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--Kiko Pardini 15h35min de 8 de Julho de 2012 (UTC)Publicado em 07/07/2012 Cunha expõe as garras da Condor (e de Geisel) O Conversa Afiada reproduz importante palestra do jornalista Luiz Claudio Cunha na Câmara dos Deputados sobre a Operação Condor Compartilhe Vote: Avaliação NegativaAvaliação Positiva (+10) | Imprimir Imprimir Golbery e Geisel pilotavam a Condor (e a abertura ...) O Conversa Afiada reproduz importante palestra do jornalista Luiz Claudio Cunha na Câmara dos Deputados sobre a Operação Condor (não deixe de ler tembém “Geisel armou Pinochet“). Seminário Internacional sobre a Operação Condor Câmara dos Deputados – Brasília, Brasil – 5/julho/2012 As garras do Brasil na Condor Luiz Cláudio Cunha * A mais longa ditadura da maior nação do continente não poderia ficar de fora do clube mais sinistro dos regimes militares da América do Sul. O Brasil dos generais do regime de 1964 estava lá, de corpo e alma, na reunião secreta em Santiago do Chile, em novembro de 1975, que criou a Operação Condor. Nascia a mais articulada e mais ampla manifestação de terrorismo de Estado na história mundial. Nunca houve uma coordenação tão extensa entre tantos países para um combate tão impiedoso e sangrento a grupos de dissensão política ou de luta armada, confrontados à margem das leis por técnicas consagradas no submundo do crime. Tempos depois, em 1991, as democracias renascidas da região construíram um difícil pacto de integração política e econômica batizado de Mercosul. Dezesseis anos antes, contudo, os generais das seis ditaduras do Cone Sul — Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Bolívia — tinham conseguido realizar, a ferro e fogo, uma proeza ainda mais improvável: um secreto entendimento pela desintegração física, política e psicológica de milhares de pessoas. A Operação Condor trouxe para dentro do Estado ilegítimo das ditaduras as práticas ilegais da violência de bandos paramilitares, transformando agentes da lei em executores ou cúmplices encapuzados de uma dissimulada política oficial de extermínio. O envolvimento de efetivos regulares da segurança com as práticas bandoleiras de grupos assassinos explica, de alguma forma, a leniência e depois a conivência com o crime por parte de corporações historicamente fundadas na lei e na ordem. O Esquadrão da Morte, em países como Brasil, Argentina e Uruguai, contaminou o Exército. O Exército perdeu os limites com a obsessão da guerra antisubversiva. A luta contra a guerrilha transbordou as fronteiras da lei e exacerbou a violência. A virulência clandestina e sem controle do esquadrão empolgou o Exército. O Exército apodreceu com o Esquadrão da Morte. O esquadrão confundiu-se com o Exército, o Exército virou um esquadrão. A Condor, enfim, reconheceu tudo isso e criminalizou os regimes militares do Cone Sul. Dois policiais resumem este mergulho criminoso do poder no Brasil e no Uruguai. O americano Dan Mitrione era especialista em interrogatórios do Serviço de Segurança Pública (OPS, na sigla em inglês), uma agência americana de fachada da CIA extinta um ano antes do nascimento da Condor. Em 16 anos de vida, treinou um milhão de policiais no chamado Terceiro Mundo. Mitrione desembarcou no Rio de Janeiro um ano antes do golpe de 1964 e ao sair, três anos depois, a OPS tinha adestrado 100 mil agentes brasileiros, 1/6 da força policial do país. Mitrione assumiu a OPS do Uruguai em 1969, quatro anos antes do golpe de Bordaberry, com um lema que definia seus princípios: “A dor precisa, no lugar preciso, na quantidade precisa, para o efeito desejado”. O brasileiro Sérgio Fleury, delegado do DOPS, era internacionalmente conhecido como líder do clandestino Esquadrão da Morte, de onde importou métodos de combate ao crime comum para uso na repressão política. Seis meses antes do golpe de junho de 1973, o embaixador americano em Montevidéu, Charles Wallace Adair Jr., avisou Washington que oficiais da alta hierarquia militar do Uruguai foram treinados no final de 1971 pelo Brasil para combater a insurgência. Um dos treinadores brasileiro levados aos aprendizes de Mitrione era o experiente Fleury. O embaixador detalhou a ação de órgãos de segurança da Argentina (Secretaria de Inteligência do Estado, SIDE) e do Brasil (Serviço Nacional de Informações, SNI) no apoio a grupos uruguaios clandestinos: “Os brasileiros reconhecidamente aconselharam e treinaram oficiais militares e policiais uruguaios envolvidos em grupos contra-terroristas que se responsabilizaram por atentados a bomba, sequestros e até mesmo assassinatos de suspeitos de pertencerem à esquerda radical”. Na Argentina, o delegado-chefe da Polícia Federal em Buenos Aires era Alberto Villar, fundador em 1973 da versão local do Esquadrão da Morte, a clandestina Triple A, ou Aliança Anticomunista Argentina, acusada de quase 2 mil mortes em dez anos de crimes. Quase dois anos antes da formalização da Condor, os seis países da região fizeram uma reunião secreta em Buenos Aires, em fevereiro de 1974. O ‘I Seminário de Polícia sobre a Luta Antisubversiva no Cone Sul’ reunia os chefes da Polícia Federal, alguns deles oficiais do Exército — casos do Brasil, Argentina e Paraguai. Acertaram “novas formas de colaboração transnacional para confrontar a ameaça subversiva”, conforme o general Miguel Angel Iñiguez, chefe da Polícia Federal argentina, anunciando a decisão final de operações conjuntas “contra inimigos políticos em qualquer dos países associados”. A preocupação anticomunista se aguçou com a revolução castrista em Cuba e entrou na pauta dos quartéis do continente, que se reuniam regularmente na Conferencia dos Exércitos Americanos (CEA). No 10º encontro, realizado em Caracas uma semana antes do golpe de Pinochet em 1973, o general brasileiro Breno Borges Fortes propôs “ampliar a troca de experiências ou informações” na guerra ao comunismo. Em 1976, na Nicarágua do ditador Somoza, disse o chefe da delegação argentina na CEA: — A guerra ideológica não respeita fronteiras — avisou o general Roberto Viola, que carregava no sobrenome a crença de quem não reconhece limites no combate à subversão. Quatro anos antes, este desbordamento da violência ficou evidente no Uruguai. Em fevereiro de 1972, os guerrilheiros Tupamaros sequestraram um fotógrafo em Montevidéu. Nelson Bardessio era mais do que isso: era também policial, segurança e motorista do americano William Cantrell, o homem da CIA no Uruguai. O policial revelou ser membro do Esquadrão da Morte que agia dentro da DNII, Dirección Nacional de Información y Inteligencia, a central de polícia abastecida pela CIA de Cantrell com equipamento de tortura. As ordens do ministro do Interior, Santiago de Brum Carbajal, eram repassadas ao esquadrão pelo vice-ministro Armando Acosta y Lara. Bardessio revelou que o próprio secretário pessoal do presidente Pacheco Areco, Carlos Piran, conseguiu junto à SIDE (a Secretaria de Inteligência do Estado argentino) a gelinita explosiva com que o Esquadrão da Morte praticou quatro atentados em Montevidéu. O motorista da CIA contou que ele fizera parte de uma equipe de cinco policiais treinados pela SIDE em Buenos Aires em “atividades antiterroristas” e “técnicas de vigilância”. Outros dois agentes, disse Bardessio, foram enviados ao Brasil para exercitar “operações de Esquadrão da Morte”. Os futuros quadros da Condor começaram a se formar nesta geleia geral que misturava gelinita com militares, policiais, agentes secretos, torturadores e terroristas paramilitares. Ali mesmo em Montevidéu, três anos depois, a Condor começou a sair do ovo. Em outubro de 1975, nos salões exclusivos do hotel Carrasco, reuniu-se a 11ª CEA, a conferência dos Exércitos. Num encontro prévio, os chefes dos serviços secretos do continente ouviram a proposta de seu camarada chileno, um certo coronel Manuel Contreras, chefe da Dirección Nacional de Inteligência (DINA), a polícia política de Pinochet, para a criação de “um programa repressivo transnacional”. A proposta foi aprovada, e Contreras não perdeu tempo. Despachou o vice-diretor da DINA, o coronel da Força Aérea Mário Jahn, direto de Montevidéu para Assunção, onde entregou ao general Francisco Brítez, chefe da repressão do Governo Stroessner, o convite para uma reunião “absolutamente secreta” em Santiago do Chile para o mês seguinte, novembro. O nº 2 da DINA, antes de voltar para casa, fez uma segunda escala, um pouco acima no mapa: Brasília. Aqui, entregou o convite e a agenda de dez páginas da pomposa ‘Iª Reunión de Trabajo de Inteligencia Nacional’ a um fraterno amigo de Contreras: o general João Baptista Figueiredo, o chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) do Governo Geisel. As duas ditaduras tinham muito em comum. O palácio La Moneda ainda fumegava com as bombas de sete ataques da Força Aérea quando o embaixador brasileiro Antônio Cândido Câmara Canto adentrou a Escola Militar de Santiago no instante em que o quarteto da Junta Militar prestava juramento como novo centro de poder. – Ainda estávamos disparando quando chegou o embaixador e nos comunicou o reconhecimento – registrou o próprio Pinochet, assombrado com a ligeireza que tornou o Brasil o primeiro governo do planeta a estabelecer vínculos formais com a nova ordem. Dissimulados, os Estados Unidos de Nixon e Kissinger esperaram baixar a poeira das bombas e só reconheceram a ditadura Pinochet treze dias depois do Brasil. O espaço aéreo chileno ainda estava fechado, horas depois do golpe, quando quatro aviões militares brasileiros pousaram na base de Santiago, oficialmente levando apenas remédios e mantimentos. No Brasil, o apoio encoberto ao golpe foi imediato. Um acordo, articulado no Governo Médici (1969-1974) e executado no Governo Geisel (1974-1979), garantiu fuzis e munição para a repressão interna no Chile, como revelou no domingo (1/julho) a repórter Júnia Gama, de O Globo, com base em documentos inéditos do extinto EMFA (Estado-Maior das Forças Armadas). Um ofício de 17 de janeiro de 1975 revela a ordem secreta do EMFA para raspar o logotipo da República nos fuzis tipo FAL para não permitir a identificação da cumplicidade brasileira nas armas produzidas na fábrica do Exército em Itajubá, Minas Gerais. O próprio Manuel Contreras afiara suas garras no Brasil. Um interlocutor do coronel, o americano Robert Scherrer, chefe do escritório do FBI em Buenos Aires, diz que o chileno foi treinado em Brasília. O golpe mal completara um mês quando um economista brasileiro da CEPAL foi incorporado aos dez mil prisioneiros reunidos no Estádio Nacional de Santiago. José Serra, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, chegou a ouvir gente fazendo interrogatório em português. Os agentes do SNI foram ao Chile depois do golpe para obter informações de esquerdistas brasileiros, enquanto oficiais chilenos vinham ao Brasil para treinamento na Escola Nacional de Informações, a ESNI – que serviu de inspiração a Contreras na formatação de sua DINA. Entre os 24 mil documentos da Inteligência americana sobre o Chile, desclassificados no Governo Clinton, existe um memorando secreto que o general Vernon Walters, o vice-diretor da CIA, mandou em julho de 1975 ao assessor de Segurança Nacional do presidente Ford, Brent Scowcroft. Ele retransmitia o apelo que Pinochet, inusitadamente aflito pelo risco de isolamento internacional, mandava para a Casa Branca. No item 3 da nota, Walters mostrava a intimidade brasileira com Pinochet: “Os chilenos sabem que não conseguem obter ajuda direta por causa da oposição do Congresso [americano]. Querem saber se há algum modo de conseguir essa ajuda indiretamente, via Espanha, Taiwan, Brasil ou República da Coréia”. O general americano nem precisou lembrar. Mas os quatro países, por coincidência, eram ferozes ditaduras anticomunistas. Dois meses depois, em setembro de 1975, Pinochet e o vice-diretor da DINA, coronel aviador Mario Jahn, discutiram a expansão internacional da repressão chilena. O coronel era o homem encarregado por Contreras de pilotar as incursões além-fronteiras da Condor, desafio que sempre demandava gastos maiores. Na conversa na sala de jantar do general, presenciada por um civil amigo de Pinochet, Jahn explicou: – Os americanos estão ajudando por meio do Brasil. Este é o momento de se mover, avançar e levar a luta para o nível mundial – propôs o coronel a Pinochet, informado de que treinamento da CIA era fornecido por meio do Brasil. Brasília era definida, na conversa, como o “canal de treinamento” de técnicas de interrogatório e tortura para os agentes da DINA. Um memorando de 15 de setembro de 1975 de Contreras a Pinochet pede um reforço de US$ 600 mil no orçamento daquele ano da DINA. No item 1 da nota, o coronel justifica ao general: “Aumento do pessoal da DINA ligado às missões diplomáticas do Chile. Um total de dez pessoas: 2 no Peru, 2 no Brasil, 2 na Argentina, 1 na Venezuela, 1 na Costa Rica, 1 na Bélgica e 1 na Itália.” Em 1999, o jornal O Globo deu outra pista segura sobre a presença da DINA em solo brasileiro. Ele revelou uma destinação adicional ao pedido de verbas feito por Contreras a Pinochet em 1975: o custeio dos oficiais da DINA que, a cada dois meses, faziam um curso de seis semanas no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército brasileiro, em Manaus, no coração da maior floresta tropical do mundo. Durante algum tempo, um de seus principais instrutores foi o adido militar da embaixada da França em Brasília entre 1973 e 1975. O general Paul Aussaresses, especialista em inteligência, era veterano de duas épicas derrotas francesas em guerras coloniais: a da Indochina (1946-1954) e a da Argélia (1954-1962). Foi herói na Segunda Guerra Mundial, saltando de paraquedas na Normandia para fazer a ligação entre a Resistência francesa e as tropas aliadas do Dia D. Foi vilão no fronte argelino, como mestre da tortura aplicada pelas tropas paraquedistas do general Jacques Massu. Graças a Aussaresses, a França introduziu no seu vocabulário uma deformação paraestatal que só condenava nos outros povos: os macabros ‘esquadrões da morte’. Quase duas décadas antes do jornalista Vladimir Herzog aparecer “suicidado” no porão do DOI-CODI em São Paulo, Aussaresses mandou “suicidar” em Argel um dos líderes da Frente de Liberação Nacional (FLN), o argelino Larbi Ben M’Hidi, que apareceu enforcado na prisão após um interrogatório pesado, em 1957. Na sequência, outro suicídio: o influente advogado Ali Boumendjel “atirou-se” do sexto andar do prédio onde estava preso. Em 2000, o general reconheceu que nenhum se suicidara. Ambos foram mortos pela tortura executada sob suas ordens. Mas Aussaresses não se arrependia: – A tortura é um mal menor, mas necessário, que deve ser usado para evitar o mal maior do terrorismo. O mesmo argumento consolador foi usado pelo general Ernesto Geisel no depoimento que prestou ao CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, ao dizer: — Acho que a tortura em certos casos torna-se necessária, para obter confissões. (…) Não justifico a tortura, mas reconheço que há circunstâncias em que o indivíduo é impelido a praticar a tortura, para obter determinadas confissões e, assim, evitar um mal maior — explicou Geisel. Apesar da tolerância, o ditador brasileiro ainda simulava espanto com a ousadia da repressão de Pinochet. Em setembro de 1974, uma bomba da DINA explodiu em Buenos Aires o carro do ex-comandante do Exército chileno, Carlos Pratts, matando o general legalista e sua mulher. Quatro meses depois, quando Figueiredo sugeriu uma aproximação entre o SNI e a DINA, Geisel vetou: — Eles que venham aqui ver a ESNI – disse o presidente, segundo anotação de 10 de janeiro de 1975 do secretário particular Heitor Ferreira, revelada pelo jornalista Elio Gaspari. Exatamente uma semana depois, o EMFA do general Geisel mandaria raspar o logotipo das armas que seu hipócrita governo fornecia clandestinamente à ditadura chilena. Os chilenos, apesar do fingimento de Geisel, já frequentavam a Escola Nacional de Informações do SNI em Brasília desde o ano anterior, logo após a criação da DINA. O que Geisel não queria, realmente, era misturar suas tropas de repressão com as de Pinochet. Além disso, havia um erro de origem no convite de Contreras a Figueiredo para a reunião no Chile. Por definição, o SNI era um órgão de informação do presidente da República. Assim, o SNI não era o braço operacional no combate à luta armada. A missão em Santiago, por dever de ofício, cabia ao Centro de Informações do Exército. Era o CIE que guerreava o que o SNI informava. Esta era a lógica – e Figueiredo repassou o encargo a quem de direito, o general Confúcio Danton de Paula Avelino, o chefe do CIE, com uma recomendação especial de Geisel: reduzir a presença brasileira em Santiago. Em vez de três, como pedia Contreras, o Brasil mandaria apenas dois militares – um coronel e um major, com ordens estritas para escutar mais do que falar. O Brasil não tinha muitas ideias para uma ação coletiva, mas queria preservar as ações bilaterais, caso a caso, quando ações repressivas fossem necessárias. Uma última recomendação de Figueiredo, repassando a ordem de Geisel: reduzir a participação brasileira à condição de observador, sem autorização para firmar nenhum documento. Na manhã ensolarada de 25 de novembro de 1975, uma terça-feira, os dois brasileiros se juntaram a outros treze militares disfarçados de terno e gravata que ocuparam o grande salão da mansão da Alameda O’Higgins onde funcionava a Academia de Guerra do Exército, na capital chilena. A voz aguda de Pinochet ocupou um pedaço da sessão de hora e meia da abertura. Depois, Contreras assumiu o controle, pronunciando seu mantra favorito: “A subversão não reconhece fronteiras nem países”. A repressão que assombrava o Cone Sul desde a década anterior agora tinha uma organização, um código e um método — e a loucura de sempre. A operação clandestina ganhou o nome de Condor, o abutre típico dos Andes, que agora abria suas asas sobre os povos e os países da região sem fronteiras para um terror de Estado sem limites. A velha e informal prática da troca de informações e de prisioneiros entre ditaduras camaradas tinha agora uma grife que ninguém ainda conhecia pelo nome, mas já temiam pelo terror contagiante de quem perdia parentes e companheiros, desaparecidos na treva e na noite sem fim. A ata de fundação desse clube com licença para matar foi assinada pelos representantes de cinco dos seis países fundadores. O capitão argentino Jorge Demetrio Casas (diretor de operações do Serviço de Inteligência do Estado, SIDE), o coronel uruguaio José Fons (subdiretor do Serviço de Inteligência de Defensa, SID), o coronel paraguaio Benito Guanes Serrano (chefe do Departamento de Inteligência do EMFA), o major boliviano Carlos Mena Burgos (do Serviço de Inteligência do Estado, SIE), além do anfitrião, o coronel chileno Manoel Contreras. Os dois brasileiros dissimulados que lá estavam aprovaram tudo, mas não assinaram nada, cumprindo a ordem de Geisel de presença restrita à condição de ‘observadores’. Até os documentos desclassificados da CIA, portanto, não conseguiam quebrar o anonimato planejado pela hipocrisia brasileira. Achei estranha esta lacuna e, durante dois anos, enquanto finalizava meu livro sobre a Operação Condor, procurei identificar a dupla enviada por Brasília. Não localizei documentos, mas os relatos de veteranos da ditadura e da comunidade de informações acabaram decifrando o mistério. Estes são os nomes dos brasileiros ‘observadores’ que fundaram a Condor: Flávio de Marco e Thaumaturgo Sotero Vaz. Dois militares, dois agentes do Centro de Informações do Exército (CIE). Dois veteranos do combate nas selvas do Araguaia (1972-1974), o maior e mais longo foco guerrilheiro do país, onde 70 combatentes comunistas de linha maoísta foram esmagados por um contingente militar que chegou a oito mil homens. O coronel De Marco e o major Thaumaturgo estavam lá, na frente de batalha. Quando De Marco chegou ao Araguaia, outubro de 1973, ainda resistiam 56 guerrilheiros. Quando o coronel foi embora, um ano depois, não restavam mais do que dez combatentes. Suas sepulturas nunca foram encontradas. A falta de investigação do governo sobre a violência no Araguaia levou à condenação do Brasil, em 2010, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O major Thaumaturgo, oficial paraquedista com curso de guerra na selva na Escola das Américas, no Canal do Panamá, comandava os ‘boinas pretas’ do Destacamento das Forças Especiais do Rio Janeiro, quando foi enviado ao Araguaia em 1972 com um pelotão de 36 homens. Em 1984, já coronel, Thaumaturgo assumiu o comando em Manaus do CIGS, o centro de guerra na selva onde treinaram os agentes da DINA do coronel Contreras, seu anfitrião na fundação da Condor uma década antes. De Marco e Thaumaturgo estavam em Santiago por delegação expressa de Geisel e seu sucessor na presidência. Quando o coronel Figueiredo comandava no Rio o Regimento de Cavalaria de Guarda, De Marco servia ao seu lado. O general Figueiredo o levou com ele ao assumir a chefia do SNI e, quatro anos após fundar a Condor, De Marco subiu a rampa do poder com o presidente Figueiredo, na condição de diretor administrativo do Palácio do Planalto. O major Thaumaturgo foi cadete na academia militar do general Danilo Venturini, que dirigiu a ESNI, a escola frequentada por Contreras e seus rapazes da DINA, antes de assumir a chefia do Gabinete Militar no Governo Figueiredo. Os brasileiros da Condor estavam, portanto, entre amigos. Os observadores e seus chefes integravam uma irmandade. A irmandade da Condor. Um abutre carniceiro que via longe. Em 1979, quando a Condor ainda voava alto, um agente da CIA repetiu no Senado dos Estados Unidos uma frase do coronel Contreras: — Iremos até a Austrália, se necessário, para pegar nossos inimigos. Em novembro de 1978, a Condor foi até Porto Alegre para pegar seus inimigos. É a capital brasileira do Cone Sul, no Estado que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai. A repressão uruguaia localizou na cidade dois ativistas da esquerda ‘requeridos’ pela ditadura: Lilian Celiberti e Universindo Rodriguez Diaz. Atravessar a fronteira seca do Rio Grande do Sul parecia ser ainda mais simples do que cruzar o Rio da Prata para sequestrar opositores em Buenos Aires. — Brasil todavia no es Argentina! — advertiu o coronel Calixto de Armas, o homem mais poderoso da repressão, chefe do Departamento II do Comando Geral do Exército, responsável pelas ações do braço operacional da Condor uruguaia, a secreta Compañia de Contrainformaciones. O coronel pairava acima das quatro Divisões de Exército do Uruguai e acima até do Organismo Coordenador de Operações Antisubversivas, o temido OCOA, a versão local do DOI-CODI. O coronel só recebia ordens de dois homens: seu chefe imediato, o general Manuel J. Nuñez, chefe do Estado-Maior, e do comandante-geral do Exército, general Gregório ‘Goyo’ Álvarez. De Armas procurou um velho parceiro da irmandade da Condor no Brasil: o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o homem que no Governo Médici formou a máquina de tortura do DOI-CODI da rua Tutoia, em São Paulo, e que no Governo Geisel foi chefe em Brasília do Setor de Operações do CIE, o serviço secreto do Exército. Quando fez o contato, em novembro, De Armas encontrou o camarada de repressão comandando há dez meses um quartel de artilharia em São Leopoldo, nas cercanias da capital gaúcha. A partir das instruções de Ustra, a cadeia de comando acionada na operação de Porto Alegre mostra que a loucura da Condor tinha método e hierarquia. O Departamento II do coronel De Armas contatou desde Montevidéu o Estado-Maior do III Exército em Porto Alegre, pedindo passe livre da Condor para os homens da Compañia de Contrainformaciones. O CIE gaúcho repassou o pedido ao chefe do CIE em Brasília, general Edison Boscacci Guedes. O coronel uruguaio foi autorizado, então, a pilotar a Condor em solo gaúcho em parceria com o DOPS, a polícia política comandada pelo nome mais famoso da repressão no sul, o delegado Pedro Seelig, que desbaratou a esquerda armada na região. Comunicando-se pelo sistema codificado criado pela CIA para a DINA do coronel Contreras, a Condortel 3 (base Uruguai) entrou em linha com a Condortel 6 (base Brasil). Na primeira semana, a cúpula da Compañia uruguaia circulou em Porto Alegre: o comandante, major Carlos Alberto Rossel, seu subcomandante, major José Walter Bassani, e o capitão Eduardo Ramos, chefe da seção técnica. Na segunda semana, foram rendidos pelo chefe da seção administrativa, capitão Glauco Yannone. Na manhã de domingo, 12 de novembro, prenderam Lilian Celiberti na Rodoviária de Porto Alegre. O capitão Yannone e o delegado Seelig estavam lá, pela fraterna camaradagem da Condor. Universindo foi preso horas depois, com os dois filhos de Lilian — Camilo, de 8, e Francesca, de 3 anos. Lilian e Universindo foram despidos e duramente torturados na sede do DOPS gaúcho. O delegado Seelig observava, o capitão Yannone espancava. O casal e as crianças foram levados pela polícia brasileira para o Chuí, na fronteira, onde os militares aplicaram novas torturas. Esperta, Lilian insinuou um encontro em Porto Alegre com o alvo principal da Condor uruguaia — Hugo Cores, o líder do PVP, o partido clandestino do qual faziam parte Lilian e Universindo. Lilian foi trazida de volta à capital gaúcha pelo chefe do setor de operações da Compañia, o capitão Eduardo Ferro, que armou uma ratonera para capturar sua presa no apartamento da uruguaia, na rua Botafogo. Mas foi o capitão que caiu na ratonera de Hugo Cores. Clandestino em São Paulo, e alertado pelo silêncio de seus companheiros, Hugo Cores deu um telefonema anônimo para a sucursal da revista Veja em Porto Alegre, denunciando o desaparecimento. Quando os homens armados de Ferro e Seelig ocultos no apartamento abriram a porta, com pistolas em punho, na tarde chuvosa de 17 de novembro de 1978, não surpreenderam o esperado Hugo Cores. Na verdade, foram surpreendidos pela presença inesperada de um repórter e um fotógrafo, que ficaram ainda mais surpresos com as pistolas apontadas para suas cabeças. Conto tudo isso porque eu era o repórter, ao lado do fotógrafo JB Scalco. Eu olhei no olho da Condor. Encarei a escuridão sem fim do cano da pistola entre meus olhos. Meu amigo Scalco morreu do coração cinco anos depois, aos 32 anos. Tenho, assim, o privilégio nada honroso de ser o único repórter do Cone Sul a sobreviver às garras da Condor. Assumi então o desafio de contar essa história e identificar seus responsáveis, na série de reportagens que produzi ao longo de dois anos na revista Veja e no livro que publiquei, 30 anos depois do sequestro. A inesperada aparição de dois jornalistas, algo inédito no território da Condor, obrigou os chefes uruguaios e brasileiros a abortarem a operação de Porto Alegre, voltando às pressas a Montevidéu. Dessa vez, portanto, a praxe de sangue da Condor não se cumpriria: os sequestrados sobreviveram, apesar das torturas, e não puderam ser simplesmente ‘desaparecidos’. A denúncia do sequestro dos uruguaios em Porto Alegre virou um escândalo internacional, que mobilizou a imprensa, os partidos, os advogados, as entidades de direitos humanos. O sequestro de Universindo, Lilian e as duas crianças é uma das 81 ações reabertas na Justiça pelo presidente José Pepe Mujica contra crimes de tortura, desaparecimento forçado e sequestro nos anos da ditadura (1973-85). No próximo dia 16 de julho, segunda-feira, estarei no tribunal da calle Missiones, em Montevidéu, depondo como testemunha do sequestro a pedido da juíza Mariana Motta. Foi ela que, em fevereiro de 2011, condenou o ex-presidente Juan María Bordaberry a 30 anos de prisão por liderar o golpe de Estado de 1973 que dissolveu o Congresso e a democracia do país. Bordaberry morreu no ano passado, aos 83 anos. O fiasco da rua Botafogo expôs ao ridículo as ditaduras do Uruguai e do Brasil, no contexto de uma operação repressiva que nunca dava errado, que nunca deixava sobreviventes. Em 1978, a Condor deixara para trás, vivos, quatro sequestrados e duas testemunhas para contarem como era a Condor, como agia a Condor. Como avisara o coronel Calixto de Armas, Brasil todavia no era Argentina!. Afinal, por que fracassou a Condor em Porto Alegre? Por duas razões principais, que desconcertaram simultaneamente brasileiros e uruguaios por detalhes que não eram comuns em seus países. As crianças desordenaram a rotina de eficiência do delegado Seelig e seus agentes do DOPS. Ao contrário dos uruguaios, que roubavam os bebês de suas vítimas para entregá-los às famílias de seus algozes, a repressão brasileira não registra o desaparecimento de crianças, muito menos sua presença nas ações de busca e captura de guerrilheiros. Os jornalistas abalaram a disciplina militar do capitão Ferro e seus parceiros da Compañia de Contrainformaciones. Ao contrário dos brasileiros, mais acostumados à insistente cobertura de uma imprensa mais incômoda sobre os excessos do regime, apesar da censura, a repressão uruguaia não concebia a presença inoportuna de jornalistas no seu local de trabalho clandestino. De um lado e outro da fronteira, a Condor piscou, sem esconder a visível hesitação que impediu o assassinato que antes tudo resolvia, tudo desaparecia, tudo apagava. No crepúsculo de seu governo, um mês após o sequestro de Porto Alegre, o general Geisel ordenou que o general Figueiredo, que assumiria a presidência em março de 1979, resolvesse o fiasco da Condor. Foi enviado ao sul o novo chefe do SNI, general Octávio Aguiar de Medeiros, que fracassou outra vez, na frustrada tentativa de simular uma explicação para o sumiço dos uruguaios. Assim, num único episódio da Condor, envolveram-se sem sucesso os três generais mais influentes da ditadura brasileira tentando juntar as penas da Condor depenada em Porto Alegre. Em uma entrevista que fiz em 1993 com o autor do telefonema anônimo, Hugo Cores, ele me dizia: “Todos os uruguaios sequestrados no exterior, algo em torno de 180, estão desaparecidos até hoje. Os únicos que estão vivos são Lilian, as crianças e Universindo. O sequestro de Porto Alegre foi o único realizado no Brasil e o último praticado pelo Uruguai. Depois dele, nunca mais houve outro”, festejava o líder do PVP. A Condor voou com intensidade entre 1975 e 1980. E matou intensamente antes, durante e depois, com o método e a loucura das ondas sucessivas de governos militares que afogaram a democracia e a razão durante quase um século de arbítrio no Cone Sul. Nos cinco maiores países da região, foram exatos 92 anos somados de ditaduras que eram de um e eram de todos nós: Paraguai (1954-89), Brasil (1964-85), Chile (1973-90), Uruguai (1973-85) e Argentina (1976-83). Nos tempos da Condor desatinada, a força matava pessoas e palavras, mas também inventava um novo léxico para tentar traduzir sua violência. No Chile da Condor emergiu uma nova palavra no dicionário da repressão, coalhado de presos e mortos. Surgiu a figura intermediária e angustiante do “desaparecido” – que quase sempre era uma coisa e outra, preso ou morto, sequência e consequência um do outro, e que tinha sobre eles a vantagem de isentar o Estado de explicações e justificativas. Um “desaparecido” era uma dúvida, quem sabe um equívoco, talvez uma fatalidade, sempre um mistério que não incriminava ninguém e absolvia a todos – com exceção dos familiares da vítima, condenados ao desespero, subjugados pelo luto iminente, esmagados pela dor incessante. Um “desaparecido” só levantava suspeitas e mais perguntas, sem a garantia de certezas ou possíveis respostas. O “desaparecido” disseminava o medo. Do medo brotava o terror – e novas palavras. O dicionário de terror da Condor fabricava uma expressão ainda mais assustadora, mais aflita: os no-nombrados, os N.N., cadáveres sem nome, sem cara, sem história, exumados no ninho da Condor por regimes de força sem coragem, sem caráter, sem futuro, sem passado. As pessoas com nomes desapareciam separadamente e, de repente, emergiam do solo covas coletivas apinhadas de mortos sem nome. No auge de seu poder, em 1979, o general argentino Jorge Videla fez uma contorcida exegese do que seria esta estranha criação dos regimes onde voava a Condor: — O que é um desaparecido? Como tal, o desaparecido é uma incógnita… Enquanto desaparecido, não pode ter nenhum tratamento especial: é uma incógnita, é um desaparecido, não tem identidade. Não está nem morto, nem vivo. Está desaparecido… — consolava o general da mais sangrenta ditadura do Cone Sul. Os tiranos que caçam os opositores da tirania começam subvertendo o idioma e o sentido lógico das coisas. Carimbam como ‘subversivo’ ao resistente que ousa desafiar a opressão. Combatem o ‘terrorista’ indefeso e manietado com o aparato pesado do terror de Estado. Pregam a defesa da lei pela ação ilegal e clandestina de seus agentes. Alegam defender a democracia impondo o arbítrio. Chamam de ‘ditabranda’ o que não passa de ditadura. Revogam Constituições para aplicar Atos Institucionais. Impõem a insegurança dos cidadãos em nome da Segurança Nacional. Torturam e matam invocando a paz e a tranquilidade. Fabricam ‘suicídios’ ou ‘atropelamentos’ quando os presos cometem o desatino de morrer sob tortura em suas masmorras. Concedem autoanistia para perdoar seus crimes imperdoáveis. Clamam pelo esquecimento para abafar a impunidade. E condenam como revanchismo o que não passa de memória. No paraíso da Condor, os generais e seus serviçais conseguiram subverter o significado de duas das palavras mais valiosas da civilização: dignidade e liberdade. Dignidad, no Chile da Condor, era o nome de uma colônia agrícola, 335 km ao sul de Santiago, criada por um ex-enfermeiro da Luftwaffe nazista. Era frequentada por Pinochet e pelo coronel Contreras. Era um centro de torturas e de treinamento para interrogatórios da DINA. Libertad, no Uruguai da Condor, 5o km a oeste de Montevidéu, era o maior presídio político do país. Abrigava 600 presos políticos. Desde junho de 1980, um deles atendia pelo nome de Universindo Rodriguez Díaz, o uruguaio sequestrado em Porto Alegre. Dignidad virou sinônimo de tortura no Chile da Condor. Libertad virou endereço de presídio no Uruguai da Condor. Quando veio o golpe de 11 de setembro no Chile, um dos primeiros presos foi um general da Força Aérea, Alberto Bachelet. Ficou preso seis meses no Cárcere Público de Santiago, mas o coração não resistiu às torturas, nele e em velhos camaradas. Morreu de infarto em março de 1974, um mês antes de completar 51 anos. Foi poupado de uma forte emoção da história, 32 anos depois, quando o mesmo Partido Socialista derrubado à bala por Pinochet voltou ao poder pelo voto em 2006 elegendo como presidente uma médica pediatra de 56 anos – a filha de Alberto, Michelle Bachelet. Em janeiro de 1975, dez meses antes do nascimento da Condor, Michelle e sua mãe foram presas e levadas vendadas para Villa Grimaldi, um famoso centro clandestino da DINA em Santiago. Lá, aos 24 anos, Michelle foi torturada. É de Michelle Bachelet esta frase que nos inspira e consola: — Só as feridas lavadas cicatrizam. Passados tantos anos de tanto horror, este encontro de hoje, aqui em Brasília, na capital do país que é um envergonhado sócio fundador da Condor, mostra que começamos a lavar nossas feridas com esta forte manifestação da memória coletiva. Todos, aqui, temos uma só mensagem a quem fez e a quem tenta esquecer tudo aquilo: Nós sabemos, nós lembramos, nós contamos.

O sorriso não tem sido varrido da face, é a mesma de quando ele anunciou que havia aceitado o golpe de Estado pelo Congresso paraguaio. Naquela noite, lembramos, disse que ele saiu pela porta grande: o coração de seus compatriotas. Com essa mesma equipe recebe o sorriso Agência Andes. O tempo de prensagem, a imprensa internacional relógios País sede do Partido de Solidariedade, um dos três lugares onde você gasta os seus dias deposto Lugo como presidente, e uma vez em uma campanha eleitoral. As pressões são muitas, mas suas palavras são lúcido ... - Quais foram as razões estruturais para o paraguaio direito de remover do poder? Eu costumo dizer que a classe política do Paraguai eu sou um sapo de outro buraco. Para colocá-lo mais elegante, eu sou um outsider como dizem Inglês. Eu acho que nunca foi bem-vindos na classe política do Paraguai, deslocando muitos líderes tradicionais práticas político-promessa, clientelista, as partes que foram acostumados a isso. Romper com este esquema, claro que perturbar a classe política tradicional e, embora este foi realizado na semana passada, veio um longo tempo conversando. Mesmo os relatórios da embaixada dos EUA dizem que desde 2009, este estava ocorrendo para atingir sua materialização na semana passada. Para este dia eu chamá-lo de sexta-feira negra na política paraguaia. - É essa ligação com os setores rurais, com os setores populares, o que torna tudo isso acontecer? Os grupos de poder no Paraguai, os grupos de poder tradicionais, operando na sombra, lidar com um grande capital de tráfico de drogas, contrabando, tráfico ilegal de armas têm relações com a classe política do Paraguai. Eu acho que eles disseram "não, esse cara não nos convém. Você tem que cortar as asas, se isso continuar, em 2013 nós não voltar. " Mas eu acho que nós fizemos-lhe um favor, porque agora mais do que nunca, as pessoas estão mostrando a sua indignação que truncado do processo democrático tão necessária neste país. Paraguai não tem tradição democrática, como outros países, mas nós estávamos lançando o alicerce de uma democracia participativa, especialmente dos setores populares, os mais vulneráveis. Na verdade, eles é que agora, nas ruas, praças e estradas, estão mostrando sua indignação com o que aconteceu na semana passada. - Enquanto os presidentes da região será o seu apoio, você aceita este golpe. Por quê? Este presidente é verdadeiramente pacifista. Aqui está uma tradição de violência nesses eventos é muito recente memória do que aconteceu em Março de 1999, quando oito meninos foram mortos por franco-atiradores. Nós acreditamos em snipers matando também foram Curuguaty: agricultores não apontam diretamente para a cabeça, pescoço e coração. Eles foram a morte profissional. Eu acho que para evitar isso, teve que se submeter a um julgamento político injusto em sua gestação, seu desenvolvimento e suas conseqüências. Você leia atentamente os argumentos de que a Câmara dos Deputados apresentados na acusação de calúnia e é de rir. É uma falta de seriedade que o fato de eu ter assinado um memorando de defesa, o Tratado de Ushuaia, é um motivo para optar por sair do poder. Se assim for, todos os presidentes que assinaram o documento são susceptíveis de ser afastado do cargo como um argumento de má gestão no Executivo. - O presidente Rafael Correa falou de legitimidade no que é legal neste processo, Federico Franco diz que ele tem os mesmos votos que você. Onde reside a sua legitimidade e que a sua ausência por motivos de Franco? Franco não teve a mesma votação que eu. Franco ocupa agora, confortavelmente, em terceiro lugar em seu partido. Nas primárias de seu partido, ele terminou em terceiro. Ou seja, nunca teve a preferência em seu próprio partido. Gostaria de participar como candidato a presidente e dizer que realmente temos os votos para ser presidente. Nesse sentido, acho que o Partido Liberal aproveitou a popularidade de Lugo em 2008 para assumir a vice-presidência. O ciudadadanía votei nele para ser vice-presidente, não presidente. Mas a ferramenta jurídica constitucional que permitiu Paraguai para suceder o presidente vice-presidente de morte, invalidez ou impeachment. Dificilmente se pode dizer que tem todas as garantias legais porque forçou a ferramenta legal, como você disse o presidente da Colômbia. Acreditamos que a ilegalidade aflorará por todos os lados quando se tenta analisar o que foi legalmente feito na sexta-feira no parlamento nacional. - Você acha que você viveu no Paraguai, é a nova estratégia da direita para tomar o poder. Não com o gorila ditadura militar imposta, mas essas estratégias parlamentares? Há um laboratório diferente dos anos 70, quando os militares se fizeram os seus tiros. Acho que na América Latina é frágeis democracias de partidos progressistas que procuram cidadania e do bem comum. Isso é um perigo, o perigo de paradigmas de mudança, mudar as práticas políticas, que estão se beneficiando da história esquecida, aqueles que estão fora de qualquerparticipação. Assim, as democracias participativas, protagonistas, irritar setores privilegiados que sempre estiveram no poder em todos os países da América Latina. Reverter esta situação é um processo bastante doloroso. Eu acho que o que aconteceu no Paraguai, que aconteceu em Honduras e pode ir lá, onde a democracia não é reforçada. - Como você define a Franco agora, depois do que fez? Um oportunista. Um oportunista que não tem nenhuma chance real de ser presidente e chegar à presidência. Eu nunca teria chegado se não fosse por um golpe parlamentar, como fez sexta-feira passada. Quando saiu, sorri. Pressione com força como a nossa, com sua grande mão branca. Olhe para a câmera, se vira e vai para uma cadeira de plástico onde se senta agora 800.000 pessoas que o elegeram e rejeitou 39. Golpistas paraguaios fala currículo com a instalação base militar dos EUA Autor: Andes / Alba TV Data de publicação: 03/07/12

imprimir Vice Joe Lopez golpe Chávez Crédito: Andes / Alba TV 03 de julho de 2012 - o deputado José López Chávez falou com confirmou que líderes militares norte-americanos sobre a possibilidade de uma base militar no Chaco paraguaio. Ele esclareceu que não há nada definido ainda e que a questão seria colocada antes de o Pentágono.

Em conversa com a estação de 780 AM, o oviedista legislatura, presidente da Comissão de Defesa da Câmara, justificou o seu desejo de assinalar que a Bolívia é uma ameaça para o Paraguai por causa de sua "corrida armamentista".

Ele indicou que o país precisa ter presença em uma área despovoada para melhorar a segurança nacional.

Ele disse que o eventual acordo bilateral também inclui ajuda humanitária a um contingente dos EUA de pessoas locais.

Em 15 dias ou um mês pode ter notícias sobre o diálogo entre as partes, disse ele.

A proposta de instalar uma base militar no Chaco veio à tona na sexta-feira após uma reunião relativa ao Comité de Defesa dos Deputados e um grupo de generais dos EUA, que chegou a discutir possíveis acordos de cooperação , paraguaias jornal ABC.


omingo, 1 de julho de 2012

Crise no Paraguai e reflexos regionais

Não podemos deixar o episódio passar sem uma resposta à altura porque, além de ser inaceitável, a ruptura democrática em um país vizinho e irmão constitui-se uma ameaça

A crise gerada pela deposição sumária do presidente Fernando Lugo e a ruptura da ordem democrática no Paraguai seguramente não ficará restrita ao âmbito interno e deverá respingar e impactar toda a região. A América Latina, que vive um grande momento de ascensão de governos democráticos e progressistas, também sente o golpe desferido e repudia de maneira unificada e integrada a destituição de um governo legítimo, eleito pelo povo.

Reforça essa posição a forma como se deu o processo de impeachment de Lugo. O golpe "constitucional", revestido de legalidade armado pelo Poder Legislativo, ocorreu em questão de horas, sem que Lugo tivesse o direito básico da ampla defesa. Para se ter uma ideia, o processo que destituiu o ex-presidente Fernando Collor no Brasil, desde sua abertura até o julgamento final, levou seis meses para ser concluído. A pressa em depor Lugo foi um sinal claro de que o ocorrido passou ao largo do que se entende por Estado Democrático de Direito.

O motivo apresentado pelo Congresso paraguaio para o julgamento e condenação de Lugo — o mau desempenho de suas funções, tendo como estopim um confronto sangrento entre exército e camponeses —, além da falta de provas e investigação, evidencia o absurdo de um golpe que já estava sendo articulado pelas forças conservadoras, que sempre se beneficiaram das atividades criminosas que Lugo vinha combatendo — notadamente, o comércio ilegal, o narcotráfico e a corrupção.

Infelizmente, a fragilidade interna vivida no cargo pelo presidente paraguaio — que enfrentava desde o início de seu mandado forte resistência às reformas sociais que tentava implementar e quase nenhuma sustentação política — impediu que a reação popular nas ruas tivesse forças para barrar o golpe em curso. A delegação de chanceleres da União das Nações da América do Sul (Unasul), enviada à capital paraguaia para tentar dissuadir os conspiradores, esforçou-se em interromper o levante, mas não encontrou nenhum interesse de diálogo.

A contestação da legitimidade do governo de Federico Franco — o vice-presidente que, "de bom grado", assumiu o poder — e as sanções diplomáticas que começam a ser impostas são as formas de resistência adotadas pelos países latino-americanos.

A suspensão da participação do Paraguai na Unasul e no Mercosul aguarda apenas ser ratificada. Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina, Uruguai, Peru, Brasil e Chile retiraram ou chamaram para consulta seus embaixadores em Assunção. El Salvador não reconheceu o novo presidente paraguaio e propôs que os países membros do Sistema de Integração Centroamericano (SICA) façam o mesmo. Sanções de limitação de comércio, como a interrupção do envio de petróleo anunciado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, começam a acontecer.

Essas medidas são respostas à flagrante violação da ordem constitucional. O protocolo da Unasul prevê não só a suspensão do país que teve ruptura democrática do bloco, mas também o fechamento parcial ou total das fronteiras terrestres com o Estado afetado e a suspensão ou limitação do comércio, transporte aéreo e marítimo, fornecimento de energia, serviços e abastecimento. Mas não podemos nos esquecer de que restrições econômicas trazem graves repercussões para o povo paraguaio e não podemos castigá-lo ainda mais. Os cahanceleres dos países do Mercosul já sinalizaram que promoverão a suspensão do país do bloco, sem entretanto aplicar sanções econômicas.

Por outro lado, países como Alemanha, Espanha, EUA e Canadá estão classificando como "normal" o golpe e reconhecendo a legitimidade do novo governo paraguaio, talvez porque estejam a salvo dos reflexos mais diretos dessa situação, diferentemente do que acontece com os países da América Latina.

Para o nosso continente, não são apenas as implicações diplomáticas e econômicas que nos obrigam a redobrar a atenção quando governos democraticamente constituídos sofrem uma interrupção abrupta como a do Paraguai. Não podemos deixar o episódio passar sem uma resposta à altura porque, além de ser inaceitável, a ruptura democrática em um país vizinho e irmão constitui-se uma ameaça. Sabemos bem os riscos que enfrentaremos ao deixarmos uma lacuna nessa questão.

As reações favoráveis ao golpe de setores políticos conservadores no Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Venezuela, bem como o tom de apoio adotado por boa parte da grande imprensa desses países, são reveladoras. Acusações sem prova, como as que alijaram Lugo da Presidência, são usualmente utilizadas no discurso da oposição e da mídia latino-americanas. Bolívia, Equador e Venezuela, de formas distintas, foram vítimas de tentativas golpistas recentes, as quais, felizmente, não vingaram.

Uma postura incisiva, portanto, é crucial para impedir novos intentos antidemocráticos na América Latina. Não podemos ser coniventes com o que está acontecendo no Paraguai, sob o risco de que episódios semelhantes se alastrem pelo continente. A luta tão sacrificada dos povos latino-americanos pela conquista da democracia não pode ser pisoteada dessa forma.

José Dirceu, advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT


Wikileaks: Golpistas do Paraguai estão envolvidos com o narcotráfico e lavagem de dinheiro

Ontem o Senado paraguaio aprovou em poucas horas um dos maiores golpes de Estado na América Latina dos últimos tempos. Talvez este veja maior até do que sofrido por Hugo Chávez em 2002, quando os conversadores da Venezuela uniram forças com a RCTV, CIA e o governo da Espanha [1] para dar um golpe em um governo eleito democraticamente (lembre-se que não é questão de gostar ou não de Chávez). Maior pois agora o Golpe de Estado está disfarçado, fazendo os mais desavisados ou os ingênuos pensarem que tudo foi feito dentro de um contexto político “justo” e dentro da legalidade. O que não foi, claro.

Em um impeachment relâmpago, de 48 horas (quando a própria Legislação Paraguaia fala em um tempo de 18 dias para preparar a defesa), Fernando Lugo foi deposto por má gestão em seu governo. O estopim da crise deu-se na reintegração de terras de um empresário famoso por participar da ditadura paraguaia, ocupadas e reivindicadas por trabalhadores rurais sem terras. Na retirada forçada pela polícia, 17 pessoas morreram no conflito entre camponeses e policiais.

Fernando Lugo. Deposto por um “Golpe Branco”

No país onde 80% das terras férteis estão nas mãos de 2%, falar em reforma agrária é muito delicado. Fazer reformas sociais, como Lugo estava fazendo, para desconcentrar renda, e retirar privilégios de algumas forças, é pior ainda. O resultado vimos agora. Mexeu com a elite, golpe na certa. Nem mesmo a Igreja Católica, igreja no qual Lugo fazia parte como Bispo, não o apoiou – seria medo da Teoria da Libertação [2] na qual Lugo sempre defendeu?

Países como Venezuela, Chile, Bolívia, Equador, Argentina, República Dominicana, Nicarágua e Brasil e a UNASUL (União das Nações Sul-americanas) criticaram o Golpe de Estado. No entanto, um dos primeiros a apoiar publicamente o Golpe foi, como sempre, os Estados Unidos da América.

Estranhamente os EUA sabiam muito sobre os golpistas paraguaios. De acordo com documentos vazados pelo Wikileaks, os EUA sabiam do envolvimento do articulador do Golpe contra Fernando Lugo. Mas obviamente, melhor um governo das tradicionais oligarquias e envolvido com o narcotráfico do que um que segue uma linha de independência à Washington.

Horacio Cartes, pecuarista, empresário, líder do Partido Colorado e já pré-candidato à presidência do país, está envolvido, de acordo com investigações do DEA, com o narcotráfico. O esquema de drogas e lavagem de dinheiro envolvia inclusive o Banco Amambay, no qual Horacio Cartes é acionista.

Horacio Cartes, mentor do Golpe de Estado contra Fernando Lugo / Paraguay.com – El Trece

Depois do duro Golpe à democracia, Fernando Lugo pode voltar ainda mais forte nas eleições de 2013. A Constituição do Paraguai não retira direitos políticos de cassados. No entanto ainda não se sabe se Lugo voltará e enfrentará os Golpistas.

ATUALIZAÇÃO (24 JUN 21h20):

EUA já sabiam que opositores de Lugo planejavam Golpe de Estado desde 2009. Por Brasil247:

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/66317/Em-2009-EUA-j%C3%A1-previam-golpe-no-Paraguai.htm

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Marlene Senna


É UM ALENTO SE ASSIM FOR... ARTIGO DO BLOG "OS AMIGOS DO PRESIDENTE LULA"... POR ZÉ AUGUSTO!


Lugo: quem ri por último, rirá melhor? . Causou perplexidade a forma como o presidente Lugo jogou a toalha, acatando seu impeachment, em golpe sumário, de forma até surpreendente pela falta de reação mais contundente. Chegou a sair com um sorriso do Palácio, coisa estranha para quem acabara de levar um golpe.

Ele poderia ter feito um escândalo na imprensa internacional, como fez Zelaya em Honduras, mas ficou voltado para o Paraguai. Poderia não ter enviado advogado para fazer sua defesa ao Senado para não legitimar o julgamento de impeachment. Poderia ter convocado de própria voz o povo nas ruas. Não Fez nada disso.

Seria excesso de aprendizado cristão, ao oferecer a outra face após ser esbofeteado por dezenas de senadores e deputados?

Não. Ouvindo suas palavras no dia seguinte, nota-se que ele tem uma estratégia política.

É preciso entender a realidade do Paraguai, para tentar compreender os movimentos do presidente deposto.

Lugo foi eleito com uma coligação ampla, para vencer o partido colorado que estava no poder há décadas.

Ele, como o "bispo dos pobres", militante pela inclusão social. Mas o Parlamento eleito, inclusive com seus ex-aliados, era todo conservador e ele não conseguia governabilidade para fazer reformas populares. Mesmo na presidência, e com "vontade política", não conseguia fazer um governo progressista. E ainda por cima, toda vez que não mandava baixar o porrete em movimentos sociais, era ameaçado de impeachment, até que aconteceu.

É improvável que Lugo tenha provocado seu próprio impeachment, mas a partir de certo ponto ele parece ter resolvido fazer do limão, a limonada. Em vez de passar 5 anos como um leão sem dentes na presidência, e passar a faixa devendo promessas que não teria como cumprir, preferiu expor seus adversários como seus algozes, e jogar o ônus de um governo travado pelo Congresso a quem de direito.

Lugo foi derrubado da presidência aceitando o "processo legal", logo ninguém pode prendê-lo, nem persegui-lo. Por isso, ele já é o líder da oposição em campanha eleitoral que ocorrerá daqui a 10 meses. Em vez de ser vidraça por fazer um governo travado, voltou a ser estilingue contra o partido colorado (e seus ex-aliados, de seu vice, que viraram a casaca para o lado da oposição)

Parece que candidato a presidente, Lugo não pode ser nas próximas eleições, mas no sábado disse pensar em ser candidato ao senado.

No Paraguai o voto é em lista. Lugo puxando a lista elegerá uma grande bancada, e seu partido ainda terá grande chance de fazer o presidente, afinal o mesmo discurso de mudança que o elegeu em 2008, continua atual, já que ele foi impedido.

E os atuais adversários ainda irão para o pleito com a pecha de golpistas pendurada no pescoço.

Se não der errado, a coligação de esquerda de Lugo recupera a presidência em 2013 e com uma nova correlação de forças no parlamento muito mais favorável.

O Brasil é o país mais importante para o Paraguai, por suas relações econômicas e fronteiriças. O grande desafio do governo Dilma é rebater a jurisprudência do golpe de estado "constitucional" criado.

Mais um precedente, além do que houve em Honduras, não é nada bom para américa latina. Mas também é preciso calibrar a dose ministrada de sanções, para não causar retrocesso maior no Paraguai. O vice já será um governo fraco, e se cair no caos, poderá emergir algo como um golpe pior de algum aventureiro, nos moldes dos golpes dentro do golpe do século passado, patrocinado por países imperialistas.

Ao que tudo indica, o grande desafio no Paraguai para as forças políticas progressistas latino-americanas e solidárias será fortalecer o projeto oposicionista de Lugo e enfraquecer o governo golpista de Frederico Franco, até as próximas eleições.

Em tempo: há quem reclame outro caminho, como o da rebelião popular, mas é preciso entender que não existe mobilização suficiente para isso lá, como foi visto desde sexta-feira. O que parece haver é o desejo de mudança da maioria pobre e da classe média progressista, mas silenciosa, que se manifesta nas urnas. Portanto o caminho pacífico da política escolhido por Lugo ainda é o melhor remédio, por enquanto.

Leia também: - Paraguai: Dessa vez a crise é nossa; os yankees apenas assistem de camarote . http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/06/lugo-quem-ri-por-ultimo-rira-melhor.html

EUA, rapidamente, oficializam golpe de Estado ao reconhecer queda de Lugo Conexões Epistemológicas

C.A. Duarte Ramos - cesar.augusto@dr.com

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A fulminante primavera paraguaia

       Houve um tempo em que o companheiro Hugo Chávez estava sozinho. Quem imaginava, há dez anos, o nosso querido Evo Morales ser presidente? Quem imaginava que um bispo da Teologia da Libertação fosse Presidente do Paraguai? SR. DA SILVA , Presidente do Brasil. Folha de São Paulo, 17/12/2008 
       O governo brasileiro vai falar grosso em Assunção
        Mas o que é isso? A presidenta é do Brasil, ou da América do Sul? Nenhum imperialista teve tanta petulância. 
           Se Lugo não tivesse lá suas cores de 'bolivariano', seus pés não fossem fincados na esquerda e não fosse ele visto como 'progressista' e amigo do lulo-petismo, o Itamaraty esboçaria posição tão dura? Pergunto de outra forma: por que o Itamaraty, ou setores do governo brasileiro, nunca trataram como 'golpe' os diversos golpes efetivamente praticados contra a democracia pelo ditador da Venezuela, Hugo Chávez, amigão do lulalato? Ou seja, agir contra um presidente 'bolivariano', como faz o Congresso paraguaio, ainda que dentro da Constituição do Paraguai, seria “golpe”. Paraguai e Venezuela: Brasil usa dois pesos e duas medidas
       Enquanto as suítes cariocas recebiam caixas e caixas de champagne para o formidável festejo de despedida da colorida Rio+20, o Exército proibi voos de asa-delta em todo o espaço aéreo da cidade durante a Rio+20.
       Com segurança não se brinca, dizem. e o pessoal programava sua vez em Brasília Vida mansa o Paraguai dava conta ao mundo para cair na real. Mais uma vez  tremeram os muy amigos. 
       Unasul se reúne com oposição em busca de apoio a Lugo  
       O senil imperador do Senado  ameaça até com que não lhe pertence:   
           O Brasil deve defender os princípios que ele tem e que foram colocados quando, com a Argentina, estabelecemos o Mercosul. Depois, esses princípios foram repetidos na Unasul [União das Nações Sul-Americanas]. Tanto é verdade que, quando fundamos o Mercosul, não admitimos o Paraguai porque [lá] havia um regime não democrático, presidido pelo general Stroessner. (José Sarney)
       Logo este, que serviu à ditadura durante a vida inteira, para ao cabo bandear-se aos mais ferrenhos inimigos?  
           A ordem é aumentar o protecionismo – decisão já tomada para a próxima reunião de cúpula do Mercosul, marcada para os dias 26 a 28 de junho em Mendoza. O governo brasileiro admite elevar as tarifas de 200 produtos. As autoridades argentinas têm defendido uma lista de 400. O Plano Brasil Menor 
       Apelar às deterioradas relações sociais, comerciais e diplomáticas com a Argentina, a um passo da eternidade? Sindicatos argentinos convocam greves  Paraguai agradece. O estrago das barreiras argentinas
       Dilma: Impeachment pode levar a sanções  Quais? Só de medo da ameaça da governanta brasileira o Congresso Paraguaio retificaria o veredicto que lhe pertence? Nossa delegação quer puxar nova guerra? Ou repetir o fiasco cometido em Honduras? 
           Informaram-nos que o presidente Zelaya estava nas imediações, nos perguntaram se podia vir à embaixada e demos a ele autorização. (Celso Amorim, chanceler de bolso da Fraternidade Bolivariana, ao informar na ONU que nem sabia que o companheiro golpista estava em Honduras, procurando acumular pontos com os patrões cucarachas para garantir um emprego perto do Brasil quando perder a boca no Itamaraty. (Augusto Nunes, Veja, 21/9/2009)
       "A deposição de Zelaya foi aprovada por suas 'repetidas violações da Constituição e da lei' e por 'seu desrespeito às ordens e decisões das instituições'." (Reuters, 29/6/2009)  "O governo brasileiro está se inserindo em um cenário político que não lhe diz respeito." (R. RIÚUPERO, Terra, 22/9/2009)
           O governo brasileiro transformou a embaixada do Brasil em um palanque para um golpe contra uma democracia latino americana. Celso Amorim deu margem a que Honduras rompa relações diplomáticas com o Brasil, estabeleça um período de horas para a saída dos diplomatas brasileiros do território hondurenho, invada a ex embaixada e prenda o caudilho Zelaya. O governo Lula por suas ações demonstra todo o seu repúdio aos governos democráticos e constitucionais. www.brasillivreedemocrata.blogspot.com - 21/9/2009 
       "O que ocorreu em Honduras é uma questão que não ameaça a paz nem a segurança internacionais. Em consequência não deveria haver uma intromissão nem de países nem de Governos nem de organizações internacionais." (LÓPEZ, Carlos, ministro de Relações Exteriores de Honduras.) 
       A pouco tivemos o contrato pelo uso da binacional Itaipú reajustado em salto alto, forma unilateral, arbitrária, claro, mas com o beija-mão brasileiro. A britânica The Economist ironiza nossa "política" externa, calcada numa "harmonia ilusória" da região: "A promessa de Lula de ser generoso com os vizinhos menores não é recíproca' diz a revista, em tom de blague, lembrando a inércia do Brasil diante do esbulho causado pela Bolívia à Petrobrás, do calote do micro Equador, e do affaire com novo Tratado de Itaipu,. requerido pelos tradicionais falsários paraguaios." 
       Dois jornalistas brasileiros foram assassinados pela plêiade que o Brasil defende. Em nosso país a prática solução tem sido adotada de modo banal. Cinco PMs são executados em menos de uma semana na Grande São Paulo
       Por conta e risco ambos profissionais colhiam dados em terras paraguaias.  Nosso  Estado se pôs letárgico. Muitos brasileiros residem em Curuguaty, a 250 quilômetros da capital Assunção. Na região se originou o conflito para matar policiais e trabalhadores-sem-terra, no último dia 15. 
           Se o governo se exceder ou abusar da autoridade explicitamente outorgada pelo contrato político torna-se tirânico e o povo tem então o direito de dissolvê-lo ou se rebelar contra ele e derrubá-lo.  
           LOCKE, J., Second treatise of civil government: 184 
       Na quase unanimidade de sua assembléia, o povo exige impeachment do falsário que elegera. Fazendeiros apoiam impeachment de Lugo e cancelam "tratoraço" Quem pode identificar, de antemão, um vigarista? Pois o vigário ficou incólume por grande período. Ao reutilizar o argumento do fuzil, (dispositivo policial-militar da ditadura ainda é preservado no país) o "eclesiástico" pai de vários filhos lavrou o costumeiro epílogo reservado aos astros de Maquiavel. No way. 
       Brasil condena impeachment de Lugo e convoca embaixador
       Provável ordem de encerramento antecipado das medíocres performances:
       Indígena Evo Morales - Bolívia
       Viúva do ex-presidente  Nestor Kirchner, a presidente senhora K, Argentina.
       Coronel Hugo Cháves, Venezuela.
       Ex-guerrilheira Dilma Rousseauf, Brasil.
       Dr. Rafael Vicente Correa Delgado, Equador.

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E os caças franceses?

       Uma das maiores preocupações de alguém que já foi preso é não voltar ao logradouro, ainda mais se torturado.Militares e SNI vigiaram Lula durante 15 anos Este era o maior desafio. Como quem rouba Seria o povo fortaleza para  avião-de-caça revoltado?
       Os ex-guerrilheiros vieram com tática perfeita, sem puxar do bolso um tostão. Dispunham da seta ao coração da Europa. Recentemente trouxera notícias o colosso dos sete mares de Iracema, por lá arreglado. Brasil era bom parceiro de negócio. 
       O acúmulo dos bilhões ventilados levava a certeza do mais tranquilo retorno. Centenas de gordos canarinhos aterrisaram na Cidade-Luz metidos de pato a ganso. Brilharam mais do que ela. Quantas notas a maior, quantas estadias nos melhores hotéis europeus, quanta comemoração. Paris voltava  a ser festa! Os mais caros restaurantes, todos com cadeiras viradas para cima, agora encomendavam pilhas e pilhas de guardanapos aos insanos gastões. Mostrando estufada cartucheira, nosso líder indagou onde poderia adquirir um monte de caças de última geração.  
       O guardião de Carla Bruni enfrentava sérios protestos populares pelo infausto rumo que imprimia. Resolveu dar um pulo no Brasil. Queria se beliscar para ver se era verdade que ia reverter sua precária situação.  Nossos players apresentaram aos olhos franceses todo conforto ao distinto casal instalado na praia mais reservada do patropi. Sarkozy voltou a l'Éslisée coberto de flores. 
       A novela da compra se prolongou pelos mandatos, sem encerramento. Mercê da crise industrial implantada no Brasil, Zé Carioca já não pode mais embarcar com mala cheia. Crise mundial derruba arrecadação e ameaça contas do governo
       Com a enrolação do negócio, a França, que já desconfiava, defenestrou seu tratante. Parece ter trocado seis por meia dúzia, mas no salão há outro cardápio: em vez de pato ao molho pardo, o garçon  vem com prato da casa, o velho galo.. Melhor para o antigo fornecedor, o ex-piloto Abílio Diniz, na pole-position:  Grupo francês Casino assume nesta sexta-feira controle do Pão de Açúcar
       PORQUE LULA ESCOLHEU OS CAÇAS FRANCES. 

Caça francês Rafale é 'grande mico', afirma analista | Poder Aéreo ...

Dilma não vai comprar os caças franceses

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

A um passo da insanidade

        Ao transformar a solenidade na Câmara de Vereadores que o homenageou com o título de cidadão paulistano em caixa de ressonância de sua insensatez, reafirmando que o mensalão nunca existiu e que tudo foi um ardil patrocinado pela imprensa e pelas zelites, Lula sabia que embarcara numa aventura perigosa e sem volta. Derrotado pelo ego, Lula deixou-se vencer também pela raiva 
       Inúmeros tapes e piadas demonstravam o hábito pouco recomendável que mantinha o ex-presidente Lula. O metalúrgico sindical  passou boa parte da vida afogando mágoas e alegrias em copos de bebida alcoólica,  acentuada em baixa qualidade. Talvez não lhe fosse advertido do risco que corria. Alguns escapam da cirrose, mas raros das sequelas que a aguardente intermitente provoca. A malvada deteriora não só o corpo, mas principalmente a mente, enfraquecida até pelos olhos. Que esquizofrenia não advém de um mundo duplo? 
           Quando eu desencarnar da presidência, vou resgatar essa questão do mensalão no Brasil com profundidade. Presidente do Brasil, senhor L. da Silva, ao sair do chat que participou em 24/11/2011 junto a Renato Rovai, articulador do encontro, José Augusto Duarte, do blog Os Amigos do Presidente Lula, Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, entre outros.  
       Lula vive dramáticos momentos. De antemão conhecia todos os meandros do que diz querer resgatar. Basta apenas dizer a verdade, e aguentar as consequências. Certamente não lhe seriam tão fatais quanto foram suas leviandades. Seu antecessor lhe ensinara. O audaz líder do chão-de-fábrica apenas estradulou,. Ao descer a rampa do Planalto, deu de cara com a fatídica doença. Parecia estar lhe aguardando na rua, para lhe pegar sozinho. Ao cabo de seu governo de fugas e mais fugas,  ela  iria comprometer seu maior instrumento, e muito mais do que isso: além de debilitá-lo de ponto a ponto, no leito do quarto escuro, onde se esconde sua consciência,  Aflora uma sensibilidade exacerbada. Qualquer botão de rosa desencadeia uma fantástica alegria; a mínima ofensa é capaz de prostrar como um soco de Mike Tyson. Esta seria preferível: "Tem um sentido grandioso de autoimportância, exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem justificativa." Primeiro item da descrição da patologia do narcisismo, no DSM, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
       A solidão é a pior companheira. No meio da noite Lula sentiu-se arrastado pelas gélidas e trêmulas mãos da Eternidade. Invoca-se por Deus mas sabe-se que ele é cruel: por Ele, todos devemos morrer. Nesta dramática ária muitos procedem violenta guinada no curso de suas vidas, readequando suas filosofias ao melhor discernimento espiritual. Por tão fixado no vil metal gentil que se partia, Lula recrudesceu na ilusão. O excepcional tratamento médico lhe colocou de pé, em tempo record. Lula dissera que não se mataria, como Getúlio Vargas, e nem fugiria, como Jango.  Ora novamente viu-se imortal, de instrumento recondicionado. 
           Nem nos episódicos dias em que esteve detido, ainda no governo militar, ele soube se haver com decência. O estupro, real ou tentado, de um jovem que compartilhava com ele a prisão ─ o notório caso do “menino do MEP” ─ não foi esquecido pelos homens de bem. O sátiro predador de viuvinhas de sindicato não tinha pejo de se lançar contra qualquer pessoa que lhe acicatasse a libido, em crua e extremada falta de limites e de respeito às interdições sociais. É uma psicologia barata, a que povoa o imaginário de Luiz Inácio da Silva.) O vilão e o bastão’
       O Mensalão falhou na reserva do aposento da ONU, mas o salvado convalescente agora podia voltar a pensar na maravilha da vida. Recebera milhares de manifestações nacionais e internacionais (exceto a Chàvez, Cristina e Castro, e mais um iraniano,  a  ninguém mais não respondeu.) Todos compreenderiam. Ele era o chefe de 200 milhões de alegres pessoas. Todos aguardavam o milagre sonegado a  Tancredo. Uma tribo dessa envergadura merece contrair toda atenção. Confiante, Lula levantou, colocou chapéu de gangster e se mandou a camperear em busca dos interinos deixados a sós. Onde estavam elês? Aos poucos, como outono,  eles vem sendo pilhados em flagrante delito, e daí defenestrados dos ministérios, apesar do excepcional esforço protelatório da fiel governanta. Em governo federal mal-feitos bem feitos podem ser bem acatados, mas foram feitos mal-feitos. Como tolerar novas  trapalhadas de mensalão, fortes para alijarem os graduados que lhe prestavam conforto? Quo vadis? A companheirada que se reúna, para ver sua recuperação e devolver-lhe o chicote  Lula se dava conta que perdera o alcance nacional. Quem lhe pagaria as viagens, agora? Junto com a perda das forças corporais, Lula ficou desprovido da formidável mordomia que fazia jus. Não há mais AeroLula. A paradisíaca base de férias tem outro inquilino. A guarda nacional bate continência à Brasília. Lula não tinha mais nada disso. A coisa é muito séria. Nada mais lhe pertencia. As obras da Copa patinam na lama. A popularidade mundial de Guinness já era. Na sensação de abandono não há mais conforto nem mais na 51. Somente lhe sobrava este contingente doméstico, que com tanta generosidade feita com chapéu alheio mantinha ao seu redor. 
       O Brasil tomava ciência que iria se iniciava mais um lamentável epílogo. Nem todos se suicidam, porque assassinados; e nem todos fogem, porque significaria suicídio.  Porém, a  História Geral também dá conta de notáveis governantes que enlouqueceram, simplesmente, 
       Lula não hesitou se mostrar na frente das câmeras negociante dono do mais vil escrúpulo, comprando minutos e dando sua história, sua imagem, e o povo que por tanto tampo representa em pagamento ao maior vigarista que já apareceu no Brasil, querido pela Interpol. A insanidade se mostra agravada porque empenhada em migalha, mísera eleição de prefeitura. O que faz uma prefeitura?  Administra a cidade. Lula não mora na cidade. Lula está fora da realidade. Lula se dispôs a prestigiar o programa mais idiota da televisão, em cadeia de rede nacional, a se explicar sobre sei-lá o quê, nem para quem.
       A honra de sua elevada posição ora aparece tanto a seus próprios olhos quanto aos demais corrompida e maculada pela baixeza dos meios pelos quais ascendeu e manteve a cidadela.Tal qual predisse Adam Smith, um daqueles tradicionais olhos azuis hostilizados pelo apedeuta, a carência de altivez foi o que menos menos lhe preocupou. Para alcançar o invejado status que supos de qualquer modo glorioso, não titubeiou em abandonar a trilha da virtude, se é que por algum momento nela colocou suas patas. O covarde age à traição. Vale-se de ordinárias fraudes, vulgares falsidades. Mistura-se na multidão de corregilionários para perpetrar sua má intenção. Vale qualquer recurso para superar ou liquidar o virtual opositor. Enganou-se redondamente em buscar dessa forma o esplendor. Somente colhe o fracasso, ao invés do êxito que desesperadamente almeja.  A honra de sua elevada posição aparece tanto a seus próprios olhos quanto aos demais, corrompida e maculada pela baixeza dos meios pelos quais ascendeu e manteve sua cidadela. . Devo ter cuidado com quem não gosta de mim, afirma Lula  Como rato, procura alguma sombra para esconder sua pouca vergonha, mas lembra-se do que fez, e essa lembrança lhe diz que outros também lembram. Sequer seu bunker informativo pode mais suportá-lo. Aliança com Maluf é 'preço alto', diz Erundina
       Afastado o suicídio, a fuga, e mesmo a remota ordem de prisão, o que lhe resta de melhor senão que voltar a um hospital?

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

A boa idéia da governança mundial

        A crise serviu para acabar com a histeria ideológica que dizia que o Estado não presta... nos fez perceber que é imprescindível que o setor privado seja competente, mas que é imprescindível que o Estado exista.' Lula da Silva, Estadão, 20/10/2009 
       A intervenção deve-se dar de maneira mais ou menos permanente, sob a forma de uma política de manipulação monetária com o objetivo de atuar sobre três elementos variáveis, acima indicados, elementos esses dos quais depende o volume de emprego e da produção. CUNLIFFE, Marcus, The Intellectuals in the USA: 29; cit. LIPSET, Seymour Martin: 357 
   Sou avesso à governantas. Elas soem agir a mando de alguém, não da gente. Lula se encontra com novo presidente francês Ademais pressuponho que ninguém deva possuir a prerrogativa de governar quem quer que seja. Dado à emergência, todavia, admito ser interessante um Estado Mundial. A eleição de um dirigente político internacional me parece oportuna, até para dirimir tantas controvérsias e enganos cometidos em cascata pelo mundo afora. Como vivemos em democracias, portanto sujeitos ao legítimo pleito universal, viriam candidatos de todos os quadrantes do globo. Talvez atraísse até os marcianos, sempre escondidos esses gaiatos.
   Poderíamos equacionar a contenda  por regiões do planeta, nos moldes futebolísticos. O turno  latino-americano definiria nosso representante. Às finais, os mais capazes mosqueteiros: Brasil, Argentina, Venezuela, e Cuba.  Na telinha, em horário nobre, apreciaríamos dona Dilma, senhora K, Chávez, e qualquer Castro. O povo se manifestaria pela internet, pelos órgãos de pesquisa, por rádio, recados ou boca-à_boca. Como todos são medíocres, ainda mais uniformizados em paupérrimo prêt-à-porter, qualquer um que vá dá no mesmo. Esta eleição parece já ter sido realizada, contudo. Alguém escolheu Dilma, e todos parecem concordes. Ela é a porta-voz do BRICS - o fantástico quinteto que assombra o mundo com a velozidade de seu crescimento, cuja inicial tem precisamente o nome do Brasil. Qual latinoamericano desdenharia tamanho galardão?
   Dona Dilma já se arvora em campanha para dominar mundo todo. Se esmagamos qualquer oposição no Brasil, na América Latina inteira, esmagaremos a Europa Ocidental, e depois a Oriental.
       Vocês lembram que o Nelson Rodrigues tinha um personagem chamado Sobrenatural de Almeida? Pois eu acho que tem um personagem, e ele é internacional, chamado Inexorável da Silveira. Não se pode ocultar a realidade. São problemas que decorrem do fato de terem uma moeda e não terem um ente que sustente essa união monetária. Você tem uma união monetária e não tem Estado, nem um Banco Central com as funções que qualquer Banco Central nacional tem, que é de ser emprestador em última instância. O que nós esperamos é que sejam tomadas medidas no tempo certo, e o tempo certo não é a gente que impõe, são as necessidades das populações, e isso é uma questão política, e do mercado, que é uma questão financeira. No G20, Dilma cita Nelson Rodrigues ao falar sobre crise - BBC
   Qual conduta do Banco Central pleiteado?  A mesma pela qual foi criado, na década fascista. Não conheço de nenhuma economia que se desenvolva à base de "empréstimos" - conselho felizmente seguido pela maioria, desde a mais tenra idade. Os europeus, por anciões, recordam os custos dessas emergências.
       O que agora excita... é o efeito, considerado desastroso, das políticas keynesianas adotadas pelos Estados econômica e politicamente mais avançados, especialmente sob o impulso dos partidos social-democráticos ou trabalhistas. Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante  BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia: 132 
   "Quando há uma queda no PIB como neste ano e também desonerações, que já chegaram a R$ 15 bilhões, é natural que a arrecadação caia", disse o Ministro da Fazenda Guido Mantega, após o lançamento da 9ª edição do 'Anuário Valor 1.000'. Os europeus há muito sabem também que não é o mercado financeiro que planta, fabrica, presta serviços, tem efetiva participação social, mas sim os que labutam diretamente para alavancar o PIB. E quem faz qualquer trabalho que não seja meramente alcançar uma nota de Euro, dá valor ao trabalho e não à manipulação financeira. Alertada à gafe, S.Exa tenta trocar o slogan:
       'O que o Brasil quer é que os países assumam a responsabilidade de resolver os desequilíbrios do comércio global, que, apesar dos compromissos, vive uma onda protecionista por trás do 'biombo da crise internacional'. Para a presidente, a prorrogação do standstill, na prática, estende barreiras levantadas durante as turbulências e impede o livre comércio, com consequências para países como o Brasil. É óbvio que há muita resistência à reabertura da Rodada de Doha. O que se prefere é o free lunch, o almoço grátis. O café da manhã, o jantar, pode colocar a refeição que for, o importante é que seja grátis.'  Para a presidente, os desequilíbrios do comércio internacional são amplamente conhecidos - subsídios agrícolas excessivos, altas tarifas industriais, falta de critérios no setor de serviços - e é hora de as nações sentarem à mesa de negociações para oferecer soluções e promover um sistema justo, com regras claras, em que países não se aproveitem de brechas e falta de regulações para levantar barreiras. O acordo foi de rechaçar o protecionismo e esticar por um ano o standstill, preservar o estado atual das coisas até 2014. Houve resistência, mas o importante é a postura. Todos manifestaram a importância do poder do comércio para gerar empregos e crescimento. Brasil é derrotado na proposta de retomar a rodada de Doha
   G20 termina devolvendo crise do euro para Europa  Ela prefere observar os ensinamentos do mentor da moderna democracia: "O principal exercício da liberdade é resistir (to stand still), abrir os olhos, olhar em torno, e examinar a conseqüência do que faremos, tanto quanto o peso que o assunto exija."(JOHN LOCKE)
               Quando comprar e vender é controlado por legislações, as primeiras coisas que são compradas e vendidas são os legisladores. 
               P. J. O'ROUKE  
   Com único torpedo lá se foram as boas intenções da destemida cruzadora:
       Os europeus consideraram o slogan do Bolsa-Família Européia — Mundo rico é o mundo dos BRICs —   uma mensagem 'imperialista' e 'draconiana'. A conjuntura dos emergentes transforma-se e abre janelas ao desenvolvimento, mas essas janelas parecem estar viradas para o quintal dos fundos. Empoderamento desenvolvimentista 
    E quanto ao glamour de condenar o protecionismo?
       O protecionismo não se resume a aumento de tarifas ou controle de importações. Ele inclui qualquer tipo de intervenção governamental que afete artificialmente o mercado em favor de empresas domésticas. Os pacotes de estímulo e os vultosos empréstimos governamentais são também medidas de proteção. Eles melhoram condições de competição das empresas beneficiadas, tanto no mercado doméstico quanto em terceiros mercados. Quanto mais forte o Tesouro, maior será o impacto comercial. AZEVÊDO, Roberto, http://desempregozero.org/2009/02/16/chefe-da-delegacao-brasileira-na-omc-denuncia-protecionismo-sofisticado-o-nacionalismo-esta-a-um-passo-da-xenofobia-isso-so-aprofunda-a-crise/ 
       O melhor propulsor de paz entre as nações é a liberdade econômica. Os horrores do século 20 estão fortemente conectados ao protecionismo. Ele coloca os países uns contra os outros e substitui a amizade e o comércio por hostilidade e guerra. Já a globalização reforça o estado de direito e a democracia. Nações que adotaram o livre comércio tiveram aumentos na renda per capita, na expectativa de vida, na educação, na saúde. A liberdade para o comércio é o caminho para a prosperidade. PALMER, Tom, Guerra ao protecionismo, in revista Exame, 10/7/2008 
       China, Rússia, Brasil e Índia mantêm políticas Buy National, que restringem significativamente a participação das empresas dos EUA nas suas aquisições. Os Estados Unidos não têm obrigação de deixar nenhum país participar nas compras governamentais a não ser que esse país tenha concordado em permitir acesso recíproco e justo para os fornecedores americanos nas aquisições deles. RON KURK, Secretário de Comércio Exterior; Folha, 13/3/2009
       Estamos sofrendo a intolerável concorrência de um rival estrangeiro que, ao que parece, se beneficia de condições muito superiores às nossas para a produção de luz, com a qual ele inunda completamente o nosso mercado nacional a um preço fabulosamente baixo. No momento em que ele surge, as nossas vendas cessam, todos os consumidores recorrem a ele, e um ramo da indústria francesa, cujas ramificações são inumeráveis, é subitamente atingido pela mais completa estagnação. Este rival, que vem a ser ninguém menos que o sol, faz-nos uma concorrência tão impiedosa, que suspeitamos ser incitado pela pérfida Inglaterra (boa diplomacia nos tempos que correm!), visto que tem por aquela esnobe ilha uma condescendência que se dispensa de ter para conosco. Pedimos-vos encarecidamente, pois, a gentileza de criardes uma lei que ordene o fechamento de todas as janelas, clarabóias, frestas, gelosias, portadas, cortinas, persianas, postigos e olhos-de-boi; numa palavra, de todas as aberturas, buracos, fendas e fissuras pelas quais a luz do sol tem o costume de penetrar nas casas, para prejuízo das meritórias indústrias de que nos orgulhamos de ter dotado o país - um país que, por gratidão, não poderia abandonar-nos hoje a uma luta tão desigual. BASTIAT, Frédéric  
   A genialidade hoje apresenta mais um absurdo: Governo pagará mais por sapatos e roupas nacionais. Como o governo nada produz, ele extorque toda a produção  para pagar a exorbitância que lhe agrada cumprir. Francamente, essa nunca tinha visto. Nos pampas  dir-se-ia "Cosa de lõco, tchê!"
   Protecionismo brasileiro preocupa América Latina Prática é o pior inimigo para as economias da região, afirma diretor do FMI  Brasil cai seis postos em ranking global de competitividade.
   União Europeia acusa governo brasileiro de subsidiar indústria 
   Protecionismo… contra brasileiros - Alexandre Barros critica o aumento de impostos  O imposto cobrado pelo automóvel asiático, por exemplo, torna-lhe pelo triplo do preço. Outros produtos sequer com custos alfandegários é permitido o ingresso!
       O resultado final é que o protecionismo não é apenas uma tolice, mas uma tolice perigosa, destruidora de toda a prosperidade econômica. Nós não somos, e creio que nunca fomos, um mundo de fazendeiros auto-suficientes. A economia de mercado é uma vasta rede entrelaçada pelo mundo afora, na qual cada indivíduo, cada região, cada país, produz aquilo que ele faz melhor, com maior eficiência relativa, e então troca esse produto pelos bens e serviços de outros. Sem a divisão do trabalho e o comércio baseado nessa divisão, o mundo inteiro iria passar fome. Restrições coercivas nas trocas - tais como o protecionismo - mutilam, dificultam e destroem o comércio, que é a fonte de vida e prosperidade. O protecionismo é simplesmente um pretexto para que consumidores, bem como a prosperidade geral, sejam prejudicados apenas para garantir privilégios especiais e permanentes para um grupo menos eficiente de produtores, às custas de empresas mais competentes e às custas dos próprios consumidores. Mas é também um tipo de salva-guarda peculiarmente destruidor, porque ele permanentemente amarra o comércio, sob o manto do patriotismo. ROTHBARD, M.  www.mises.org.br..
   "A presidente da República está longe de ser a única a dar aulas de “boa governança”, como se diz hoje, aos países ricos – e só a eles, claro, porque dar conselho a país pobre não tem graça nenhuma. O que há em comum entre eles é que pouco ou nada de útil resulta de todo o seu palavrório pelo mundo afora". ‘Aulas para o mundo’, J. R. Guzzo) 
               Nas terras indígenas não há a menor proteção aos residentes, sequer respeito às suas atividades, e justamente pelo governo. Eles se obrigaram a vir do mais longínquo rincão para enfrentá-lo.  
       Os conselhos de Dilma Rousseff contra o protecionismo soam de forma hipócrita, principalmente após o Brasil ter anunciado o aumento do imposto incidente sobre automóveis importados. (IPI) O país que está listado em 152º lugar no ranking do Banco Mundial por seu desajeitado e pesado sistema de impostos está dando conselhos sobre impostos restritivos e políticas cambiais. Financial Times 
   A Organização Mundial do Comércio (OMC) cobra uma liberalização do mercado nacional, a redução das taxas de juros e levanta suspeitas sobre os programas de incentivo à exportação do Brasil. A OMC já realizou uma sabatina da política comercial do Brasil, o que se transformou em uma avaliação de todo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O recado foi claro: nos últimos anos, o Brasil elevou a proteção e, agora, a liberalização do mercado precisa ganhar novo ímpeto diante da recessão. A participação do Brasil no comércio mundial aumentou de 1,05% para apenas 1,16% em cinco anos. A OMC ainda ataca os picos tarifários, além do aumento do número de medidas antidumping, 63 sobretaxas contra produtos. Na prática, o que a OMC pede é que o País não proteja apenas setores ineficientes, já que o impacto seria negativo para a competitividade. A União Europeia fez questão de atacar esse ponto e pediu explicações do Brasil, além de solicitar que o governo tenha cuidado em expandir o Proex para não violar as regras da OMC. A OMC ainda alerta para o controle na prática da Petrobras no setor de energia no País. A entidade aponta que, pela lei, o setor seria aberto a estrangeiros. Nem no setor agrícola a OMC poupa advertências ao Brasil.
   O inglês vê, e lamenta a insanidade:  'Economist': salário de servidor no Brasil é 'roubo' ao contribuinte'  Não será exatamente por isso que o Brasil vê reduzida sua produção?   
   Luíza Erundina deixou a troupe agarrada no pincel. Requintes de crueldade
   Para negócio assim, que é só maldade, qualquer traição é honestidade. "O Lula tem andado muito ruim da cabeça. Foi visitar o Maluf em casa. Eu até podia ir, mas ele não." (Dep. Fed. Sérgio Guerra, PSDB-PE), À mosqueteira do Estado Mundial resta o consolo de manter incólume o cinturão  do Brasil e da América Latina. Graças à falta de contendor 
   Reunião de chefes de Estado e  de governo começa esvaziada
   Cristina Kirchner deixa Cúpula 'escondida' e volta para Argentina
   Atolado en Paris-Dakar, ou  em mar-de-lama, cada vez que o viandente se meche afunda mais. O que parece todo dia mais evidente é que cada peça movida pela governanta, ou cada passo dado pelo ex-presidente revelam o estado de desespero, um perdido caráter como chancela do rumo nacional. Eis a maior vantagem de um pleito global: acelerará o desaparecimento dos lentos e anacrônicos suicidas.

Estados Unidos tentaram adiar Rio+20

Baía de Guanabara continua poluída 20 anos após promessas da Rio 92  
Dilma cobra países ricos e elogia modelo brasileiro
Rio registra roubos e furtos à delegações
Dilma chega para a Rio+20, pede cabeleireiro e Financial Times'

Hollande lamenta ausência de metas 'verdes'

   Anonymous ataca site em protesto sobre Rio+20  
   Imprensa internacional vê a Rio+20 com ceticismo  
   Presidente tratará de política mundial 

Multidão toma as ruas para pressionar líderes

Crise atual é a mais grave desde a 2ª Guerra, avalia Dilma em discurso

Sociedade civil critica texto e já fala em ‘Rio menos 20’

   Os verdadeiros emergentes agem sem visar hegemonias: 
       Sem o mesmo destaque dos eventos no Velho Mundo, surge a Aliança do Pacífico, um novo bloco regional anunciado por México, Colômbia, Peru e Chile, com a adesão prevista de Panamá e Costa Rica ainda no segundo semestre de 2012. O Acordo de Antofagasta, com 215 milhões de consumidores, 35% do produto interno bruto e 55% das exportações da América Latina, prescreve a livre circulação de mão de obra, de capitais, de bens e serviços, além da integração de redes educacionais, um sinal da extraordinária importância atribuída à formação de capital humano para o futuro da região. Alívio e esperançaPaulo Guedes

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terça-feira, 19 de junho de 2012

A revanche liberal

       Você tem paciência para esperar,
       Até que a lama se assente e a água fique límpida?
       Você consegue ficar imóvel,
       Até que a ação certa ocorra espontaneamente?
       TAO TE KING.
       As políticas mundiais de crescimento induzido pelo Estado tiveram exatamente o efeito oposto do que pretendiam: tinham aumentado, e não reduzido, o custo da produção de bens e serviços e tinham abaixado, e não aumentado, a capacidade das economias de conseguirem uma produção vendável. SKIDELSKI,: 140
       O caminho das pedras 
       Quando findou o primeiro grande conflito mundial o Eua se deparou com novo adversário. A terrível Revolução Bolchevique ameaçava se alastrar. O Alaska estava em apenas um passo. A Itália apresentara uma solução inovadora, ao gosto popular. E a Alemanha, em convulsão, viria cair na quimera, estradulando-a. Como se manteria inerte a nação da liberdade, mas antes de antes de tudo, do capitalismo? De que modo conciliar o desenvolvimento, que requeria objetividade, plano de ação, com a espontaneidade dissipativa do live-comércio, da livre-iniciativa? 
       The bright boys, where are they now?
       Fernando, handsome wop who led us.
       We´re salesman clerks abd civil engineers
       We hang certificates over kitchen sinks
       Our toilet wall arestuck with our degrees. 
                (Os brilhantes rapazes, onde estão agora?
               Fernando, que comandava todos nós?
               Somos balconistas e engenheiros civis.
               Penduramos diplomas sobre pias de cozinha.
               As paredes de nosso banheiro estão forradas de certificados.)
       Dos males, o menor: "O Führer era idolatrado não somente em sua terra natal; tinha adeptos em número considerável de americanos barulhentos e vociferantes. (BRIAN, Denis, Einstein, a ciência da vida.: 329)  "O medo atingira o povo e a liderança seria entregue àqueles que oferecessem uma saída fácil, a qualquer preço. A época estava madura para a da economia a serviço de um novo sonho americano...a solução fascista." (POLANYI: 275).
       Dependente de um sistema constitucional bastante rígido, de que modo mantê-lo incólume, ainda mais diante das crescentes reivindicações da imensidão composta pelos filhos da Revolução Industrial, e que bravamente sustentaram o pavilhão estrelado no distante campo talado de minas e canhões? Havia muito mais em jogo, contudo, além dos burlescos ideológicos,  Em vez da convulsão política preparada por fascistas e nazistas, o Eua aplicou um golpe econômico. Antes de inflacionar o mercado para depois intervir, Tio Sam resolveu deprimi-lo ao máximo, para então, por estrondosas votações, impor as mesmas soluções econômicas e sociais aplicadas pelos farsantes europeus. "Então, o New Deal não foi uma revolução. Seu programa coletivista tivera antecedentes - recentes - com Herbert Hoover, durante a depressão; mais remotos, no coletivismo de guerra e no planejamento central que governaram os EUA durante a Primeira Guerra Mundial." (ROTHBARD:41) "A grande retração de 1929-33 levou Franklin Delano Roosevelt à Casa Branca e armou o palco para o programa de compra de prata da década de 1930. (FRIEDMAN,: 242) "A grande depressão reduziu as poupanças pessoais de US$4,2 bilhões em 1929 a uma descapitalização líquida de US$600 milhões em 1932 e reduziu os ganhos retidos das firmas de negócios de US$16,2 bilhões para menos de um bilhão." (PIPES, 2001: 183). Em seguida, as portas de Wall Street foram cerradas. Dentro se dividiram os despojos:  "Os grandes banqueiros e industriais emergiram nessa época. Firmas de Wall Street - como Belmont, Lazard e Morgan - com apenas 15 anos de existência ocupavam lugar de destaque na economia. Os tempos modernos da legislação para as práticas de comércio começaram em 1934." (GLEISER, I.: 211)  A tunga cresceu por todos tentáculos. "O imposto sobre rendimentos regular, direto e progressivo é um subproduto do welfare state: ele passou a existir ao mesmo tempo em okque este foi justificado como necessário para financiar os grandes gastos que os serviços sociais demandavam.(GALBRAITH, J. 1968: 245). 
           A triplicação de impostos feita por FDR, sua regulamentação dos negócios, e sua implacável propaganda anti-iniciativa privada também contribuíram para piorar a Grande Depressão, mas nada supera suas políticas trabalhistas, que provavelmente foram as mais danosas para as perspectivas de emprego dos trabalhadores americanos. Sob esse aspecto, a parte mais desapontadora do artigo de Cole e Ohanian é que eles sequer citam o trabalho pioneiro de Richard Vedder e Lowell Gallaway, Out of Work: Unemployment and Government in Twentieth Century America, publicado em 1993. Entre 1936 e 1937, as atividades grevistas dobraram. Em 1936 ocorreram greves equivalentes a uma perda de 14 milhões de dias de trabalho, valor esse que apenas um ano depois dobrou para 28 milhões. E somente em 1937 os salários subiram quase 15 por cento. A diferença salarial entre trabalhadores sindicalizados e não-sindicalizados, que era de 5 por cento em 1933, foi para 23 por cento em 1940. A recém-criada Previdência Social, bem como outros impostos sobre a folha de pagamento criados para bancar o seguro-desemprego, encareceram ainda mais o custo de se empregar alguém. O que tudo isso mostra é que durante um período de fraca e declinante demanda por trabalho, as políticas do governo empurraram significativamente para o alto os custos da mão-de-obra, fazendo com que os empregadores a demandassem cada vez menos. DI LORENZO, Thomas, Loyola College, Maryland, autor de The Real Lincoln (Three Rivers Press/Random House, 2003. Seu último livro é How Capitalism Saved America: The Untold History of Our Country, From the Pilgrims to the Present (Crown Forum/Random House, 2004).
       Malgrado inédito sofrimento imposto à nação inteira por 10 anos, acrescidos da terrível prorrogação de mais cinco sangrentos, o retumbante êxito na II Grande Guerra confirmava a correção  do chefe-de-estado:
           O grande acontecimento dessa crise do liberalismo econômico foi a eleição, em 1932, nos Estados Unidos, de Franklin Delano Roosevelt. Roosevelt, com seu New Deal, propôs uma verdadeira revolução: simplesmente a morte do Estado Liberal. Propunha um Estado inferente, gastador, que investe mais em obras públicas e assistência social do que dispõe em caixa e deixa para cobrir o déficit depois, com o dinheiro a mais que arrecadar numa economia aquecida pelos próprios gastos estatais. MASCARENHAS,44
       O Eua e a Europa, sutilmente, agravavaram  centralização.
           [A] recuperação ocorrida nos quatro anos após a posse de Franklin Roosevelt em 1933 foi incrivelmente rápida.  O PIB real teve uma média de crescimento anual superior a 9%.  O desemprego caiu de 25% para 14%.  Excetuando-se a Segunda Guerra Mundial, os EUA jamais vivenciaram um crescimento tão rápido e sustentável. Entretanto, aquele crescimento foi interrompido por uma segunda e severa retração econômica em 1937-38, quando o desemprego disparou novamente para 19%... A causa fundamental dessa segunda recessão foi uma infeliz, e amplamente negligente, mudança nas políticas monetária e fiscal, que passaram a ser contracionistas.  [Cortes nos gastos e aumento dos impostos] reduziram o déficit para aproximadamente 2,5% do PIB, exercendo uma significativa pressão contracionista. Christina Romer, Economista da Universidade de Berkeley, especialista na Grande Depressão, e atualmente chefe da Junta de Conselheiros Econômicos do presidente Obama
           Muitas das reformas da década de 1930 permanecem entranhadas nas políticas atuais: distribuição arbitrária de terras, subvenção de preços e controles de mercado para a agricultura, ampla regulação de títulos privados, intromissão federal sobre as relações entre sindicatos e empregadores, governo fazendo empréstimos e atividades seguradoras, o salário mínimo, seguro-desemprego nacional, Previdência Social e pagamentos assistencialistas, produção e venda de energia elétrica pelo governo federal, papel-moeda de curso forçado - a lista é infindável. A indústria foi praticamente nacionalizada pelo decreto National Industrial Recovery Act, assinado por Roosevelt em 1933. Como a maioria das legislações do New Deal, esse decreto foi o resultado de um acordo conciliatório entre vários grupos de interesses: empresários querendo preços mais altos e mais barreiras à concorrência, sindicalistas buscando proteção e patrocínio governamental, assistentes sociais querendo controlar as condições de trabalho e proibir o trabalho infantil, e os habituais proponentes de gastos maciços em obras públicas. A teoria da economia mista, na qual o estado controla a economia de mercado, ainda é a ideologia dominante que sustenta todas as políticas governamentais. Em lugar da velha crença na liberdade, temos hoje uma tolerância maior com - e até mesmo uma demanda por - esquemas coletivistas que prometem seguridade social, proteção contra os rigores da concorrência de mercado e alguma coisa em troca de nada. Robert Higgs
       O mundo embarcou direto na fortíssima publidade. "Por isso a importância de jornais como o New York Times, que serve ao establishment americano, assim como o Pravda servia ao governo da União Soviética. Ele oferece aquilo em que os donos do país, e das grandes corporações, desejam que acreditemos."(ROSSETI, Econ. José Paschoal: 69) 
           Hoje, o subdesenvolvimento pede o superpoder. Como se os Estados do Terceiro Mundo muitas vezes dilacerados por divisões étnicas ou tribais, prejudicadas pelo atraso econômico, tentassem compensar esses obstáculos através de um acréscimo de autoridade política. Como se um poder unificado e concentrado fosse melhor capacitado para impor a unidade nacional e a modernização econômica. Como se o déficit econômico pudesse ser contrabalançado por um excedente político SCHARTZENBERG, Roger-Gérard, O Estado Espetáculo: 83.
       Não apenas pela mortandade, o resultado econômico das imposições nazistas, comunistas, fascistas, sociais-democratas, ou democracia de trabalhador podemos hoje aquilatar: todas as nações que adotaram tão virtuosa receita hoje estão em convulsão econômica, e um desespero como melhor horizonte. "Nem o socialismo nem o Estado do bem-estar social apontam para uma estrada que possa ser percorrida para se construir um futuro coletivo melhor, que incluirá os excluídos." (THUROW: 327) No entanto, há quem se apresente ao refrão:: "A crise econômica internacional desmistificou a suposta supremacia do mercado e dos modelos importados. Ao mesmo tempo, abriu espaço para que países emergentes, como os nossos, impulsionem as necessárias reformas nas estruturas da governança global. (Luís Inácio da Silva, na ocasião Presidente do Brasil. Fonte da citações: www.invertia.com - 17/9/2009)
                       A filosofia da miséria e o novo nacional-desenvolvimentismo do governo brasileiro 
       Culpa & castigo constituem a mórbida metafísica do carrasco.  A prova de sua "força" é que lhe realiza. Qual melhor sensação do que apontar o pecado, para submeter o pecador? Ao decairem atlântidas, periclitarem florenças e wall streets ele aponta as razões: a cupidez, a inveja, o vício, a luxúria, a ganância. Mas êle é o promotor, a causa de toda degenerência. O verdugo culpa a doença; porém ela vem instilada pelo próprio a priori, no  fito de prostrar quem o astuto tenciona dominar. Liga o ar-condicionado ao máximo para vender o cobertor. Torna a vida na Terra insuportável, para oferecer as cativas do Céu a preço promocional, mísero dízimo. Haja sordidez.  
       Deus já deve ter colocado as barbas-de-molho. Conquistada a governança global, o que restará ao intrépido mosqueteiro senão que a Universal? Na dúvida, não seria mais adequado, e menos dispendioso, os papagaios se adequarem à inexorável realidade?
           Se pudéssemos retirar a cobertura turva da antiguidade e rastrear o princípio de suas origens, não encontramos nada melhor que o principal rufião de alguma quadrilha turbulenta cujos modos selvagens ou a astúcia superior lhe valeram o título de chefe entre os saqueadores e que, ao aumentar seu poder e estender o campo de suas depredações, intimidou as pessoas pacíficas e indefesas a comprar sua salvação em troca de tributos freqüentes. A pele não mudou nem com o tempo.  PAINE, T.,  Common Sense,. - The Complete Writings of Thomas Paine, P. Foner, ed. New York: Citadel Press, 1945, vol. 1: 13 
           De volta à freeway 
           O esforço natural de cada indivíduo para melhorar suas própria condição constitui, quando lhe é permitido exercer-se com liberdade e segurança, um princípio tão poderoso que, sozinho e sem ajuda, é não só capaz de levar a sociedade à riqueza e prosperidade, mas também de ultrapassar centenas de obstáculos inoportunos que a insensatez das leis humanas demasiadas vezes opõe à sua atividade. SMITH, Adam, cit. DOWNS: 56
       A recuperação e o desenvolvimento social só é possível mediante iniciativa individual. "Onde existe crescimento econômico, estão também emergindo mais formas de governo de livre mercado - uma aceitação do fato de que as pessoas, e não a determinação política, criam a oportunidade econômica." (NAISBITT, J., Paradoxo global: 265) ."Os interesses dos indivíduos se compensam entre si e o produto final coincide com o interesse da comunidade. Em outras palavras, a consciência do indivíduo é árbitro e condutor tanto do interesse público quanto do privado que não é obra do acaso." (TOCQUEVILLE, 1997: 18) "Uma economia só pode crescer de maneira global se as empresas individuais que a formam crescerem. Portanto, qualquer teoria do crescimento deveria estar embasada na atividade e no comportamento das empresas individuais." (ORMEROD, P., 2000: 216)  John Holland (cit. GLEISER, I.: 202/3) revela o modus operandi da New Age:
       Descentralização - O que acontece na economia é resultado da interação de muitos agentes atuando em paralelo. As ações de um agente em particular serão resultado de sua expectativa em relação ao que os outros agentes irão fazer. Os agentes antecipam e co-criam o mundo à sua volta.
       Ausência de um controlador central - Não há uma entidade global que controla as interações ou que tenha conhecimento da estrutura global do sistema. O controle é feito pelo processo de cooperação e competição entre os agentes e medido pela presença de instituições e regras.
       Organização hierárquica flexível - A economia tem vários níveis de organização e interação. Unidades em um certo nível - comportamentos, ações, estratégias, produtos - servem de base para a construção de unidades em níveis superiores. A organização global é mais do que hierárquica, com interações entre os diversos níveis se misturando e criando uma complexa rede de relacionamentos e canais de comunicação.
       Adaptação contínua - Comportamentos, ações, estratégias e produtos são revisados continuamente à medida que os agentes ganham experiência - o sistema está em constante adaptação. O elemento surpresa e a chance permitem que o sistema tenha muitas soluções e aproveite novas oportunidades. Eventualmente, uma destas soluções será a escolhida, mas não necessariamente será a melhor.
       Novidade perpétua - Nichos são continuamente criados por novos mercados, novas tecnologias, novos comportamentos e novas instituições. O próprio ato de se preencher um nicho já cria novos nichos. O resultado é um sistema onde sempre aparecem novidades. Inovações são desenvolvidas, levando a produtos mais avançados que, por sua vez, demandam mais inovações.
       Dinâmica fora do equilíbrio - Como novos nichos e novas possibilidades estão sempre sendo criados, a economia opera fora de uma situação de equilíbrio global, ou seja, sempre há espaço para melhora. Apesar de estar fora do equilíbrio, o sistema possui regras que limitam seu comportamento, evitando que este se torne caótico durante o processo de adaptação e evolução. Como administrar tudo isso, ainda mais sob chicote? 
       O Indivíduo Soberano, de Wiliam Rees-Moog e James Dale Davidson pleiteia o colapso do Estado nacional, substituído por “associações de mercadores e indivíduos plenos de faculdades semi-soberanas”, praticamente o mesmo diagnóstico de Naisbitt: "Quanto mais as economias mundiais se integram, menos importantes são as economias dos países e mais importantes são as contribuições econômicas dos indivíduos e das empresas particulares." (NAISBITT: 264).
       Tão simples que isso foi projetado já no século XVIII.

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

A passagem do regime liberal ao coletivista

    Porque posso matar sorrindo,
   E gritar contente aquilo que aflige meu coração,
   E umedecer minha face com lágrimas artificiais,
   E afeiçoar meu rosto a todas as circunstâncias,
   Afogarei mais marinheiros do que a sereia;
   Matarei mais basbaques do que o basilisco;
   Falarei tão bem quanto o Nestor,
   Enganarei mais astutamente do que Ulisses,
   E como Sínon, tomarei outra Tróia.
   Posso acrescentar cores ao camaleão,
   Mudar de formas como Proteu quando me convier,
   E dar lições ao mortífero Maquiavel.
   SHAKESPEARE (Henrique VIV; parte III, ato III, cena 2)
       Quando a vela era rainha da noite supunha-se que a união fazia a força. A Revolução Industrial requeria a máxima força, jamais atingida. Em foles o aspirador trouxe enorme contingente. Como não associar o povo inteiro em qualquer  projeto? E o indivíduo? Mero dependente de emprego. Portanto, que se adequasse. 
           Na era das chaminés, nenhum empregado isolado tinha um poder significativo em qualquer disputa com a firma. Só uma coletividade de trabalhadores, unidos e ameaçando parar o uso de seus músculos, podia obrigar uma administração recalcitrante a melhorar o salário ou as condições do empregado. Só a ação em grupo podia reduzir ou parar a produção, porque qualquer indivíduo era facilmente intercambiável e, por isso, substituível. Foi esta a base para a formação dos sindicatos de trabalhadores.  TOFFLER, Alvin, Powershift: As Mudanças do Poder, Um perfil da sociedade do século XXI pela análise das transformações na natureza do poder: 238. 
       Os "direitos sociais" sacrificavam os "direitos humanos", e com toda justiça. Os altos fins justificavam a supressão da liberdade, da vida, em troca da sobrevivência. 
           Examinando com acuidade o significado dessa crise na passagem da democracia liberal para a democracia social, Gustavo Radbruch excelentemente escrevia, ao abrir-se a década de 1930, que em semelhante estado de coisas não se trata de convencer o competidor, mas de coagi-lo ou esmagá-lo, pois a luta pelo poder substitui em definitivo a luta pela verdade. (Bonavides: 280)
       "Os fascistas, nazistas e militaristas de todos os tipos, simplesmente adotaram o keynesianismo sem discussão." (MONTECLARO, Lauro, A impotência dos partidos políticos. - www.midiaindependente.org/pt) 
           O capitalismo de livre empresa, um mercado onde perdurassem a competição e a livre iniciativa, passou a ser considerado como instrumento de exploração do povo, enquanto uma economia planejada era vista como alavanca que colocaria os países no caminho do desenvolvimento. Caberia ao Estado, portanto, o controle da economia doméstica, das importações e a alocação dos investimentos de maneira a assegurar que as prioridades sociais se sobrepusessem à demanda egoísta dos indivíduos.
           (Milton Friedman, Capitalism and Freedom; cit. Peringer: 126)
           O grande acontecimento dessa crise do liberalismo econômico foi a eleição, em 1932, nos Estados Unidos, de Franklin Delano Roosevelt. Roosevelt, com seu New Deal, propôs uma verdadeira revolução: simplesmente a morte do Estado Liberal. Propunha um Estado inferente, gastador, que investe mais em obras públicas e assistência social do que dispõe em caixa e deixa para cobrir o déficit depois, com o dinheiro a mais que arrecadar numa economia aquecida pelos próprios gastos estatais. (Mascarenhas: 44)
       O Estado nada produz. O dinheiro gasto vem de duas formidáveis fontes: a) impostos extraídos da população, portanto do parque produtivo; b) empréstimos de tudo que é natureza, depósitos compulsórios e adiantamentos de imposto de renda, e até mesmo lançar mão de imprimir dinheiro, jogando a confirmação do lastro requerido ao futuro mais breve possível. Para concretizar seu new deal usou tudo, e muito mais. Era vôo de galinha. "Com um imposto, o governo toma a propriedade no sentido mais restrito do termo, acabando com a propriedade e a posse daquilo que esteve uma vez em mãos dos particulares. A taxação é antes de mais nada uma apropriação indébita da propriedade privada." (EPSTEIN, Ricard, cit. PIPES, R.: 283) "A perda da compreensão dos fatores que determinam tanto o valor do dinheiro como os efeitos dos eventos monetários sobre o valor de bens específicos é um dos bprincipais danos que a avalanche keynesiana causou ao entendimento do processo econômico" (HAYEK, F., 1986: 73) 
           Criadores de modelos macroeconômicos finalmente descobriram aquilo que Henry Hazlitt e John T. Flynn (entre outros) já sabiam desde os anos 1930: o New Deal de Franklin Delano Roosevelt (FDR) alongou e aprofundou a Grande Depressão. Não passa de mito a tese de que FDR 'nos tirou da Depressão' e 'salvou o capitalismo de si próprio', como tem sido ensinado a gerações de americanos (e, conseqüentemente, ao resto do mundo) em todas as instituições educacionais estatais. Thomas J. DiLorenz  
                   Il corporativismo supera il socialismo e supera il liberalismo: crea una nueva sintesi.
                   BENITO MUSSOLINI. 
           Se alguns homens são outorgados por direito aos produtos do trabalho de outros, isso significa que esses outros estão privados de direitos e condenados ao trabalho escravo. Qualquer direito alegado de um homem, que necessita da violação dos direitos de outro, não é nem pode ser um direito. Nenhum homem pode ter o direito de impor uma obrigação não escolhida. RAND, Ayn, cit. PIPES, R.: 338 
       Em ´37 FDR finalmente conseguiu mobilizar o pais: guerra à vista! As construções civis, indústrias, trabalhadores, e  famílias aprovavam a correção das idéias econômicas do diretor John Keynes, (para quem a longo prazo todos estariam mortos), à magistral  interpretação do romântico casal Franklin Delano Roosevelt e Eleanor Roosevelt Papai já tinha cópia do exitoso plano econômico nazifascista. Bastava americanizá-lo, dourá-lo ao sabor da grande águia. Em '41 pintou exuberante; em '45 liquidou com todas as guerras; em ' 50 financiou a reconstrução da preservada Europa Ocidental; em '90, da devastada Oriental, em conjugação com a Alemanhã, esta  que ficou sob sua guarda por vários anos. Eis a glória do Estado Capitalista: todos, com força máxima, devem contribuir para a salvação de todos. Nada mais social.
       Nos anos sessenta a nova geração viu os fundilhos de Tio Sam. Com flores lhe pediram silêncio. Infelizmente o eco retumbante das sucessivas vitórias já havia ensurdecido a traumatizada crosta terrestre. Arrebatara a Europa inteira, a América do Sul, nem quero falar da África, coitada, invadida por um bando de loucos em tiroteio.  "O período em que o welfare state se fortaleceu, de meados da década de 1970 até o presente, também foi aquele durante o qual os níveis de pobreza (relativa) aumentaram na maioria das sociedades industrializadas." (GIDDENS, 1996: 164)
           O que agora excita... é o efeito, considerado desastroso, das políticas keynesianas adotadas pelos Estados econômica e politicamente mais avançados, especialmente sob o impulso dos partidos social-democráticos ou trabalhistas. Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia: 132 
       Onde vinga essa idéia de jerico,  alí mora a crise econômica.
           Nunca o brasileiro deveu tanto. Entre cartões de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, empréstimos para compra de veículos, imóveis - incluindo os recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) -, a dívida das famílias atingiu no fim do ano passado R$ 555 bilhões. O valor é quase 40% da renda anual da população, que engloba a massa nacional de rendimentos do trabalho e os benefícios pagos pela Previdência Social. Estadão, 15/2/2010 
       Felizmente permanece a luz no fim-de-túnel.  Amanhã lhe apreciaremos.
       Entre os países que mantiveram mais ou menos intacto o regime liberal, não conheço algum que passe mal. 


A valentia dos indígenas, em pleno Rio de Janeiro.

   Meirelles é nomeado assessor de fundo americano


Brasil convoca embaixador no Paraguai para consultas Embaixador Eduardo dos Santos, em Assunção, deve retornar ao país. Itamaraty condenou "rito sumário" de destituição do presidente Lugo.

Do G1, em Brasília

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O Itamaraty anunciou na noite deste sábado (23) , por meio de nota, que convocou o embaixador do Brasil no Paraguai para consultas. O país também condenou o "rito sumário" de destituição do presidente Fernando Lugo na última sexta-feira (22).

O embaixador Eduardo dos Santos deve retornar a Brasília nesta segunda-feira. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua assessoria de imprensa, a convocação para consulta é um "sinal diplomático de desconforto". O sinal, no entanto, não é "um passo prévio de retirada", mas dependendo do que o embaixador informar ao governo, ele pode permanecer no Brasil ou retornar ao Paraguai. Não há período mínimo ou máximo de permanência do embaixador.

Após reunião da presidente Dilma Rousseff com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e mais três ministros, o governo brasileiro condenou o “rito sumário” de destituição do presidente de Lugo. De acordo com a nota, o amplo direito de defesa de Lugo não foi assegurado.

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“O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional", diz o texto.

O Itamaraty informou que medidas estão sendo analisadas com o Mercosul e a Unasul.

“Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do MERCOSUL e da UNASUL, à luz de compromissos no âmbito regional com a democracia”, diz o texto.

O governo brasileiro ressaltou ainda que "não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai".

"O Brasil reafirma que a democracia foi conquistada com esforço e sacrifício pelos países da região e deve ser defendida sem hesitação", diz nota.

Veja a íntegra da nota:

Situação no Paraguai

O Governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do mandatário do Paraguai, decidido em 22 de junho último, em que não foi adequadamente assegurado o amplo direito de defesa. O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional.

Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do MERCOSUL e da UNASUL, à luz de compromissos no âmbito regional com a democracia.

O Governo brasileiro ressalta que não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai. O Brasil reafirma que a democracia foi conquistada com esforço e sacrifício pelos países da região e deve ser defendida sem hesitação.

O Embaixador do Brasil em Assunção está sendo chamado a Brasília para consultas.

23/06/2012 18h27 - Atualizado em 23/06/2012 18h52 Camponeses veem 'golpe de estado' no Paraguai e preparam resistência Trabalhadores rurais formaram a Frente pela Defesa da Democracia. 'O novo governo é golpista e não o reconhecemos', diz líder ruralista.

Tahiane Stochero e Paulo Guilherme Do G1, em São Paulo

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Partidos de esquerda, movimentos sociais, campesinos, agrários e indígenas, além de centrais sindicais e de trabalhadores rurais formaram neste sábado (24) a Frente pela Defesa da Democracia no Paraguai, segundo a representante da Coordenadoria de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (Conamuri) Magui Valbuena.

Segundo ela relatou ao G1, a frente não reconhece o novo governo de Federico Franco e promoverá uma série de manifestações e atos pelo país pedindo o retorno de Fernando Lugo ao poder.

“A frente foi formada em uma reunião nesta manhã na sede da Central Nacional dos Trabalhadores, em Assunção. Estamos unindo todos os movimentos sindicais e de esquerda para lutar contra o novo governo. Fizemos uma reflexão sobre a situação de intensa agitação política e instabilidade que ocorreu no nosso país nos últimos dias e decidimos tomar uma posição pela defesa da democracia”, disse Magui.

“O novo governo é golpista e não o reconhecemos. Estamos declarando nossa resistência e nos articulando em todos os departamentos para realizar ações contra o que ocorreu”, explicou.

Segundo Magui, o processo que derrubou Lugoi foi “inconstitucional”. “Cremos que teremos repressões aos grupos socais pela frente e que perderemos todas as garantias de direitos humanos que o Lugo nos dava”, afirmou.

'Ditadura de ricos'

A mesma opinião tem Pablo Ojeda, diretor do Movimento Campesino Paraguaio (MCP). “Houve um golpe de estado que atenta contra um espaço democrático que vínhamos conquistando”, disse Ojeda.

“Aqui no Paraguai há uma ditadura dos ricos. Sempre os ricos. E o que aconteceu agora é um retrocesso da democracia.”

Para a frente, o governo de Federico Franco é ligado aos ruralistas e não irá realizar as reformas agrárias e socais prometidas por Lugo.

“Sabemos que ele (Federico) é identificado claramente com as empresas multinacionais e os grandes produtores no país. Ele vai sufocar o desenvolvimento da consciência social que temos. Há muito perigo pela frente”, acredita Magui.

Ojeda complementa: “A família Franco não tem muitas terras, mas seus aliados, seus camaradas, por exemplos os milionários que estão no parlamento, têm muito. Eles que promoveram golpe de estado a Lugo”.

A liderança da Conamuri disse que o período ainda é de articulação e que vários tipos de manifestações serão feitas pela Frente pela Defesa da Democracia, mas não soube dizer quando começariam os protestos. Para o diretor do MCP, o novo presidente “vai enfrentar uma dura batalha contra os companheiros do campo”.

Crise

Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra ele foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".

O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista. A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo.

Na tarde de sexta-feira, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo.

Em discurso, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado. Ele pediu que seus partidários façam manifestações pacíficas e que "o sangue dos justos" não seja mais uma vez derramado no país.

Golpe de Estado no Paraguai é afronta aos países democráticos da América Latina

22/6/2012 21:50, Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro

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Lugo

A polícia protegeu a elite, no Congresso, durante golpe de Estado no Paraguai

Em menos de 30 horas, o Parlamento paraguaio conseguiu derrubar o presidente da República, Fernando Lugo, e empossar o vice-presidente, Frederico Franco, principal opositor ao mandatário deposto. Nenhum ministro da Suprema Corte se pronunciou acerca do golpe de Estado em curso. Nenhum setor militar se rebelou contra o retrocesso democrático. Pela expressão de surpresa do líder impedido, nenhum informe dos setores de inteligência daquele país o informaram que 99% do Congresso estavam prestes a lhe puxar o tapete.

A desestabilização de Lugo, iniciada desde a eleição dele mas intensificada há uma semana, por um massacre de sem-terra nos rincões do país, perto da fronteira com o Brasil, não serviu de alerta ao presidente para mobilizar a sociedade organizada e as instituições. Sequer comentou com aliados de primeira hora como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, amigo pessoal, da situação tensa em que vivia. Lugo, ao que tudo indica, foi tragado em um bem engendrado plano para afastá-lo, aproveitando-se de uma posição aparentemente isolada, distante das bases que sustentaram sua vitória nas urnas.

Um país dividido entre dois partidos, ambos de direita, mostra à América Latina o quanto é frágil a democracia no continente. A reação popular dos paraguaios, de espanto, primeiramente, não pode ser avaliada ainda, mas deixa para os próximos dias um suspense no ar, que torna irrespirável a atmosfera de frustração e incredulidade que ora inunda o país vizinho. A aparente tranquilidade do inquilino, despejado do Palacio de los López por interesses aos quais não respondeu, durante seus quase três anos por lá, deve-se ao adestramento nas décadas de serviços prestados à Igreja Católica, de onde saiu como bispo. Apesar do olhar fixo no horizonte, porém, apontou em seu discurso que as forças do narcotráfico e do grande capital foram os principais algozes do seu fracasso. Fracasso ao qual parece ter respondido muito prontamente. Sem luta. Sem resistência.

Lugo, de saúde tão frágil quanto a sua capacidade de levantar os movimentos sociais em defesa das conquistas democráticas, diz que sai pela porta principal dos corações paraguaios. Mas sai. Não cogitou, sequer um minuto, mobilizar a nação para assegurar uma trincheira que não apenas ele representava, mas às forças populares submetidas a mais de seis décadas de abusos por parte da elite. A mesma elite, branca e rica, que festeja aos abraços, nos acordes do hino nacional, protegida pela polícia que a defende e mantém a salvo da fúria popular, concentrada a poucos metros dali, na Plaza de Armas.

Um golpe de Estado assim, às claras, não pode ficar sem resposta dos países que respeitam a vontade legítima das urnas e sabem que a ameaça ora concretizada naquele pequeno país sul-americano pesa sobre os governos eleitos democraticamente. Exige uma resposta dura. Eficaz. É evidente que os Estados Unidos estarão na primeira fila de cumprimentos à nova administração, ao lado de seus asseclas. As tais ‘forças ocultas’, que andam soltas ao Sul do Equador, conseguiram cravar a baioneta – disfarçada de maioria parlamentar – em uma nação estratégica para seus interesses na região. Mas precisam saber que não será fácil mantê-la. Têm que aprender, de uma vez por todas, a se curvar diante a soberania dos eleitores, e não à vontade dos dólares e do latifúndio.

A União das Nações Sul Americanos (Unasul) terá que dizer, agora, ao que veio. Ao que se propõe. Se a um clube de ótimos convescotes ou a organização dos países dispostos a enfrentar os desmandos da minoria vendida aos interesses inconfessáveis do imperialismo.

Ou repudia o golpe, ou vira geléia.

Gilberto de Souza é editor-chefe do Correio do Brasil.

EUA, rapidamente, oficializam golpe de Estado ao reconhecer queda de Lugo

22/6/2012 22:39, Por Redação, com agências internacionais - de Washington e Assunção

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Paraguai

Manifestantes protestam na praça principal da capital do Paraguai: EUA pedem calma

O departamento de Estado dos EUA reconheceu, na noite desta sexta-feira, o impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo e conferiu aparência legal ao golpe de Estado em curso naquele país. Em nota oficial, o governo norte-americano de Barack Obama diz que “reconhece o voto do senado paraguaio pelo impeachment do presidente Lugo” e “pede para que todos os paraguaios ajam pacificamente, com calma e responsabilidade, dentro do espírito dos princípios democráticos” da nação.

Antes, o porta-voz para América Latina do departamento de Estado norte-americano, William Ostick, afirmava que os Estados Unidos desejavam alcançar um “escrupuloso” respeito no processo contra o presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

Segundo a agência francesa de notícias AFP, Washington acompanha de perto a crise no Paraguai e sua embaixada em Assunção observa a situação muito atentamente. “Com base nos compromissos com a democracia no continente, é importante que as instituições do governo sirvam aos interesses do povo paraguaio”, destacou Ostick.

“Para tal, é criticamente importante que estas instituições ajam de maneira transparente e que os princípios do devido processo e dos direitos do acusado sejam escrupulosamente respeitados”, completou, em nota, o porta-voz americano. Paraguai se levanta contra cassação do presidente Lugo

22/6/2012 18:32, Por Redação, com agências internacionais - de Assunção

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Paraguai

Manifestantes se rebelam contra decisão do Congresso

Embora o advogado de defesa do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, tenha qualificado de “ilegal” o processo instaurado, na véspera, pela Câmara de deputados, o Senado aprovou, no início desta noite, por 39 votos a quatro, o pedido de impeachment contra o mandatário. Milhares de paraguaios resistem ao que consideram um golpe de Estado.

– Trata-se de uma palhaçada – protestou o senador Carlos Filizzolla, um dos votos contra a cassação de Lugo.

Sentença anunciada

“Caso se reúna o número de votos requeridos pela Constituição Nacional para tal efeito, o acusado será declarado culpado e afastado de seu cargo. Em caso de ele ter cometido delitos, as acusações serão repassadas à Justiça comum. Caso contrário, o caso será arquivado”.

Para outro dos defensores de Lugo Emilio Camacho, a parte do texto do documento – assinado pelo presidente da Casa, Jorge Oviedo Matto – é uma prova de que a sentença que condena o presidente já estava decidida antes mesmo do julgamento começar. A parte controversa seria a que afirma: “o acusado será declarado culpado e afastado do cargo”.

“Caso se reúna o número de votos requeridos pela Constituição Nacional para tal efeito, o acusado será declarado culpado e afastado de seu cargo. Em caso de ele ter cometido delitos, as acusações serão repassadas à Justiça comum. Caso contrário, o caso será arquivado”.

Para um dos defensores de Lugo Emilio Camacho, a parte do texto do documento – assinado pelo presidente da Casa, Jorge Oviedo Matto – é uma prova de que a sentença que condena o presidente já estava decidida antes mesmo do julgamento começar. A parte controversa seria a que afirma: “o acusado será declarado culpado e afastado do cargo”.

Ruptura

Lugo

Manifestantes protestam contra a deposição do presidente Lugo

Na opinião da maioria dos chanceleres latino-americanos que acompanharam o julgamento político do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, a sentença que cassou o mandato presidencial se transforma uma “ameaça de ruptura da ordem democrática” no país, segundo nota divulgada minutos após a decisão no Senado.

Segundo os chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o julgamento do impeachment do socialista Lugo, aberto na véspera de maneira inesperada e rápida pelo Congresso, “não respeita o devido processo legal”.

Os ministros de Relações Exteriores afirmaram, ainda, que vão avaliar “em que medida será possível continuar a cooperação no contexto da integração sul-americana”.

Repressão

Policiais paraguaios usaram balas de borracha, jatos d’água e gás lacrimogêneo contra manifestantes favoráveis ao presidente destituído do Paraguai Fernando Lugo.

Os manifestantes haviam montado barricadas em frente ao Congresso e arremessaram objetos, enfurecidos com a velocidade do julgamento político com a aprovação do impeachment contra Lugo.

Espera-se que o Congresso convoque o atual vice-presidente, o liberal Federico Franco, para prestar juramento como novo chefe de Estado.

Publicado em 23/06/2012 Golpe de Estado em 30 horas. Quem sabe fazer isso ?

A resposta a essa pergunta é: a CIA.

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Stroessner e (Federico) Franco: quem presidirá a Unasul ?

A resposta a essa pergunta é: a CIA.

O Mauro Santayana, autor de artigo primoroso sobre a queda de Lugo, talvez concorde.

Assim foi em Honduras.

Assim seria na Venezuela de Chávez, no Equador de Correa e assim será em outros países latino-americanos, onde se pratica a chamada “democracia formal”.

Assim pode ser no Brasil, onde a “democracia formal” convive com o PiG (*) e anistia torturadores pela mão do Supremo Tribunal Federal e o Congresso.

O Golpe de 30 horas no quadro de uma “democracia formal” pode ser uma nova contribuição da Direita Latino Americana à História Universal.

O que espanta na suave saída do Presidente Lugo – ah, que saudades do Brizola ! – foi a singeleza com que cedeu ao Golpe de Estado.

Foi como se tivesse sido transferido de paróquia.

E elogiar o PiG (*) no momento em que sobe ao cadafalso, francamente.

Agora, cabe esperar pelos outros presidentes da Unasul.

Vamos ver se eles aceitam ser presididos pelo sucessor de Stroessner.

Em tempo: saiu na Carta Maior:

LUGO: EXCEÇÃO OU O GOLPISMO LATEJA NA AL? O Senado paraguaio concluiu nesta sexta-feira o enredo do golpe iniciado no dia anterior e aprovou, por 39 votos a favor e quatro contra, o impeachment do presidente da República, Fernando Lugo. De olho nas eleições de abril de 2013, a oligarquia, a Igreja e a mídia (…)queriam a destituição do ex-bispo eleito em 2008, cuja base de apoio é maior no interior (40% da população vive no campo), sendo porém pouco organizada e pobre (30% está abaixo da linha da pobreza). A pressa evidenciada no rito sumário da votação, questionável até do ponto de vista jurídico, tinha como objetivo impedir a mobilização desses contingentes dispersos, pouco contemplados por um Estado fraco e acossado por interesses poderosos. O torniquete histórico que levou à destituição de Lugo ainda expressa a realidade estrutural de boa parte da América Latina.

Paulo Henrique Amorim

jornalguarita da liberdade

junho 22, 2012 - 2:07 pm

o Paraguay vem a muito tempo sendo ocupado por testas de ferro de deputados e senadores brasileiros, que lavam o dinheiro mal adquirido nos cofres publicos na compra de terras principalmente nas proximidades onde ocorreu o massacre de campesinos, e com respaldo das autoridades paraguaias. o bispo católico Fernando Lugo deve ser expulso do governo paraguaio, pois é uma vergonha parta toda a nação! de um mulherengo e mentiroso costumaz, que nem tem a ombridade de reconhecer a paternidade de seus proprios filhos, o que mais se poderia esperar? talvez uma nova inquizição católica, desta vez contra o valoroso povo guaraní

Foto

   Opções
   Lejeune Mirhan partilhou a foto de Mario Quiroga.
   Igaul ao de Honduras há três anos... golpe legislativo... sem dar um tiro... com aparência democrática... UNASUL em bloco não deveria reconhecer o novo governo
   Mi solidaridad con el Pueblo Paraguayo...
   No a Los Golpes de Estados En Latinoamerica...

Argentinos dizem não

aos EUA

Qui, 14 de Junho de 2012 15:17 Fernando Claro

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Mrio_Augusto_JakobskindNa Argentina, após intensa mobilização popular contra decisão do governador da região do Chaco, Jorge Capitanich, foi suspensa a instalação de uma base militar do Comando Sul dos Estados Unidos.

Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação

Um fato chama a atenção, o total silêncio da mídia de mercado sobre o tema. Ou seja, se não fossem os movimentos sociais, a base militar seria instalada sem que a maioria do povo soubesse o que estava acontecendo em matéria de envolvimento da Argentina com a nação do Norte que ainda acredita que o continente latinoamericano não passa de um quintal ou pátio traseiro.

A história começou em setembro de 2010 quando o governador de Chaco autorizou a instalação da base e em pronunciamento para uma delegação de parlamentares estadunidenses disse em alto e bom som: “Defendo uma aliança estratégica com os Estados Unidos e estou disposto a lutar por essa ideia".

Na verdade, políticos do gênero Capitanich existem aos borbotões por esta América Latina e o melhor antítodo para evitar que prosperem é a mobiização, como fizeram os argentinos no Chaco. O silêncio quase total da mídia de mercado sobre o tema é sintomático.

Mas todo cuidado é pouco, porque tanto o governo dos EUA como seus aliados na América Latina não descansam e se utilizam de métodos sofisticados para conseguir os objetivos. Ou seja, tentam enganar meio mundo com linguagem do gênero altruista.

No caso do Chaco, a base militar foi apresentada inicialmente como "centro de ajuda humanitária, de atenção a emergências ou de treinamento". Como essa linguagem dissimulada, os "altruistas" do Pentágono vão tentando conseguir os objetivos.

Mas a tentativa de enganar os argentinos foi abortada e se não fosse prejudicaria não apenas o país anfitrião, como os vizinhos, inclusive os brasileiros.

Enquanto isso, no Chile, saudosistas dos tempos de torturas e assassinatos praticados por um Estado terrorista decidiram fechar um teatro para homenagear nada mais nada menos do que Augusto Pinbochet, uma figura sanguinária que se equipara a Calígula, Hitler, Mussolini e tantos outros criminosos do gênero.

A homenagem foi coordenada por militares da reserva que tinham comando durante aqueles trágicos anos e cuja figura principal reverenciam onde for possível.

A Justiça chilena permitiu a realização da homenagem em nome do direito e da democracia. Algo do gênero como se na Alemanha a justiça autorizasse neonazistas a reverenciarem o patrono Adolfo Hitler. Qual a diferença entre um e outro?

Os chilenos saudosistas de um tempo de trevas se equiparam a alguns brasileiros do gênero do capitão da reserva José Geraldo Pimentel, um dos organizadores de um manifesto indecoroso exortando militares da ativa a ocultar documentos que possam vir a ser requisitados pela Comissão da Verdade.

Nesse sentido, o Ministério Público Militar (MPM) pediu que o Exército instale Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar a criação de uma cartilha de uma autodenominada Frente Nacional contra a Comissão da Verdade.

Pimentel comporta-se como um marginal e ainda por cima conclama os militares da ativa a não informarem os locais em que foram enterrados os corpos de vítimas da repressão política.

Além das providências legais a serem adotadas pelas autoridades, outro antídoto contra esta gente é a mobilização popular, do tipo como tem feito o Levante Popular da Juventude esculachando torturadores e assassinos na porta de suas residências.

Nesse sentido, os ainda adeptos de Pinochet e os saudositas da ditadura brasileira se encontram ao longo da vida. Até porque, os militares que tinham comando naquela época no Chile não esquecem do pleito de gratidão que nutrem aos companheiros de farda brasileiros que colaboraram com o golpe de 11 de setembro de 1973.

Já em Washington, Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial e que deixará o cargo no fim do mês, confirmou sua presença no rol dos defensores do enquadramento do continente latinoamericano aos interesses dos Estados Unidos.

Como os tempos hoje são distintos dos de 30 e 40 anos atrás, quando organismos internacionais em conluio com sucessivos governos estadunidenses davam total apoio a regimes de força, figuras como Zoellick saem em campo para combater o governo bolivariano da Venezuela, de quebra Cuba e outros países que não aceitam as regras estabelecidas por Washington.

Nesse sentido, Robert Zoellick apenas está cumprindo um papel que lhe cabe no jogo da tentativa de retomar a hegemonia em um continente que não aceita mais ser considerado quintal ou pátio traseiro de quem quem quer que seja.

E, por fim, Zoellick em seus pronunciamentos ainda fala em defesa da democracia. Ou seja, a mesma retórica utilizada por generais de plantão nos anos de chumbo.

O Rio entrou no clima de Rio + 20. O lobie da economia verde, uma estratégia do capital que visa manter a hegemonia do setor com o papo verde, já está em ação. Mas os movimentos sociais do Brasil e de várias partes do mundo que estaráo reunidos na Cúpula dos Povos estão alertas e não querem se enganados com discursos e belas palavras, que não dão em nada ou apontam até para um retrocesso ambiental sem tamanho.

O ceticismo de alguns setores é tão grande que já tem gente mudando o nome de Rio + 20 por Rio – 20 ou Rio + 20 é igual a zero.

Em tempo: Koffi Anan apresentou uma fórmula para tentar impedir o prosseguimento do banho de sangue na Síria. Uma reunião com os cinco países integrantes do Conselho de Segurança da ONU, mais a União Européia, Liga Árabe e países vizinhos da Síria, entre os quais o Irã.

Os Estados Unidos de antemão vetou o Irã, numa demostração prática de que a única saída defendida por Washington é que a crise se encerre com a vitória de um dos lados, exatamente o dos mercenários que recebem seu apoio.

  • Correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

A DOUTRINA DO CHOQUE

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Se tiver uma hora do seu dia sobrando nesse final de semana, pense sobre a hipótese de usá-la pra aprender um pouco sobre a Doutrina do Choque descrita pela jornalista canadense Naomi Klein. A Doutrina é um grande livro que descreve muito bem como certas teorias econômicas infalíveis nos são empurradas goela abaixo para favorecer não a quem eles dizem que favorecerá (nós, o povo) e sim, tão somente um grupelho de afortunados que por ser parte de um govrno, ou por ter comprado (a peso de ouro) essa proximidade, lucrará trilhões. Sim, trilhões.

Esse documentário que você pode assistir aqui embaixo, foi dirigido por Alfonso Cuarón e pela própria Klein e faz um resumo do livro, mas não o substitui. A peça escrita é riquíssima em detalhes e é coisa fundamental para quem pretenda se dizer com cérebro, para discutir economia muito além do que é falado nas páginas idióticas da revista Veja e assemelhados.

Como diz a brilhante jornalista curitibana, miss Lemos, desembrulhe o cérebro do plástico de bolinhas e coloque-o para matutar. Não tenha vergonha de destoar da massa de ignorantes que insiste em reinar em nosso planeta e que abomina tudo o que não seja massificado ao melhor estilo BBB.


Por Francisco Carlos Pardini em DOCUMENTO DITADURA •

Editar documento • Excluir

Senhores: Não sei ser este o propósito: Ano 70 iniciei como Boy, para um escritório de Asseçoria Paulista em Jundiaí. Estudava em uma boa escola particular, porem meu desapego ao sistema levou-me a desistência dos estudos e com isso a repetição da série. Iniciei então em escola Estadual onde percebi que o BULLINGY surgiu vindo de uma professora de geografia e seu então noivo professor de educação física. Como não entendia sua postura continuei na escola e fui presidente da sala votado pelos alunos na Escola Estadual Napoleão Maia, na rua São Francisco de Sales na vila Rami . Como primeiro ato institui um jornal em 1973 ultimo ano do ex Presidente Ernesto Garrastazu Médice . Professor comunista visitava a escola e iniciaram-me com informação, minha primeira militância contra o sistema,pois quis eu escrever matéria sobre a conduta dos professores e sobre o que estava acontecendo em Cuba. “Coisa de adolescentes” estive atrás de mimeografo e todo restante do material. Porem expulsou-me com conotações de mau aluno e outros motivos que desvirtuaram minha militância pondo-me como um aluno problema. Nesta ocasião o diretor da escola professor Brasil Campos Junior esteve em casa e narrou minha sentença para meus pais na minha frente, de 5 anos de punição em escola publicas sem o direito de entrar na escola nem para pegar a carta de expulsão . Com muita choradeira conseguiu um amigo dele professor Guerra de uma outra escola que me aceitasse porem sabia estar marcado pelo currículo com aquela mancha e nunca mais firmei em escola nenhuma. Ainda em 1974 criaram um clube de ex aluno e me chamaram para ser relações exteriores, isso quando em reunião em uma sala de aula cheia de ex alunos conto certamente 40 alunos , época que meu pai sub-empreiteiro de obras construía para o prefeito Pedro Favaro mas em regime particular sem envolvimento com a prefeitura , que me levou n meu discurso propor aos alunos um pedido ao prefeito de um lugar sede , e este foi o meu ultimo discurso enquanto relação estrangeira, pois vieram alguns senhores e conversou com a direção do clube sem minha participação e propuseram que o clube continuaria sendo sediado na escola, mas teriam que expulsar-me dele coisa que acabou com o clube pois entre as meninas e meninos todos unânimes preferiram que terminariam com o clube caso não aceitassem –me e o clube acabou naquele dia. Em reunião 1974 consegui um emprego em São Paulo Capital, para vender pão sovado bolachas e coisas do gênero de uma padaria de São José do Rio Preto com deposito criado por um primo na lapa na rua Nossa Senhora da Lapa, porem quando em quando uns “senhores” mesmo eu com passagem compra me tiravam da plataforma de embarque devolvia meu dinheiro e não deixava-me embarcar com discursos de ser eu subversivo e anarquista e não sei mais lá o que, mesmo eu garantindo que apenas tinha que ir trabalhar ,não adiantava tinha que voltar para casa. Quando depois de muito sofrimento em 1984 em uma determinada noite eu sem dinheiro quis tomar umas cervejas e sair com uma garota de programa. NO centro de Jundiaí na praça da igreja da matriz , em um bar quis trocar alguns dólares que ganhara de um amigo que viajara pelo Paraguai e Uruguai anos a traz. Não conseguindo êxito no bar procurei o dono do cinema Marabá para trocar a moeda, também sem êxito voltei para o bar.Foi quando após alguns minutos um policial que ostentava nada menos que uns 8 galões em cada braço educadamente pede que eu me levante e saia do bar.Quando olho da porta em direção a igreja vejo uns 40 soldados do exercito andando dispersos aparentemente mas todos focados no bar onde estava, ainda na soleira na porta do bar olho a esquerda e um Jipe com dois soldados em pé, um segurando o cabo de uma metralhadora ponto 50 enquanto o outro segurava com uma das mãos a fita de munição. Quis contestar com o soldado que disse _ Agora atravesse a rua vamos. Com uma ordem expressa e tive medo pois quando da causada antes de ganhar a rua via o cano da metralhadora mirada no meu peito. A minha direita encostado ao meio fio a uns 30 metros um camburão do exercito, uma ambulância e um rabecão e mais na frente quase na esquina pude ver enquanto atravessava a rua um jipe . Quando adentrei a praça próximo de onde havia um ponto de taxi que alias só percebi os taxis depois que os 15 dos restantes dos soldados que em circulo me ródio pude ver alguns taxi parando ali. Me revistaram pegaram cerca de 4 dólares Canadense e 3 dólares Americanos e picaram como fosse ratos roendo para fazer ninhada. Como havia um soldado mais afoito, que me encostava na minha face vez por outra o cabo do fuzil e creio temendo o comandante que a coisa ficasse pior pela ilegitimidade da ação , em frente a tropa ele narra que aquela ação teria sido ou construída por denúncia contra minha pessoa ,pois eles pela denuncia “ouviram”imaginaram estar tratando com um perito em bombas, porem vendo minha inocência e temendo que o soldado afoito iniciasse um massacre em praça publica abortaram a operação.--Kiko Pardini 05h06min de 5 de Abril de 2012 (UTC)

Francisco Carlos Pardini compartilhou um link.

Desigualdade no sistema educacional brasileiro é herança do período militar — Rede Brasil Atual www.redebrasilatual.com.br Esvaziamento do ensino superior público divide opiniões, mas violência repressiva, falta de oportunidades e despolitização da sociedade surgem como símbolos do modelo deixado pela ditadura militar


Kiko Pardini disse... Liberdade: Como é difícil aprender o que é liberdade. Existe no dicionário explicações que passeia pelo significado e não querendo ser pretensioso também escolho a forma de passear pelo significado da palavra LIBERDADE. Livres, só o som nos remete a uma enxurrada de bons sentimentos e assim que imagino que ela seja mesmo como um perfeito som. Entendamos então a liberdade se for possível dessa forma como apenas um lindo e belo som. Todo som corresponde a uma nota ou parte dela em um total de sete notas (7),que rege uma infinidade de composição, de uma infinidade de estilos e tendências,aí esta a bela definição de liberdade, onde apenas uma palavra esta para vida como as sete notas compondo a musica que rege nossa vida. Na complexidade do planeta terra imerso estamos na atmosfera onde a biodiversidades compõem territórios mares oceanos e existe uma liberdade que nos confere a vida ; o ar, o sol, a água e a própria terra que continua um ciclo musicado e composto pela nossa liberdade. E isso tem uma influencia vital na vida das pessoas como também na minha. Escolhi e por tanto tive a liberdade de escolher um lugar para morar, lugar distante de onde nasci. Não que lá não houvesse liberdade para mim, mas a liberdade daqui condiz mais com que quero como musica no meu canto, à liberdade. Veja só , estamos hoje em novembro de 2011 e aqui onde canto o meu canto à liberdade ainda não temos na cidade um semáforo,não existe engarrafamento no transito e as pessoas usa tanto as causadas como a própria rua para se locomover livremente. As terras são coberta por vegetação que nutri o gado onde algumas cabeças são abatidas para abastecer a cidade e o restante comercializados nos grandes centros.Também a muito leite da mesma forma comercializado sobrando alguns comercio de casa em casa direto dos currais. A terra e o clima neste habitat escolhido para o meu canto a liberdade, e ameno com alguns rios e lagoas onde o peixe chega fazer parte da economia local. Na sua complexa e sonora questão salarial que é um desafio que desafina no todo mundo temos que passar por filósofos e governo mas é coisa que vamos tratar no próximo capitulo. Kiko Pardini

02/12/2011 14:33:00

Kiko Pardini disse... 

Liberdade ll Então para essa canção ser tocada por uma orquestra e tornarem uma grande sinfonia da liberdade temos que pensar no que valorizamos: ouro, prata, diamante etc. Estas lindas palavras nos remetem ao sonho de liberdade, pois liberdade também tem preço e esse problema já foi tratado cientificamente por vários mestres. Veja que houve um tempo onde o sal era ou fazia e fez parte deste misterioso preço, onde a sonoridade acalmada era salgada. Este foi o inicio da musica de mão de obra e literalmente salário. Isso sérvio por algum tempo, mas a liberdade é uma composição em construção este fato através do tempo tornou então na ciência monetária que se subdividiu em varias ciências, as econômicas a social. Entraram no âmago da questão e com diapasão aferiram as cruéis divisões como o Capitalismo onde muitos ouviram como som de liberdade o Comunismo outra tendência chegou ser palco de sinônimo de liberdade também o socialismo Democrático que nos chega como um atributo sonoro positivo nessas ciências formando um palco interessante, em fim sabe da existência de um preço a tendência é do ritmo chegar à base onde para canção ser executada de forma harmoniosa tem que haver sim a mão do governo que defenda os abusos econômicos e de oportunidade de termos a liberdade de escolha. Ai o anarquismo puro e suas tendências para o século XXl, chegamos então ao entendimento comercial que tem que haver um governo que nos garanta preço nas suas varias forma de pagarmos a liberdade, não que o governo detenha a liberdade mas entendo que este pode contribuir para que ela exista e seja plena dando uma entonação ao ritmo onde a sonoridade da palavra liberdade se fortaleça para galgar outras etapas de sua construção. Como a educação, a saúde, o direito ao Direito, etc. Segui também um ponto importante neste artigo meu transcrito da Anarcopédia, para somar à composição que tão sonoramente nos move como a palavra LIBERDADE Anarquismo

Liberdade e o anarquismo. Segundo a Wikipédia... (O anarquista entende que “enquanto houver autoridade, não haverá liberdade”)... Por entender que a liberdade é o exercício da autoridade venho contribuir com minhas opiniões .Um bom exemplo se dá quando uma pessoa criada no cristianismo por igrejas que variam suas regras ou dogmas, onde o cerceamento da liberdade fica claro pela imposição divina. E esta pessoa rompe com o conceito Divino, pegando-se em situação antes de pecado como, por exemplo, o chamado adultério que esta pessoa passa a viver sem culpa com a autoridade de quem enxerga a liberdade. Rompendo com Deus adquirindo uma personalidade que apenas ele tem autoridade sobre seu julgamento e não havendo culpa o entendemos livre. Mas a autoridade ainda existe porque segundo o cristianismo Deus é imortal, esta pessoa pode até confirmar com propriedade que Deus existe para os cristãos embora ele esteja livre. E confirme isso com autoridade. Outro exemplo radical pode observar no caso dos Judeus e Alemães na 2º guerra. Não foram as autoridades Alemães quem trucidaram os judeus, mas sua submição ou falta de autoridade dos judeus no exercer a liberdade, pois se livres fossem com autoridade não se permitiriam morrer daquela forma. Ou seja, a falta de autoridade bastou para permitir aquele fim. --Kiko Pardini 23h09min de 25 de Agosto de 2011 (UTC) Logo podemos ver que o mesmo governo que toca uma canção pode simplismente tocar as trobetas da guerra e aí a evolução nossa com a ONU e outros organismos ligados como UNESCO ,para não ter que lembrar de todos outros defensores da LIBERDADE .Entender que do antigo sal chegamos a ter que entender que exista mesmo um governo para coibir exeços e ai o tralma anarquico pois como imaginar um governo sério que entenda o siguinificado da palavra LIBERDADE em sua politica publica liberando o magico som de um hino nacional? Temosmuito mais o que discutir no que chamo de proximo capitulo.

03/12/2011 00:39:LIBERDADE lll Como na musica podemos também nos valer de alguns recursos para compreender algo tão complexo como a liberdade. Vejamos esta etapa como uma colcha de retalhos cheia de cores e diferentes estampas e timbres na configuração única da mesma idéia. Tudo tão igual a nossa realidade de vida na configuração da felicidade como também na da liberdade. Estava devendo; Quando da década de 60 onde o poder militar avançava em ditaduras pelo mundo principalmente na America do sul, o comando militar brasileiro que detinha a censura como uma arma de dominação das massas deixava escapar pela TV aberta algumas pérolas como as atrocidades do ditador Indy Amim DADA, e coisas do gênero. Mas umas das pérolas que ainda hoje causa polemica e responsável crêem pelo não avanço dos tratados de Kyoto, ou até mesmo Copenhague, Estejam nelas, as pérolas militares que exibiam experimentos nucleares da Itália em mares como da França e não podiam faltar as explosões no deserto dos Estados Unidos da America. Pude então resumir que este efeito estufa somados com avanços das devastações do homem para o progresso tenha uma culpa militar dos governos destes países, governos que ao rezar outras razões como gás de geladeira ou outro responsável menos comprometedor do que aquelas bombas somados ao acidente de Chernobyl são fatores a serem discutidos mais amiúde para entendermos a fragilidade da nossa atmosfera e avançar em negociações de custo e beneficio para preservação das espécies. " 1.Também nasci.E vi dos animais a domesticação.Dá divisão territorial à seleção do grão.Do feudalismo o fim e de terra democrática comercialização.Da raça a ONU e a esperança do irmão,Das ciências complexas, composição.Entre poesias a filosofia e dela a exatidão.Que nos traz da direção a razão.Levando o homem ao domínio da situação. Das pandemias de 1918, 1976, 1980 controles da devassidão.Como da jurisprudência à jurídica ação.Assim somos o cerne da evolução.E=mc² um princípio da preocupação,Alem de Angra,Chernobyl , agora o Japão,Também vi que não tenho resposta pra isso não.Kiko Pardini.Liberdade:Como é difícil aprender o que é liberdade.Coloquei estes retalhos tentando formar uma composição que nos leve entender melhor a liberdade, pois se admitirmos um governo que exista anárquica democrática social e de livre capital embora haja regulamentos que impeça as discrepâncias, apoiado democraticamente pelo povo, que sente desta forma uma confiança no se preocupar em ser livre. Pois esta etapa da vida humana na terra tanto na física como sociologia alem de outras ciências afins tem a responsabilidade de encontrar respostas mais imediatas para que a direção tomada pela liberdade não nos leve a hecatombe, Pois temos naturalmente vários problemas que nos cerceia à liberdade, a morte natural e pessoal como toda modificação planetária, por nós na anciã de felicidade e liberdade onde adiantamos processos e criamos outros um tanto preocupantes. Mas gostaria de discutir se possível no próximo capitulo --Kiko Pardini 19h55min de 3 de Dezembro de 2011 (UTC)

-Texto a negrito-Kiko58 04h25min de 25 de Outubro de 2010 (UTC)


Bispo Luis, não seria mais justo o senhor lembrar-se da igreja no tempo da inquisição e avisar os fieis que toda riqueza da igreja do vaticano esta relacionada ao crime, assassinato ocupação de terras, em fim o senhor mais do que ninguém deveria lembrar em suas homilias aos seus fieis que as fantasias teatrais deque eles são dopados pela igreja servem apenas para o crescimento do lucro das igrejas pelo mundo.



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Quinta-feira, 14 de Out de 2010
 
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• Início • Quem Somos • Contato • MOVIMENTOS EM LUTA • PORTUGAL • BRASIL • MUNDO • CULTURA • IDEIAS & DEBATES • CITANDO… • FLAGRANTES DELITOS • CARTUNES • VER E OUVIR Anarquismo e 1º de Maio no Brasil (3ª Parte) 14 de Setembro de 2009 Categoria: Brasil Comentar | Imprimir Apresentamos agora a última parte deste artigo sobre a origem do 1º de Maio no Brasil. Por Milton Lopes (*)

No 1º de Maio de 1918, com o Brasil já tendo entrado na guerra desde outubro do ano anterior, os operários realizam grande comício no teatro Maison Moderne na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, com a presença de cerca de 3 mil pessoas, em que expressam votos para a conclusão de uma paz em separado entre os proletários de todo o mundo. A revolução ocorrida na Rússia no ano anterior mobilizava os anarquistas e sindicalistas revolucionários, que acreditavam que esta seguiria rumos libertários. Assim, os operários reunidos no Maison Moderne também manifestam sua “profunda simpatia pelo povo russo, nesse momento em luta aberta contra o capitalismo e o Estado”.[52]

A atitude resoluta dos anarquistas em pregar o internacionalismo proletário em tempo de guerra, assim como a inserção em lutas populares como a que foi empreendida contra a alta do custo de vida e o desemprego que se alastrava pelos meios operários em função de menores horários nas fábricas, provocados pela superprodução, assim como a já citada eclosão da Revolução Russa, que enchia de esperanças de transformações sociais os oprimidos, serão os fatores que levarão a que o 1º de Maio de 1919 tenha uma intensa participação dos trabalhadores, principalmente no Rio de Janeiro. O barbeiro e militante anarquista de origem portuguesa Amílcar dos Santos (nascido em 1900), que delas participou, mais tarde relataria:

Manifestação operária em 1º de Maio de 1919 no Rio de Janeiro. Reproduzida da Revista da Semana, 10 de maio de 1919. “O 1º de Maio de 1919 foi uma manifestação sem precedentes no Rio de Janeiro. A polícia e o governo ficaram preocupados seriamente. Na Avenida Rio Branco, cheia desde a Praça Mauá até a Praça Floriano Peixoto, havia várias tribunas, onde oradores anarquistas defendiam as suas doutrinas sociais, sem o menor constrangimento. Essa grande massa humana, ao longo da Avenida, dava vivas à liberdade e à igualdade. Como a polícia limitou-se, apenas, a observar sem nenhuma interferência ou restrição, as manifestações terminaram em paz. Floresciam, então, as associações operárias. A polícia fechara a Federação (Operária), mas havia o Centro Cosmopolita, a União dos Tecelões, a União dos Operários em Construção Civil, a dos Sapateiros, as duas últimas na Praça da República 45.”[53] O 1º de Maio daquele ano, já definido como “o mais brilhante do Brasil” teve comício-monstro no Rio organizado pelo Partido Comunista, fundado a 9 de março daquele ano. Apesar do nome, este partido possuía características libertárias e se dissolveria em pouco tempo, ao perceberem os anarquistas os caminhos autoritários e estatais que os bolchevistas imprimiam aos acontecimentos na Rússia, apoderando-se da revolução popular ocorrida naquele país. A então capital federal assistira em novembro de 1918 a uma tentativa insurrecional anarquista, abortada pela repressão policial. Este comício realizou-se em torno da estátua do Visconde do Rio Branco na Praça Mauá, na região portuária do Rio.[54] Os militantes presos em conseqüência da tentativa insurrecional de 1918 foram soltos a tempo de assisti-lo, menos cinco operários detidos em Magé, que foram objeto de uma das moções aprovadas no comício, protestando contra sua detenção. Ao comício, seguiu-se passeata, tendo à frente a comissão do PC libertário com seu pavilhão. Cálculo da época indica que dela teriam participado 60 mil pessoas. Esta se encerrou com novo comício, desta vez de encerramento, com os oradores falando das escadarias do Teatro Municipal.[55] Mas não só no Rio houve manifestações grandiosas dos trabalhadores. Elas também ocorreram em Niterói, na praça em frente à estação das barcas que fazem o trajeto Rio-Niterói, palco de violentos conflitos entre grevistas e a polícia no ano anterior. Em Recife, operários cantaram em coro a Internacional na sede da Federação Operária de Pernambuco. Em São Paulo não houve comemoração da data, pois 20 mil operários encontravam-se em greve, travando-se numerosos conflitos com a polícia, na capital e em cidades do interior.[56] Manifestações de tal magnitude voltariam a ocorrer no Rio durante o 1º de Maio de 1922. Embora naquele ano tivesse sido fundado um partido comunista de orientação marxista-leninista, este se uniu aos anarquistas nas comemorações, obedecendo a instruções para formação de frentes únicas, emanada da 3ª Internacional de Moscou.[57] Em 1923, as comemorações ressentiram-se do estado de sítio vigente no país. Os protestos daquele ano ficaram marcados pela campanha internacional pró-Sacco e Vanzetti, os dois anarquistas italianos presos nos Estados Unidos sob falsa acusação de assalto ao pagamento de uma fábrica e que penariam na prisão durante anos até serem executados na cadeira elétrica em agosto de 1927, em um ato que abalou todos os recantos do mundo. O número de 1º de Maio do jornal A Plebe de São Paulo publicou uma carta de Sacco e Vanzetti dirigida originalmente ao jornal francês Le Libertaire, que foi lida em diversas assembléias operárias durante o dia 1º.[58] Ainda no Rio, à noite houve comícios em várias sedes sindicais.[59] O 1º e Maio de 1923 marcou ainda o lançamento do jornal A Revolução Social, editado pelo grupo de comunistas libertários do Rio de Janeiro e que se organizava desde o início do ano. O grupo levava o título do romance de um de seus principais membros, o escritor Fábio Luz (1864-1938) e se propunha a manter um “anarquismo puro”, considerando que o jornal A Plebe de São Paulo apresentava cada vez mais tendência a adotar o sindicalismo como ideologia, em substituição ao anarquismo, depois da saída de Edgar Leuenroth (1881-1968) de sua redação. O jornal lançou poucas edições, mas provocou polêmica nos meios anarquistas e operários.[60] 1924 será o ano em que os comícios de 1º de Maio no Rio de Janeiro passarão a dividir-se entre dois logradouros públicos. O Partido Comunista do Brasil, a central sindical comandada pelo líder pelego Sarandy Raposo e a União dos Operários em Fábricas de Tecidos conclamam seus filiados a comparecerem a comício na Praça Mauá. A Federação Operária do Rio de Janeiro, sob orientação anarquista, convida os trabalhadores em geral a comício na Praça 11 às 14 horas, após sessão na sede da FORJ ao meio dia. Os participantes do comício da Praça 11, após seu término, dirigem-se em passeata para o da Praça Mauá.[61] No entanto, os dois comícios foram fracos, já demonstrando o quanto as divisões internas nos movimentos sindical e operário, causadas pelos pelegos e pelo PCB, já haviam começado a miná-los no que possuíam em termos de capacidade luta para transformações. Em São Paulo, os anarquistas denunciaram no texto do manifesto relativo ao 1º de Maio as violências praticadas pelos bolchevistas na Rússia. No entanto, os comunistas fizeram com que estas passagens fossem cortadas da redação final do documento. Os anarquistas demonstraram a seguir como o PCB exercia controle sobre o comitê das associações operárias, por tal motivo tendo censurado o texto original do manifesto. Sucedendo ao orador João da Costa Pimenta (que tinha abandonado o anarquismo pelo PCB) durante os discursos no Salão Celso Garcia, em São Paulo, o militante anarquista Florentino de Carvalho (1878-1947) voltou às acusações contra o PCB, cujos integrantes presentes tiveram que se retirar da reunião sob vaias da platéia.[62] Edgard Leuenroth, por sua vez, respondendo a artigos aparecidos na imprensa do PCB destaca, em A Plebe, a obra de dezenas de anos de luta incessante dos anarquistas.[63]

O Cosmopolita, Rio de Janeiro, número 9, 1º de maio de 1917. Acervo do AMORJ, coleção ASMOB. Algum tempo depois do 1º de Maio daquele ano, explodiu em São Paulo o chamado “segundo 5 de julho”, alusão aos dois levantes militares que se insurgiram contra os governos da Primeira República (1889-1930). Artur Bernardes, eleito presidente da república e tomando posse em 1922, será o alvo desta segunda e também fracassada tentativa de tomada do poder pelos militares revoltosos. O segundo 5 de julho (o primeiro fora em 1922) significará a decretação de uma série de medidas repressivas por Bernardes, que, na verdade, só ampliará medidas neste sentido que já haviam começado a ser adotadas no governo de seu antecessor, Epitácio Pessoa (1919-1922). Epitácio, por sua vez, também dera continuidade a antecessores ao deportar grande número de militantes operários de origem estrangeira. Ainda no governo de Pessoa o decreto 4.247, de 6 de janeiro de 1921 sobre a entrada de estrangeiros também regulava medidas de deportação. A 17 de janeiro do mesmo ano era emitido o decreto 4.269 que regulava expressamente a repressão ao anarquismo. A 6 de novembro de 1922, em final de governo, Epitácio Pessoa decretou um “Regulamento Geral de Polícia”. Bernardes logo ao tomar posse, a 20 de novembro de 1922, assinou decreto que, entre outras medidas relativas à polícia, institui a 4ª delegacia auxiliar, formalizando assim a existência de uma polícia política na então capital do país.[64] Como chefe da nova repartição policial foi colocado o major Carlos da Silva Reis, significativamente mais tarde enviado à Itália Fascista, para estudar sua legislação trabalhista, com vistas à sua adaptação ao Brasil. Para os anarquistas do Brasil, o período Bernardes (1922-1926), sob estado de sítio, vai caracterizar-se por prisões em massa, deportações e, acima de tudo, por serem enviados para o campo de concentração de Clevelândia, no então território do Amapá, próximo à fronteira com a Guiana, onde vários virão a morrer em conseqüência de fome, doenças e maus tratos. E é na própria Clevelândia que um grupo de militantes ácratas reúne-se no 1º de Maio de 1925 para comemorar seu dia de luta, segundo depoimento de um deles, Domingos Passos, publicado no jornal anarco-sindicalista A Batalha de Lisboa.[65] Na mesma data, era lançado no Rio de Janeiro um Partido Socialista Brasileiro, com o apoio do PCB, com vistas a eleições que se realizariam no ano seguinte.[66] Já em 1926 a vertente libertária do movimento operário tenta recuperar-se, mas o 1º de Maio deste ano apresenta pouca expressividade, em comparação com o brilho de maios anteriores. Algumas poucas publicações libertárias em São Paulo e do Rio Grande do Sul (menos atingido pela repressão) relembram o verdadeiro significado da data.[67] No comício da praça Mauá no Rio de Janeiro, o ex-anarquista Pedro Bastos, agora a serviço do PCB, vocifera contra o anarquista Carlos Dias por este ter sido escolhido para representar os trabalhadores brasileiros no congresso da Organização Internacional do Trabalho em Genebra.[68] Dois anos depois, Bastos estaria envolvido em um episódio no Sindicato dos Gráficos do Rio de Janeiro, em que membros do PCB atiraram sobre militantes anarquistas indefesos, matando um deles, o sapateiro Antonino Dominguez. As comemorações de 1927 no Rio de Janeiro ainda apresentam um certo brilho, mas continuam mantendo a separação entre os comícios da Praça 11 (anarquistas) e Praça Mauá (comunistas e pelegos). Publicações libertárias dão destaque à data em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Paulo, A Plebe havia voltado a circular, mas por pouco tempo, pois seria novamente proibida ao dar destaque às manifestações contra a execução de Sacco e Vanzetti nos Estados Unidos (agosto de 1927).[69] No comício da Praça 11 comparecem mais de 60 mil pessoas (depoimento do militante anarquista Manuel Lopes).[70] Até 1929 continuaram no Rio de Janeiro as manifestações do 1º de Maio, mas sem a mesma expressividade de outros tempos. Uma nova era prenunciava-se com o advento da década de 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder. As oligarquias que comandavam a Primeira República, instituída em 1889, passam a desentender-se. A ruptura final ocorre em torno da sucessão presidencial de Washington Luís (1926-1930); Getúlio Vargas, governador do Rio Grande do Sul, candidata-se à presidência pela chamada Aliança Liberal contra o paulista Júlio Prestes, candidato da situação. Prestes vence o pleito, em eleições fraudulentas, o que precipita um movimento armado em outubro de 1930, que levaria Getúlio ao Palácio do Catete, sede presidencial no Rio, por um “curto período” de quinze anos, complementado por outros três (1951-1954), quando eleito por voto direto antes de seu suicídio, em meio a grave crise política.

Vargas desfilando na concentração trabalhista de 1º de Maio no estádio do Pacaembu, São Paulo, 1944. (CPDOC/AMF foto 008/7) Durante a era Vargas o sindicalismo livre, que havia permitido um formidável vetor social aos anarquistas, sofrerá duros golpes, de certa forma antecipados no governo de Bernardes. A década de 1930 verá surgir no Brasil um poderoso partido de inspiração fascista, a Ação Integralista Brasileira, que chega a se constituir em movimento de massas com centenas de milhares de filiados por todo o Brasil. Vargas, por sua vez, embora com uma aproximação cada vez maior dos governos das potências nazifascistas, que contavam com numerosos simpatizantes entre a elite política e social brasileira, acabará enganando os fascistas locais, e instalando sua própria ditadura em 1937, após esmagar tentativa insurrecional do PCB em 1935. A ofensiva varguista em relação aos sindicatos se dará em três frentes: 1. Repressão policial. Com o aperfeiçoamento do aparato policial de caráter político herdado da antiga república (vide Bernardes), tomando como modelo aparelhos repressivos montados pelas polícias fascistas européias. Tal repressão terá grande incremento a partir dos acontecimentos de 1935, com prisões em massa, torturas e assassinatos de liberais e militantes de esquerda (os anarquistas entre eles). 2. Emissão de legislação incidindo sobre o movimento sindical. Tal legislação criou de imediato o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (Decreto 19.443, de 20 de novembro de 1930), basicamente encarregado de controlar pelo governo a questão sindical. Outras leis emitidas no período Vargas restringiam o acesso aos cargos sindicais apenas a pessoas previamente avaliadas pelas autoridades, obrigando os trabalhadores a possuírem um único sindicato para cada categoria e instituem o imposto sindical. Após o golpe de estado de 1937, apenas os sindicatos reconhecidos pelo governo (ou seja, sob seu domínio) teriam existência legal reconhecida.[71] Para adoçar estas e outras medidas, diretamente copiadas da legislação fascista italiana, Vargas decreta em 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho, que garantia direitos básicos ao trabalhador, no mesmo ano em que falando no rádio no 1º de Maio insiste sobre a necessidade da sindicalização obrigatória, lançando campanha neste sentido.[72] 3. Apropriação do 1º de Maio por Vargas. Para efeito de propaganda, principalmente a partir da implantação do Estado novo em 1937, o 1º de Maio torna-se uma festa getulista, recheada de cerimônias e desfiles, com Vargas discursando aos “Trabalhadores do Brasil”, enquanto mulheres, colegiais e desportistas marchavam disciplinadamente para agradecer direitos recebidos de Vargas “pai dos pobres” e “mãe dos ricos”.

Concentração trabalhista de 1º de Maio no estádio do Pacaembu, São Paulo, 1944. (CPDOC/CDA Vargas) Apesar desta ofensiva autoritária sobre o sindicalismo livre, há resistência por parte dos trabalhadores pela domesticação e cooptação de seu movimento. A 1º de maio de 1931, a União Operária do Paraná relembra a origem do 1º de Maio como dia de protesto e luta em seu jornal O Operário, mais uma vez protestando contra: “uma das mais clamorosas injustiças registradas nas páginas da história: o enforcamento, numa das praças públicas de Chicago, nos Estados Unidos, dos idealistas proletários”.[73] Significativamente, o 1º de Maio de 1931 passou-se entre conflitos entre a polícia e os manifestantes, principalmente no Rio de Janeiro (com dois feridos à bala) e em Recife. Em 1932, mesmo com uma cena política tumultuada, que culminaria em junho com uma revolta da oligarquia paulista, que se sentia preterida por Vargas, na chamada Revolução Constitucionalista, o 1º de Maio é comemorado na capital daquele estado com diversos comícios promovidos pela Federação Operária e os sindicatos a ela filiados em vários bairros da cidade.[74] Naquele ano, chamam novamente a atenção as comemorações em Curitiba, que apontam para a origem classista da data, relembrando os mártires de Chicago, contrapondo-se àqueles que dela pretendem fazer apenas um momento festivo.[75] No Rio de Janeiro, os trabalhadores distribuíram um manifesto conclamando os operários a manterem-se à margem da política institucional e eleitoral, apelando pela sua união, pela liberdade sindical, contra os fascistas, a Igreja Católica, “os pseudo-socialistas, pseudo-comunistas, provocadores e ambiciosos”.[76] É ainda em Curitiba que a Federação Operária do Paraná, ainda sob forte influência anarquista, lança seu jornal 1º de Maio, no 1º de maio de 1933. Em São Paulo, na mesma data, os chapeleiros lançam seu jornal O Trabalhador Chapeleiro, sob a bandeira anarco-sindicalista, totalmente dedicado aos Mártires de Chicago. Mas as manifestações foram proibidas pelas autoridades. Mesmo assim, a Federação Operária de São Paulo convocou um comício na Praça da Sé. Com a suspensão do comício pela polícia, centenas de trabalhadores marcharam até à sede da Federação cantando a Internacional. A polícia então invadiu a sede da Federação Operária de São Paulo, interditando-a por dois dias e prendendo todos os que ali se encontravam, só os libertando à noite.[77] No Rio de Janeiro, a escalada fascista resultava na fundação, durante o 1º de Maio, de uma publicação destinada a combatê-la, um jornal também denominado Primeiro de Maio.[78] No ano seguinte, em um primeiro de maio denominado de “maio sem sol”, as comemorações em São Paulo iniciaram-se a 30 de abril, com um festival de confraternização no Salão Celso Garcia, com a presença dos sindicatos filiados à Federação Operária de São Paulo, conferência e representação de peça de teatro social. No dia seguinte, as comemorações transferiram-se para a sede da Federação, onde se constituiu um Plenário-Conferência Pró Organização da Confederação Operária Brasileira, central sindical de inspiração anarco-sindicalista, e visando à realização do 4º Congresso Operário Nacional.[79] As comemorações ocorrem regularmente em cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e Rio de Janeiro.[80]

Manifestação cívica no Dia do Trabalho em homenagem a Vargas no estádio do Vasco da Gama, Rio de Janeiro, 1941. (CPDOC/ CDA Vargas) O projeto dos anarquistas de, em meio à crescente violência da repressão policial e de limitações de liberdades públicas e sindicais, refundar uma central sindical de matriz libertário não obtive êxito, em vista da perseguição ainda mais violenta que se abateu sobre os movimentos sociais a partir do final de 1935, de que muitos anarquistas também foram vítimas. As comemorações de 1º de Maio com caráter de luta tendiam cada vez mais a decair ou a sumir de cenário. Até mesmo os fascistas da Ação Integralista tentam apoderar-se da data, como se confere por proclamação integralista em Porto Alegre, no 1º de Maio de 1937, apontando para Convenção Trabalhista que teriam realizado no Rio em dezembro de 1936.[81] Mas para os fascistas ideológicos será inútil. Getulio os usará como suporte para seu próprio golpe de estado a 10 de novembro de 1937, instaurando uma ditadura que irá até 1945. No decorrer do Estado Novo, como já observado, o 1º de Maio será comemorado com desfiles e paradas de agradecimento ao regime e sua glorificação, com os sindicatos totalmente atrelados à máquina estatal e sendo dirigidos por elementos de confiança do governo. Para os verdadeiros construtores e mantenedores de um 1º de Maio de luta e protesto, só restava a perseguição e a prisão, se colocassem oposição ao projeto autoritário varguista. Com a deposição de Vargas e o fim do chamado Estado Novo em 1945, a situação em relação ao controle dos sindicatos praticamente em nada se modificou. Mantida a legislação getulista, copiada do fascismo italiano, os mecanismos para o domínio de pelegos e reformistas continuaram a asfixiar qualquer tentativa de um sindicalismo livre, apolítico (no sentido de não participar da política partidária), classista e combativo. Os anarquistas, que haviam sido decisivos na sua construção e manutenção, continuaram a ser deles alijados, embora tentassem voltar a inserir-se nos sindicatos. No entanto, se estas condições objetivas impediam um renascimento do sindicalismo revolucionário, que desde a década de 1920 sofreu dura repressão e esvaziamento por via legislativa, é preciso também notar que, historicamente, os anarquistas do Brasil ressentiram-se da falta de organizações específicas e orgânicas (embora algumas tenham existido), diluindo-se seus militantes em meio ao sindicalismo, muitas vezes sem uma visão clara dos fins da militância anarquista. Ao final da ditadura varguista, o movimento operário independente havia sido esmagado pela máquina estatal e pela atuação aparelhista e política do PCB. O anarquismo tende cada vez mais a concentrar-se em um número menor de militantes, porém mais conscientes ideologicamente. As comemorações do 1º de Maio continuam a ter um cunho oficial, já que os sindicatos continuam atrelados ao Estado.

A Plebe - São Paulo, número 1, nova fase, 1º de maio de 1947. Acervo do AMORJ, coleção ASMOB. A 1º de maio de 1946, o jornal anarquista Ação Direta, que começara a ser editado no Rio de Janeiro pouco tempo antes, procura esclarecer seus leitores sobre o real significado da data, contrariando o tom cada vez mais festivo que se procura imprimir a esta, como continuavam gritando “os políticos malandros da velha burguesia, ou da burguesia novíssima, a tal progressista”. Os militantes anarquistas que conseguiram escapar à fúria repressora dos últimos anos reuniram-se no dia 30 de abril em um espetáculo de teatro social em São Paulo. No dia seguinte, houve uma sessão no Salão das Casses Laboriosas naquela cidade. Comemorações anarquistas ocorreram em outros pontos do Brasil, com a distribuição de manifestos.[82] No 1º de Maio de 1947, ressurge em São Paulo A Plebe, antiga publicação anarquista grandemente influenciada pelo sindicalismo revolucionário, que não era publicada desde 1945, agora em sua última fase, que iria até 1951.[83] Os anarquistas manterão procedimentos similares nas comemorações do 1º de Maio dos anos seguintes, com sua imprensa alternativa alertando os trabalhadores sobre o real significado da data. Em 1958, passarão a editar um jornal voltado para o sindicalismo, Ação Sindical. Um dos trabalhadores que ali colaboravam, o sapateiro anarquista Pedro Catalo (1901-1969), analisava em texto publicado na 1ª edição daquela publicação: “Os sindicatos, tal como estão hoje aqui no Brasil e em boa parte do mundo (…) desencantam e amortecem as mais vivas paixões que possam povoar os anseios proletários. São peças justapostas de uma máquina montada pelos governantes, com a finalidade única de manobrar os trabalhadores, reduzindo-os a conglomerados numéricos, sem vontade própria e sem expressão ideológica. São órgãos desvitalizados, anêmicos de pensamentos, paupérrimos de pretensões, sujeitos terminantemente à intervenção ministerial.”[84] Catalo continuava seu texto exprimindo a esperança de que este “ciclo de hibernação” dos trabalhadores estivesse por terminar, acrescentando, no entanto, que este seria “um despertar lento, porém marcante e decisivo”. Catalo, no mesmo texto, manifestava ainda a crença de que aos sindicatos caberia ainda “organizar a produção, o consumo e a distribuição. A missão histórica dos sindicatos proletários é a de moralizar o gênero humano (…).”[85] Nos anos seguintes, pouco mudou o panorama sindical brasileiro e, consequentemente, o 1º de Maio. O sindicalismo reformista continuou fortalecendo-se, com o PCB tentando auferir vantagens para si dentro desta estrutura. A situação piorou com o golpe militar de 1º de abril de 1964, resposta da direita ao populismo do presidente João Goulart, herdeiro direto da tradição varguista, golpe que contou com o apoio do imperialismo norte-americano e instalou no poder uma ditadura militar que se estenderia até 1985. Neste período, militantes anarquistas também foram presos e torturados, assim como os de todas as correntes de esquerda. Ao final da década de 1970, já na fase terminal da ditadura, com o surgimento de um movimento sindical no ABC paulista, com greves de enfrentamento à ditadura, com o surgimento de um sindicalismo que questionava o papel oficial dos sindicatos, houve alguma esperança entre os libertários de que houvesse a retomada de um sindicalismo independente. Tal esperança manteve-se por muito curto espaço de tempo, com a fundação logo em seguida do Partido dos Trabalhadores (PT), que conduziu os operários para a via política partidária institucional. Os resultados que vemos hoje, são de um PT que agora é partido de governo e está aliado ao que há de mais deletério na política institucional brasileira. Sua central sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), cumpre novamente o mesmo velho papel de correia de transmissão dos governantes para os trabalhadores.

Os Mártires de Chicago. Por outro lado, o fim da ditadura significou a emergência de outros espaços de luta social (associações de moradores por um curto espaço de tempo, movimentos de sem-terra, sem-teto, desempregados, etc.) onde hoje se inserem os anarquistas organizados, sem haver abandonado suas tentativas de inclusão no movimento sindical. Nestes espaços, os anarquistas podem e devem realizar significativa participação, fiéis aos princípios que orientaram os Mártires de Chicago em 1886. (*) Jornalista, coordenador do Núcleo de Pesquisa Marques da Costa (dedicado à preservação e defesa da memória anarquista), integrante da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ). _ NOTAS [52] Roio, op.cit., p. 135. [53] Edgar Rodrigues, Nacionalismo e Cultura Social. Rio de Janeiro: Laemmert, 1972, pp. 265-266. [54] Moniz Bandeira, Clóvis Melo e A. T. Andrade. O Ano Vermelho A Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967, p. 181, citando o jornal do Rio A Razão de 2 de maio de 1919. [55] Ibidem, pp. 182-183. [56] Ibidem, pp. 183-184. [57] John W. Foster Dulles. Anarquistas e Comunistas no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977. [58] Uma Carta de Sacco e Vanzetti ao Proletariado Revolucionário. In: A Plebe, São Paulo, Ano VI, número 208, 1º de maio de 1923. [59] Edgar Rodrigues. Novos Rumos. Rio de Janeiro: Edições Mundo Livre, 1976. pp. 67-71. [60] Dulles, op.cit., p. 173. [61] Dulles, op. cit., pp.184-185. [62] Ibidem, p. 185. [63] Ibidem, p. 186, citando A Plebe número 238, de 31 de maio de 1924. [64] Alexandre Samis, Clevelândia: Anarquismo, Sindicalismo e Repressão Política no Brasil. São Paulo: Editora Imaginário; Rio de Janeiro: Achiamé, 2002, pp. 93-98. [65] Samis, op.cit., p. 324. [66] Dulles, op.cit., p. 231. [67] Edgar Rodrigues. Novos Rumos, p. 256. [68] Dulles, op.cit, p. 240. [69] Edgar Rodrigues. Novos Rumos, p. 264. [70] Ibidem, p. 267. [71] Evaristo de Moraes Filho. O Problema do Sindicato Único no Brasil Seus Fundamentos Sociológicos. 2ª ed., São Paulo: Alfa-Ômega, p. 216 e seguintes. [72] Ibidem, p. 256 e segs. [73] Cardoso e Araújo, op.cit., p. 50. [74] Edgar Rodrigues. O Ressurgir do Anarquismo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1993, p. 19. [75] Cardoso e Araújo, op.cit., pp. 50-51; Edgar Rodrigues. Novos Rumos, p. 341. [76] Edgar Rodrigues. O Ressurgir do Anarquismo, p. 20. [77] Dulles, op.cit., pp. 407-408. [78] Edgar Rodrigues. Novos Rumos, p. 375. [79] Edgar Rodrigues. Alvorada Operária. Rio de Janeiro: Edições Mundo Livre, 1979, pp. 300-302; Novos Rumos, pp. 374-375. [80] Rodrigues, O Ressurgir do Anarquismo, p. 27. [81] Sílvia Regina Ferraz Petersen e Maria Elizabeth Lucas (org.). Antologia do Movimento Operário Gaúcho 1870-1937. Porto Alegre: editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1992, pp. 484-485. [82] Edgar Rodrigues. A Nova Aurora Libertária (1945-1948), Rio de Janeiro: Achiamé, 1992. [83] A Plebe, São Paulo, Ano 30, número 15, 1º de maio de 1947. [84] Edgar Rodrigues. Entre Ditaduras (1948-1962). Rio de Janeiro: Achiamé, 1993, pp. 170-171. [85] Ibidem. _ BIBLIOGRAFIA BANDEIRA, Moniz; MELO, Clóvis; ANDRADE, A. T.. O Ano Vermelho: A Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967. CARDOSO, Alcina de Lara e ARAÚJO, Sílvia Pereira de. 1º de Maio: Cem Anos de Solidariedade e Luta. Curitiba, Beija Flor Editora, 1986. CARONE, Edgard. A II Internacional pelos seus Congressos (1889-1914). São Paulo, Editora Anita; Editora da Universidade de São Paulo, 1993. _. Movimento Operário no Brasil (1877-1944). São Paulo, Difel, 1979. CUNHA, Euclides da. Obra Completa, Volume 1, Rio de Janeiro, Aguilar, 1966. DIAS, Everardo. História das Lutas Sociais no Brasil. 2ª ed., São Paulo, Alfa-Ômega, 1977. DULLES, John W. F.. Anarquistas e Comunistas no Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1977. FAUSTO, Boris. Trabalho Urbano e Conflito Social. 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O Ressurgir do Anarquismo 1962-1980. Rio de Janeiro, Achiamé, 1993. _. Entre Ditaduras (1948-1962). Rio de Janeiro, Achiamé, 1993. ROIO José Luiz del. 1º de Maio Cem Anos de Luta 1886 – 1986. São Paulo, Global Editora, 1986. SAMIS, Alexandre. Clevelândia: Anarquismo, Sindicalismo e Repressão Política no Brasil. São Paulo, Editora Imaginário; Rio de Janeiro, Achiamé, 2002. SCHMIDT, Afonso. São Paulo de Meus Amores/Lembrança (Crônicas). São Paulo, Brasiliense, s.d. SEIXAS Jacy Alves de. Mémoire et Oubli Anarchisme et Syndicalisme Révolutionnaire au Brésil, Paris, Èditions de la Maison des Sciences de l’Homme, 1992. INFORMATIVOS, COLETÂNEAS ETC 1890-1990. Cem Vezes Primeiro de Maio. São Paulo, Prefeitura do Município de São Paulo / Secretaria Municipal de Cultura, 1990. A Voz do Trabalhador. Coleção Fac-Similar do Jornal da Confederação Operária Brasileira 1908-1915. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1985. JORNAIS O Amigo do Povo, São Paulo, Ano I, número 4, 25 de maio de 1902; Ano III, número 53, 14 de maio de 1904. A Greve, Rio de Janeiro, Ano I, número 2, 15 de maio de 1903. A Voz do Trabalhador, Rio de Janeiro, Ano VI, número 30, 1º de maio de 1913; Ano VII, números 53-64, 1º de maio de 1914. A Revolta, Santos, Ano II, número 7, 1º de maio de 1914. A Luta Social, Manaus, 1º Ano, número 2, 1º de maio de 1914. Na Barricada, Rio de Janeiro, Ano II, número 4, 1º de maio de 1916. A Plebe, São Paulo, Ano 30, número 15, nova fase, 1º de maio de 1947. Etiquetas: Anarquismo, ESPECIAL_1º_de_maio, Trabalho_e_sindicatos Comentários 6 Comentários on "Anarquismo e 1º de Maio no Brasil (3ª Parte)"  Inês Armez Nunes em 3 de Janeiro de 2010 16:09 Não diz nada do porquê do nome 1º de Maio.  Fabio Luz em 11 de Julho de 2010 05:48 CARTA À FARJ SOBRE A HISTÓRIA DO ANARQUISMO E DO 1º DE MAIO NO BRASIL. Lamentável que tenhamos que apontar o uso distorcido das fontes, principalmente do material do historiador Edgar Rodrigues, o jornal a PLEBE, o jornal a Voz do Trabalhador, o Amigo do Povo, a Greve, a Revolta, a Luta Social, a Barricada, num ato intencional de ataque a memória do movimento operário no Brasil. 1- O texto tem um viés ideológico muito grande que muda o conteúdo da interpretação dos fatos históricos. Existe uma visão equivocadamente especifista como forma de justificar a traição da FARJ em não aderir às resoluções da Primeira Jornada Libertaria, em Florianópolis (1986) que lançou as bases para reorganização da COB e da organização dos anarquistas; e o Primeiro Congresso Anarquista pós ditadura, realizado no 1º de maio de 1986, nas sede do Centro de Cultura Social, à Rua Rubino de Oliveira, 85 - Brás, São Paulo. A resolução primeira foi a da Reorganização da COB no Brasil. Prende-se mais a necessidade de afirmar-se no campo ideológico, modificando intencionalmente a realidade dos fatos. A CONFEDERAÇÃO OPERÁRIA BRASILEIRA, NUNCA FOI ANARCO-SINDICALISTA! Foi criada, dentro de uma visão anarquista, como um instrumento aglutinador do movimento operário e não para atender segmentos ideológicos do movimento. Como comprovam as bases de acordo da COB. BASES DE ACORDO 1º Congresso Operário Brasileiro, 1906, Rio de Janeiro. “a) A Confederação Operária Brasileira organizada sobre as presentes bases de acordo tem por fim promover a união dos trabalhadores assalariados para a defesa dos seus interesses morais e materiais, econômicos e profissionais. b) Estreitar os laços de solidariedade entre o proletariado organizado, dando mais força e coesão aos seus esforços e reivindicações, tanto moral como material. c) Estudar e propagar os meios de emancipação do proletariado e defender em público as reivindicações econômicas dos trabalhadores, servindo-se para isso de todos os meios de propaganda conhecidos. Nomeadamente de um jornal que se intitulará A Voz do Trabalhador. d) Reunir e publicar dados estatísticos e informações exatas sobre o movimento operário e as condições de trabalho em todo país.” 2 - Apontamos também o esquecimento, entre outros, do importante fato histórico que foi o Decreto do Estado de sítio, que suprimiu os direitos civis no país, para reprimir o movimento operário em detrimento as amplas Conquistas Sociais alcançadas pelos trabalhadores organizados. Salientamos também o desconhecimento da legislação que tornou obrigatório o uso da Carteira Profissional de Trabalho, onde o Estado e a ditadura através do seu aliado o Partido Comunista do Brasil, agindo como interventores do movimento, se valem da sua implantação com a finalidade de: a) fichar os trabalhadores, b) fechar sindicatos e a COB, c) perseguir os anarquistas e desarticular o sindicalismo livre. Impedindo sua sobrevivência enquanto proposta sindical nos “novos” sindicatos, criados pela Revolução burguesa de 1930. Com base na Organização Internacional do Trabalho-OIT (1919) regulamentada pela ideologia fascista na Carta do Trabalho (1927) adotada por Vargas. Decreto nº 21.175, de 21 de março de 1932 e regulamentada pelo Decreto nº. 22.035, de 29 de outubro de 1932 CONFEDERAÇÃO OPERÁRIA BRASILEIRA SEÇÃO DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES  Rafael V. em 12 de Julho de 2010 15:57 Primeiro: “o uso distorcido das fontes, principalmente do material do historiador Edgar Rodrigues, o jornal a PLEBE, o jornal a Voz do Trabalhador, o Amigo do Povo, a Greve, a Revolta, a Luta Social, a Barricada” Os jornais que você cita não são PROPRIEDADE DO HISTORIADOR EDGAR RODRIGUES, mas sim jornais operários que podem ser encontrados em diversos arquivos públicos, de livre acesso (CEDEM, UNICAMP, AMORJ, BIBLIOTECA NACIONAL) e portanto são patrimônio da classe trabalhadora. Segundo. Problema de anacronismo grave, talvez até PATOLÓGICO: A FARJ foi fundada em 2003, não há como trair determinadas resoluções em 1986 se a referida organização não existia (mero detalhe obviamente). “justificar a traição da FARJ em não aderir às resoluções da Primeira Jornada Libertaria, em Florianópolis (1986)” E outra pergunta capciosa, Traição a quem e ao que? Terceiro, coisa de historiador: “modificando intencionalmente a realidade dos fatos.” E quem diz o que é a realidade dos fatos? Os próprios fatos? Se for há um problema de interpretação histórica; os fatos por si só não dizem nada: toda fonte história requer interpretação. Não se modifica a realidade dos fatos, pois o passado é um objeto estrangeiro: o que se faz (sempre) no ofício histórico é interpretação dos fatos. Não há uma “essência pura” contida no documento histórico, isto é positivismo, se alguém pensa assim, deve reavaliar imediatamente seu ofício historiográfico. Quarto: Parabéns ao Milton Lopes pelo artigo, que contribui imensamente para compreendermos a história dos trabalhadores. O artigo é extremamente verossímil e foi construído com um intenso e árduo trabalho de investigação.  Álvaro Materrazzi em 14 de Julho de 2010 14:18 ALGUMAS QUESTÕES: Traição da FARJ por não aderir às resoluções da Primeira Jornada Libertaria, em Florianópolis (1986) que lançou as bases para reorganização da COB e da organização dos anarquistas; e o Primeiro Congresso Anarquista pós ditadura, realizado no 1º de maio de 1986!?!?!?! Por acaso é obrigatório que todas as organizações anarquistas sejam anarco-sindicalistas????? Por acaso tudo que de bom existe e existiu na história do anarquismo está vinculado ao anarco-sindicalismo???? Tudo o que não é ou foi vinculado ao anarco-sindicalismo nao presta??? O que o “Fábio Luz” (coitado do Fábio Luz original) tem na cabeça?  Álvaro Materrazzi em 14 de Julho de 2010 14:20 E parabéns ao Milton Lopes pelo excelente artigo.  Francisco Carlos Pardini em 11 de Outubro de 2010 03:19 Historia, vida…, até amanhã Kiko Pardini. Nome (*obrigatório)

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Estava devendo--Kiko Pardini 02h11min de 23 de Setembro de 2010 (UTC) Quando da década de 60 onde o poder militar avançava em ditaduras pelo mundo principalmente na America do sul, o comando militar brasileiro que detinha a censura como uma arma de dominação das massas deixava escapar pela TV aberta algumas pérolas como as atrocidades do ditador Indiamim DADA, e coisas do gênero. Mas umas das pérolas que ainda hoje causa polemica e responsável crêem pelo não avanço dos tratados de Kyoto, ou até mesmo Copenhague, Estejam nelas, as pérolas militares que exibiam experimentos nucleares da Itália em mares como da França e não podiam faltar as explosões no deserto dos Estados Unidos da America. Pude então resumir que este efeito estufa somados com avanços das devastações do homem para o progresso tenha uma culpa militar dos governos destes países, governos que ao rezar outras razões como gás de geladeira ou outro responsável menos comprometedor do que aquelas bombas somados ao acidente de Chernobyl são fatores a serem discutidos mais amiúde para entendermos a fragilidade da nossa atmosfera e avançar em negociações de custo e beneficio para preservação das espécies. Kiko Pardini.

E o que isso tem a ver com o Portal da Anarquia, Quico? Por que tu não te empenha em usar esse conhecimento em artigos sobre o exército brasileiro? Escrever aqui é muito pouco, é improfícuo. AltDelCtrl (discussão) 11h04min de 15 de setembro de 2010 (UTC) Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Anarquia/Okupa_Liberdade/2010"


Porque Imagino ter dificuldade de aceitação,... não sei...,tenho teorias dez da época da Republica, passando por 1932, é claro pois sou paulista. Saber que Um Presidente pode usar das forças armadas dele contra um Estado, só por motivos político, e até hoje saber ter ficado subentendido quanto à eles estarem certos, e depois eu menino vivendo as contradições da minha época, onde fui alvo de critica do sistema e mesmo assim crer que para a soberania da Pátria a importância do exercito supera minha compressão, pois as forças armadas seguem com o contexto de liberdade. Então postar minhas contribuições em um portal exclusivamente do exercito vai parecer revanchismo e não é minha intenção.

Saudações libertaria AltDelCtrl --189.15.167.154 15h36min de 27 de Setembro de 2010 (UTC) Esta página foi modificada pela última vez às 22h54min de 18 de setembro de 2010. Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as Condições de Uso para mais detalhes.


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      --Kiko Pardini (discussão) 19h58min de 22 de janeiro de 2009 (UTC)Liberdade/Decepção

Os exemplos de liberdade que experimentei foram-me muito gratificantes, mesmo tendo sofrido e muito para alcançá-los dentro de cada situação vivida, onde a plenitude dela, á liberdade foi buscada, quando não foi possível resgatei a que mais me completava. É claro que a época que nasci favoreceu muito minha escalada embora demorasse muito para que entendesse alguns dos alicerceis do mundo que estava sendo visivelmente modificados. No Brasil já não havia um ditador no governo apesar do capitalismo, a penicilina contribuía como a pílula anticoncepcional para liberdade, houve Woodstock, a ida do home na lua etc. Assim passei lentamente a interpretar a liberdade e o anarquismo vivendo como aprendiz de tudo que a sociedade pudesse oferecer, dentro de uma ética que variava no respeito Maximo das clausuras impostas por cada profissão que me via envolvido para sobreviver, como também respeitar a ética da ideologia social do tempo nos bairros das cidades que vivi na mescla político religioso passando por lugares de sistema patriarcal ao estado mais puro da liberdade onde as belezas das pessoas somadas aos poderes políticos monetários unidos com as melhores informações davam ares de paraíso ilhado no mundo. Más não só passei aproveitar como poderia um paria, mas também me envolvia nas situações de decisões para melhorar algo ou alguma coisa, este envolvimento é a base da liberdade do ser que nos uni pelos problemas que resolvemos ou não. Ai com o passar dos anos você percebe que o viver aqui ali e acolá muito conquistou apesar das perdas, então estas experiências dos nichos sociais o torna livre de certa forma. Hoje você olha para traz e percebe não pertencer legitimamente de nenhum destes nichos sociais és livre, e todos cobram isso de você. Ai o fim da utopia o êxtase da liberdade transformando em solidão. Na anciã de se identificar com sua liberdade analisa alguns nichos sociais contemplando-os sofrendo porque intelectualmente não galgou níveis de nichos superiores, sofrendo com sua ignorância sem fazer apologia ao empirismo, e como já disse o poeta “...o que fazer desta tal liberdade....” Kiko Pardini


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Pedido de ajuda libertário urgente

Amigo Libertário!

Requerida brigada urgente! estão querendo eliminar artigo Adriano Lima sobre poeta anarquista (eu mesmo) somente porque citou que produzia fanzine libertário! Não me acho tão importante, mas a memória do zine "Manifesto-Ato", sim.

A votação é aqui Agradeço votar. Abraços libres --Adrian de Limes (discussão) 03h54min de 2 de outubro de 2010 (UTC), criador dos artigos Kenneth Rexroth (recriador, na verdade), Lawrence Ferlinghetti, Comunalismo (política) e muitos outros de fundo anti-militarista, anti-nazistas e anti-stalinistas.


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