[2]

Anarquismo não é doutrina, não é religião, portanto não reverencia nenhuma espécie de livros ou obras culturais, nem linhas metodológicas rígidas, o que o definiria infantilmente enquanto ciência constituída. As obras concernentes ao anarquismo são, no máximo, fontes de experiências delimitadas histórica e conjunturalmente, passíveis de infinitas adaptações e interpretações pessoais.

Em síntese, o anarquismo é convencionado entre os libertários como sendo a emergência de um sentimento puro, sob o qual cada adepto deve desenvolver dentro de si mesmo o seu próprio instrumental intelectual para legitimá-lo e, mais do que isso, potencializá-lo abstracional e concretamente.

Socialismo Libertário: a ótica anarquista[editar]

Os anarquistas auto-denominados socialistas libertários vêem qualquer governo como a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra. Compartilham da crítica socialista ao sistema capitalista em que o Estado mantém a desigualdade social através da força, ao garantir a poucos a propriedade sobre os meios de produção, no entanto, estendem a crítica aos socialistas que advogam a permanência de um estado pós-revolucionário para garantia e organização da "nova sociedade". Tal estado, ainda que proletário, somente faria permanecer antigas estruturas de dominação de uma parcela da população sobre a outra, agora sob nova orientação ideológica.

Esta teoria clama por um sistema socialista em que a posse dos meios de produção sejam socializados e garantidos a todos os que trabalham. Num tal sistema, não haveria necessidade de autoridades e/ou governos uma vez que a administração da vida social, para a garantia plena da liberdade só poderia ser exercida por aqueles mesmos que a compõem e a tornam efetiva (seja na indústria, na agricultura, nas empresas, creches, escolas, etc.).

A sociedade seria gerida por associações democráticas, formadas por todos, e dividindo-se livremente (ou seja, com entrada e saída livre) em cooperativas e estas, em federações.

A origem da tradição socialista libertária está entre os séculos XVIII e XIX. Talvez o primeiro anarquista (embora não tenha usado o termo em nenhum momento) tenha sido William Godwin, inglês, que escreveu vários panfletos defendendo uma educação sem participação do Estado, observando que esta tornava as pessoas menos propensas a ver a liberdade que lhes era retirada. O primeiro a se auto-intitular anarquista e a defender claramente uma visão mais socialista, foi Joseph Proudhon, seguido por Bakunin, que levou e elaborou as idéias daquele à primeira Associação Internacional de Trabalhadores (AIT). Mais tarde, Kropotkin desenvolve a vertente comunista do anarquismo, a qual chegou a ser muito popular na primeira metade do século XX.

A revolução social[editar]

A revolução social consiste na quebra drástica, rápida e efetiva do Estado e de todas as estruturas – levadas aqui enquanto entes materiais e não-materiais – que o regiam ou a ele sustentavam, por meio da ação revolucionária. Este princípio é primordial na diferenciação da vertente de pensamentos libertária em relação a qualquer outra corrente ideária. É a diferença básica entre o Socialismo Libertário e o Socialismo Autoritário.

Sob a ótica do Marxismo, por exemplo, seria necessária a instrumentalização do Estado para a conquista planejada, detalhada e gradativa da Revolução, sendo instituída a Ditadura do Proletariado para o controle operário dos meios de produção até a eclosão do Comunismo. Já, sob o ideário anarquista, a Revolução deve ser imediata, para não permitir que os elementos revolucionários possam ser corrompidos pela realidade estatal. De acordo com os libertários, a Ditadura do Proletariado nada mais é do que uma ditadura "de fato", exercendo a mesma coerção, a mesma opressão e a mesma violência contra a sociedade. Especialmente por isso, para eles, a Revolução Social deve ascender o mais rápido possível à Sociedade Anarquista, ao Comunismo puro, para, também, através dos princípios da Defesa da Revolução, não permitir a ressurreição do Estado.

Por fim, por intermédio do processo de destruição completa do Estado, sobre todas as suas formas, torna-se plenamente tangível a Liberdade, podendo, o/a sujeito/a, renovar de forma efetiva os seus princípios e preceitos humanistas.

Humanismo[editar]

Nos meios anarquistas, de forma geral, rejeita-se a hipótese de que o governo, ou o Estado, sejam necessários ou mesmo inevitáveis para a sociedade humana. Os grupos humanos seriam naturalmente capazes de se auto-organizarem de forma igualitária e não-hierárquica, mediante os progressos originários nas mulheres e homens a partir da educação libertária. A presença de hierarquias baseadas na força, ao invés de contribuírem para a organização social, antes a corrompem, por inibirem essa capacidade inata de auto-organização e por dar origem à desigualdade.

Desta forma, a partir da conscientização, aceitação e internalização da sua essência humana - idéia suprimida anteriormente pelo Estado -, por parte da pessoa, emerge-se naturalmente de toda a sociedade humana o anseio pela ascensão da idéia-base de qualquer forma de vida real: a Liberdade.

Liberdade[editar]

A Liberdade é a base inconteste de qualquer pensamento, formulação ou ação anarquista, representando o elo sublime que conjuga de forma plena todos os anarquistas. Assim, entre os anarquistas, a Liberdade deixa apenas o plano abstracional (do pensamento) para ganhar uma funcionalidade prática, sendo o símbolo e a dinâmica do desenvolvimento humano real. Em outras palavras, o princípio básico para qualquer pensamento, ação ou sociedade ser definida como anarquista é que esteja imersa, tanto abstracionalmente (ideologicamente), quanto pragmaticamente (no âmbito das ações), no conceito de Liberdade.

Para a encarnação da Liberdade, no entanto, é necessária a erradicação completa de qualquer forma de autoridade.

Antiautoritarismo[editar]

O Antiautoritarismo consiste na repulsa e no combate total a qualquer tipo de hierarquia imposta ou a qualquer domínio de uma pessoa sobre a(s) outra(s), defendendo uma organização social baseada na igualdade e no valor supremo da liberdade. Tem como principais, mas não únicos, objetivos a supressão do Estado, da acumulação de riqueza própria do capitalismo e as hierarquias religiosas. O Anarquismo difere do Marxismo por rejeitar o uso instrumental do Estado para alcançar seus objetivos e por prever uma Revolução Social de caráter direto e incisivo, ao contrário da progressão sócio-política gradual - socialismo - rumo à derrubada do Estado - comunismo - proposta por Karl Marx.

De acordo com a corrente de pensamento libertária, a supressão da autoridade é condicionada pela ação direta de cada indivíduo livre, prescindindo-se completamente de qualquer intermediário entre o seu objetivo, enquanto defensor da Liberdade, e a sua vontade.

Ação direta[editar]

Ver artigo principal: Ação direta

Os anarquistas afirmam que não se deve delegar a solução de problemas a terceiros, mas antes, atuar diretamente contra o problema em questão, ou, de forma mais resumida, "A luta não se delega aos heróis". Sendo assim, rejeitam meios indiretos de resolução de problemas sociais, como a mediação por políticos e/ou pelo Estado, em favor de meios mais diretos como o mutirão, a assembléia (ação direta que não envolve conflito), a greve, o boicote, a desobediência civil (ação direta que envolve conflito), e em situações críticas a sabotagem e outros meios destrutivos (ação direta violenta).

No entanto, a Ação Direta, por si só, não garante a manutenção e a perpetuação das condições humanas básicas, tanto em termos estruturais, quanto no aspecto intelectual, necessitando de uma extensão operacional ilimitada a fim de fazer da força humana global uma só energia coletiva. Decerto, somente a solidariedade e o mutualismo máximos podem promover essa harmonia social.

Apoio mútuo[editar]

Ver artigo principal: Apoio mútuo

Os anarquistas acreditam que todas as sociedades, quer sejam humanas ou animais, existem graças à vantagem que o princípio da solidariedade garante a cada indivíduo que as compõem. Este conceito foi exaustivamente exposto por Piotr Kropotkin, em sua famosa obra "O Apoio Mútuo". Da mesma forma, acreditam que a solidariedade é a principal defesa dos indivíduos contra o poder coercitivo do Estado e do Capital.

Mas, para que a solidariedade se torne uma virtude "de fato" é necessária a erradicação de qualquer fator de segregação ou discriminação humanas. Com esse objetivo, o internacionalismo se firma enquanto o princípio proeminente da integração sociolibertária.

Internacionalismo[editar]

Para os anarquistas, todo tipo de divisão da sociedade - em todos os apectos - que não possua uma funcionalidade plena no campo humano deve ser completamente descartada, seja pelos antagonismos infundados que ela gera, seja pela burocracia contraproducente que ela encarna na organização social, esterilizando-a. Logo, a idéia de "pátria" é negada pelos anarquistas.

Os libertários acreditam que as virtudes - bem como o exercer pleno delas - não devem possuir "fronteiras". Assim, acreditam que a natureza humana é a mesma em qualquer lugar do mundo, exigindo, independentemente do universo material ou cultural onde o ente humano esteja inserido , uma gama infinita de necessidades e cuidados. Em outras palavras: se a fragilidade do homem não tem fronteiras, por que estabelecer empecilhos ao seu auxílio?

Vale lembrar que o conceito libertário de internacionalismo se difere completamente do conceito que conhecemos - portanto, capitalista - de globalização. Globalização é a ampliação a nível mundial da difusão de produtos - ideológicos, culturais e materiais - de determinados segmentos capitalistas, visando à potencialização máxima da capacidade mercadológica dos agentes operantes - na maioria das vezes, as empresas e as grandes corporações -, sendo, para isso, desconsideradas parcial ou completamente todas as conseqüências humanas do processo, já que é a doutrina do "lucro máximo" que rege essas operações. Por outro lado, o internacionalismo, por se alijar completamente de todo o ideário capitalista, não possui nenhuma tenção lucrativa, capitalista, e não é permeado por estruturas privilegiadas de produção - como as indústrias capitalistas -, sendo regido pela solidariedade e mutualismo máximos.

Didaticamente, o internacionalismo pode ser definido como sendo a difusão global de "serviços" humanos, e a globalização como a difusão global de "hegemonias" mercadológicas.

A Sociedade Anarquista[editar]

A educação avançada: a base da coexistência harmoniosa[editar]

A questão que persegue os anarquistas no decorrer da história é: como seria possível uma Sociedade Anarquista se cada ser humano pensa de uma forma diferente? Não seria permeada por inúmeros conflitos, guerras, antagonismos?

A resposta a essa questão, defendida pela maior parte dos anarquistas, é a de que apenas o desenvolvimento virtuoso da educação (Pedagogia Libertária) – permeada pela autodidática, interesse natural, relativismo cultural e antidogmatismo – proveria as pessoas do desenvolvimento humano efetivo. Assim, embora os conflitos façam parte da Sociedade Anarquista – e a desenvolvam estruturalmente por essa relação dialética –, eles seriam transferidos do plano físico – como é o caso das guerras atuais – para o plano do diálogo – como prima a Democracia Direta –, sendo negociados de forma pacífica, consciente, racional e, acima de tudo, humana, já que o interesse, o calculismo, não estaria mais regendo as instâncias conflitivas. Em outras palavras, independentemente do resultado do embate, ninguém sairia em posição privilegiada.

Evidentemente, no caso de uma sociedade anarquista, também pode haver indivíduos que perturbem a harmonia social. Como a violência é uma forma pura de autoridade, de poder, o indivíduo que encarná-la em qualquer uma de suas ações, por qualquer que seja o motivo, não será considerado anarquista. Como a Sociedade Anarquista é uma sociedade de anarquistas e para anarquistas, os dissidentes seriam obrigados a garantir a sua subsistência onde a autoridade e a mesquinhez deles tivesse alguma funcionalidade.

Piotr Alexeevich Kropotkin (1842 – 1921) defende que a Liberdade, em seu estado puro, em conjunto com a fraternidade, serviria como um verdadeiro "remédio" às pessoas, sanando os seus problemas mais nefastos, conseqüentemente, prescindindo-se de qualquer espécie de punição ou coerção. Esta idéia se aplica, num espectro mais amplo, até às questões relacionadas à existência de estruturas manicomiais, responsáveis, na sociedade capitalista, pelas torturas e maus-tratos aos estigmatizados pelo sistema como "doentes mentais".

Princípio da flexibilidade e naturalidade organizacionais[editar]

Os anarquistas, por intermédio da aceitação e compreensão da progressão materialmente dialética da história, em sua maioria, não acreditam que o estabelecimento de estruturas organizacionais rígidas possam promover um desenvolvimento humano efetivo. Assim, acreditam que a inflexibilidade organizacional - típica do sistema capitalista - termina por interferir deleteriamente, quando não suprimir, as faculdades individuais de cada ser humano. Por isso, os anarquistas acreditam que são as dificuldades e problemáticas humanas, materiais e sociais que devem prescrever o modelo temporário de organização, e não as inferências provenientes de abstrações técnicas. Em outras palavras, é a realidade concreta que deve definir as bases da organização da sociedade anarquista, em contrapartida com as situações imaginárias criadas pelos "técnicos", as quais, na maioria das vezes, tendem a ser manipuladas a favor de interesses parciais.

Com o objetivo de se potencializar de forma plena a coesão estrutural - material - necessária à Sociedade Anarquista, a fim de se promover a satisfação das necessidades humanitárias, houve a emergência do conceito de Federalismo Libertário.

Federalismo libertário[editar]

Ver artigo principal: Federalismo Libertário

Sendo uma ampliação funcional do princípio da Ação Direta, o federalismo libertário é o meio de organização proposto pela maior parte das vertentes anárquicas, desenvolvido, no âmbito anarquista, pela primeira pessoa a se intitular “anarquista”: Pierre-Joseph Proudhon (1809 - 1865). Esse conceito consiste na subdivisão organizacional temporária ou permanente da sociedade libertária – em federações, comunas, confederações, associações, cooperativas, grupos e qualquer outra forma de conjugação da força operacional humana – para a maior eficiência das interações humanas, sociais. Por intermédio do federalismo, de cunho libertário, seria possível uma intervenção rápida e direta do homem frente às problemáticas emergentes na sociedade anarquista. Nesse aspecto, Piotr Alexeevich Kropotkin (18421921) aludia didaticamente às federações como sendo "botes salva-vidas": ágeis no auxílio e versáteis frente às condições ou necessidades adversas.

Evidencia-se que o conceito de federalismo, no campo libertário, transcende o conceito atual de federalismo que conhecemos, deixando de representar apenas as associações de grande escala para adentrar no âmbito pessoal, abrangendo, inclusive, as relações interpessoais. Desta forma, o federalismo libertário se firma enquanto a máxima coesão entre o homem e a satisfação proficiente de suas necessidades.

O federalismo libertário se difere do federalismo estatal - como o que vigora no Brasil - por não ser concebido em meio a nenhuma relação de submissão e por ser regido, em sua completude, pelas necessidades humanas. Seriam sempre as problemáticas que definiriam e prescreveriam a organização, e não os interesses, sejam eles coletivos ou pessoais.

Com efeito, vários anarquistas já propuseram modelos mais elaborados de organização, de plataformas organizacionais, mas, como é a conjuntura e a naturalidade que devem definir a organização numa sociedade anarquista, elas são consideradas inferências, projetos divergentes, porém, todos unificados pelo conceito uno do federalismo libertário. Em outras palavras, o federalismo libertário é tido enquanto o germe de qualquer organização anarquista.

Responsabilidade: individual e coletiva[editar]

Na sociedade anarquista, a questão da responsabilidade é persecutória em qualquer pensamento acerca das relações entre os seus integrantes. Didaticamente, ela é dividida entre responsabilidade individual e responsabilidade coletiva - ambas totalmente coesas na prática.

Pela primeira, compreende-se a consciência individual encarnada em qualquer ação empreendida pelo indivíduo, de forma pessoal, subjetiva - embora com vistas ao benefício do coletivo. Assim, o anarquista possui seus deveres e obrigações em relação a toda a sociedade, agindo sempre de forma a progredi-la por completo.

Pela segunda, é convencionada a consciência coletiva emergente a partir de qualquer ação exercida por determinada seção operacional - grupo, associação, federação, etc. Uma determinada seção é responsável - em sua integridade - pelas suas ações desenvolvidas, estando suscetível aos seus resultados e, conseqüentemente, às possíveis reformulações ou reorientações.

Questões freqüentes aos anarquistas[editar]

A instrumentalização da violência[editar]

Poucos anarquistas defendem a violência contra indivíduos. Durante o fim do século XIX e início do século XX, o anarquismo era conhecido como uma ideologia que pregava os assassinatos e explosões, devido a ação de pessoas como o russo Nechaiev, o francês Ravachol e à influência dos meios de comunicação social da época. A maioria dos anarquistas acredita que a violência contra indivíduos é inútil, já que mantém intactas as relações sociais de exploração e as instituições que a mantêm. Entretanto, os anarquistas acreditam que o recurso à violência é inevitável como legítima defesa à violência do Estado ou de instituições coercivas. Anarquistas como Errico Malatesta e Emma Goldman publicaram célebres debates condenando o individualismo-terrorista de alguns anarquistas. Ambos autores consideraram a ação desses indivíduos inútil e mesmo daninha à causa anarquista, e que seus atos eram reações de desespero em face às injustiças sociais.

Entretanto, é inegável que foram praticados assassinatos políticos inspirados por anarquistas. Por exemplo, Leon F. Czolgosz confessou ter decidido assassinar o presidente William McKinley após assistir a uma palestra proferida por Emma Goldman. Estadistas como Humberto I da Itália, Elisabeth da Áustria e Marie François Sadi Carnot, presidente da França, foram assassinados por anarquistas italianos. Tudo isto aconteceu durante os últimos anos do século XIX e a primeira década do século XX. Outros atentados, como contra Alexandre III da Rússia e Carlos I de Portugal, foram erroneamente atribuídos a anarquistas, por generalização.

Existiram, no entanto, outros anarquistas, como Leon Tolstoi, que acreditavam que o caminho da anarquia era a não-violência.

Anomia[editar]

A idéia popular de anarquismo como absoluto caos e desordem, que os estudiosos chamam de anomia (ausência de normas) é rejeitada por todos os anarquistas tradicionais citados acima. Os anarquistas concebem os governos como as atuais fontes de desordens defendendo, portanto, que a sociedade estaria melhor ordenada sem a sua existência.

Esta convenção tem fortes conotações e historicamente tem sido usada como uma deficiência por grupos políticos contra seus oponentes, mais notavelmente os monarquistas contra os republicanos nos últimos séculos. Entretanto, a anomia tem sido abraçada por movimentos de contracultura.

Religião e espiritualidade[editar]

thumb|right|Cartum anarquista publicado em 1916 no jornal "A Lanterna" O movimento anarquista não advoga em favor do ateísmo ou agnosticismo, mas em muitas ocasiões sua luta anti-autoritária se estendeu ao anti-clericalismo. O problema, portanto, está na consolidação em forma institucional da religiosa, tornando-se um instrumento de exploração dos homens.

Desta forma, o que os anarquistas negam é a instituição "Igreja" em todas as suas formas, e não a Igreja enquanto templo de fé, pelos seguintes fatores:

– A sua conivência, conciliação e apoio à dominação capitalista – em especial, pela defesa da propriedade privada;

– Pela sua estrutura completamente vertical, a qual segrega o corpo religioso e toda a humanidade de forma a selecionar os beneficiados e os dignos dos poderes espirituais;

– Pelas intervenções em campos não espirituais, criando, por meio da doutrina fundamentalista, uma série de empecilhos ao desenvolvimento social e humano como um todo;

– Pelo processo de alienação do ser humano em relação à sua realidade, fazendo o indivíduo, muitas vezes, delegar a entes imaginários, espirituais, as transformações humanas que, na verdade, cabem a ele mesmo ajudar a promover.

Por fim, os anarquistas acreditam que o que cada um pensa ou crê, não importa ao próximo, desde que a Liberdade e todos os demais princípios anarquistas não sejam ofuscados de forma alguma.

Tecnologia[editar]

A tecnologia, em sua pureza, não é tratada como um mal em potencial pelos libertários - com exceção da corrente anarco-primitivista. Ela é ferrenhamente combatida em seus moldes capitalistas, já que, sob eles, não possui nenhuma, ou quase nenhuma, função humana ou social e, ademais, na maioria das vezes, chega a corromper drasticamente esses campos – como é o caso das guerras, da excessiva automação industrial, das políticas tecnocráticas, etc.

Em suma, a tecnologia é tida enquanto mais um instrumento de potencialidades humanas, podendo ter uma expressiva funcionalidade libertária – como nos campos da medicina, das comunicações, dos transportes, da segurança e desenvolvimento produtivo do trabalho, etc.

Porém, a corrente de pensamento anarco-primitivista defende a aversão a qualquer forma de desenvolvimento tecnológico, advogando o retorno das condições pré-civilizatórias para um efetivo desenvolvimento humano.

Outra corrente anarquista que também se opõe à tecnologia é o anarquismo verde ou eco-anarquismo ou, ainda, ecologia libertária, que se apoia nos trabalhos teóricos do geógrafo Élisée Reclus e de Piotr Kropotkin. Além de se opor à autoridade e à hierarquia, essa vertente critica a dominação do homem sobre a natureza. Propõe a auto-organização, a autogestão das coletividades e o mutualismo.[3]. Essa corrente é próxima da ecologia social elaborada pelo americano Murray Bookchin. Muito crítica em relação à tecnologia, defende a ideia de que o movimento libertário, para evoluir, deve rejeitar o antropocentrismo. Para os ecologistas libertários, o ser humano deve renunciar a dominar a natureza.

Histórico dos movimentos anarquistas[editar]

O anarquismo desempenhou papéis significativos nos grandes conflitos da primeira metade do século XX. Durante a Revolução Russa de 1917, Nestor Makhno tenta implantar o anarquismo na Ucrânia, com apoio de várias comunidades camponesas, mas que acabam derrotadas pelo Estado bolchevique de Lênin.

Ver artigo principal: Revolução Ucraniana

Quinze anos depois, anarquistas organizados em torno de uma confederação anarco-sindicalista impedem que um golpe militar fascista seja bem sucedido na Catalunha (Espanha), e são os primeiros a organizar milícias para impedir o avanço destes na consequente Guerra Civil Espanhola. Durante o curso dessa guerra civil, os anarquistas controlaram um grande território que compreendia a Catalunha e Aragão, onde se incluía a região mais industrializada de Espanha, sendo que a maior parte da economia passou a ser autogestionada (autogerida).

Ver artigo principal: Revolução Espanhola

Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento anarquista deixou de ser um movimento de massas, e perdeu a influência que tinha no movimento operário dos vários países europeus. Entretanto, continuaria a influenciar revoltas populares que se seguiram na segunda metade do século XX, como o Maio de 68 na França, o movimento anti-Poll tax no Reino Unido e os protestos contra a reunião da OMC em Seattle, nos Estados Unidos.

Anarquistas mais conhecidos[editar]

Ver artigo principal: Lista de anarquistas

[[Imagem:Noam chomsky.jpg|thumb|150px|right|Noam Chomsky (1928–)]]

Internacionalmente conhecidos[editar]

Anarquistas brasileiros[editar]

Ver artigo principal: Lista de anarquistas brasileiros

Anarquistas portugueses[editar]

Ver artigo principal: Lista de anarquistas portugueses

Referências[editar]

  1. Bakunin, M. (1876). Deus e o Estado: Cap. II
  2. WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas. Rio Grande do Sul: L & PM Editores Ltda, 1981. 54p.)
  3. Noël Nel, Pour un nouveau socialisme, L'Harmattan, 2010, ISBN 978-2-296-13282-5, p. 277.

Ligações externas[editar]